O PS, a Europa e os Açores.
A ser verdade, o PS e a sua actual direcção preparam-se para dar mais um valente tiro no pé. Infelizmente. A escolha do Professor Sousa Franco para cabeça de lista do PS ás eleições para o Parlamento Europeu, é a pior escolha possível. Sousa Franco é uma figura cinzenta, quase hieroglífica, críptica. Desconcertada dos anseios das pessoas. Acredito que haja dificuldade em encontrar um bom candidato, um que queira ir e que ao mesmo tempo conquiste o eleitorado. Acredito que dentro do partido haja discussão acesa sobre esta questão. Espero, honestamente, para bem do país e da esquerda que o PS arrepie caminho e consiga apresentar um nome mais atractivo, mais próximo dos eleitores, para disputar está eleição que será, para todos os efeitos, vital para a direcção de Ferro Rodrigues. Por vezes é preciso arriscar e fugir da tentação do centro, talvez fosse o momento de apostar num nome não consensual, Ana Gomes por exemplo, e fazer uma campanha forte, sem medo de chamar as coisas pelos nomes. Durão Barroso já baixou a fasquia, pondo o ónus no resultado do PS. Sousa Franco não dá a vitória ao PS.
Entretanto, Carlos César foi à SIC dar uma boa entrevista a uma mal preparada Maria João Avillez. É incrível como o Presidente do Governo Regional conseguiu, certamente contra as expectativas de muitos, talvez até das minhas próprias expectativas, transmitir uma imagem de um político seguro, calmo, ambicioso, próximo do estadista. É certo que o total desconhecimento que a entrevistadora demonstrou do Sr. César ajudou, mas mesmo assim foi um ponto conquistado por Carlos César no caminho que se avizinha difícil rumo à reeleição. Quem olhou para a coisa de forma isenta, uns ficaram surpreendidos pela positiva, outros ficaram seguramente preocupados e a fazer contas de cabeça. A ver vamos o que o arraial da campanha dirá.
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