Permitam, amigos do blogoarquipélago, que diga duas coisas a propósito desta discussão em torno da Autonomia e da Europa.
A criação de um circulo eleitoral europeu para os Açores e Madeira, teria necessariamente que implicar o mesmo para Canárias, Ilhas Reunião, Guadalupe, etc., etc... O que no meu entender é uma estupidez tacanha. A meu ver o importante não é pensar uma união europeia de regiões, por mais isoladas e distantes que elas sejam. O importante é pensar uma Europa de Países que, unidos nas suas diferenças, saibam respeitar os interesses e preocupações das suas regiões. Se vamos pelo caminho da especificidade regional arriscamos a ter uma Europa de mil e uma nações. Ora imaginem um circulo para a Baviera, para a Córsega, para a Sicília, para a Catalunha, para o Alentejo e por ai fora...
Meus amigos não se percam em miudezas há problemas graves para resolver, problemas que são da região, do país e da União Europeia. Recuso-me a acreditar que temos menos poder de influência e de poder de decisão, ou que os nossos interesses específicos, não são defendidos na União porque somos representados por um ou dois míseros deputados no Parlamento Europeu eleitos em listas nacionais. Não, os nossos interesses tal como os interesses do todo nacional são defendidos por todos os deputados eleitos por este país, sejam eles de esquerda ou de direita, sejam eles de Braga, de Lisboa, de Évora, ou do Pico...
Quanto à questão da Autonomia, apetece-me parafrasear um dito do melhor político do século vinte: é a pior possível mas é a melhor que já se inventou até agora. E continuando com citações de famosos: não perguntemos o que a Autonomia pode fazer por nós mas o que nós podemos fazer pela Autonomia.
A evolução dos sistemas só depende da participação dos cidadãos. Era só o que me apetecia dizer sobre este assunto, agora vou ver e ouvir o Vítor Cruz, porque como dizia o outro, conhece os teus adversários...
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