sexta-feira, fevereiro 20

Deus, Pátria, Rei.

Não sou monárquico, nem percebo a lógica actual de uma monarquia. Não percebo que um homem aclamado rei hoje, garante o direito do seu bisneto a ser rei do meu trineto. Casando com quem quer, perdendo eu o controlo genético sobre os seus descendentes (ao contrário das vacas). Ainda por cima, hoje em dia, é gente que só começa a trabalhar com a idade com que me vou reformar.
Mas, de todo o ridículo que, a meu ver, envolve, hoje, a questão monárquica, a questão que mais me ultrapassa, é a noção do direito divino de uma linhagem genética que reina. Valha-me Deus. Claro que este não é um assunto tão eticamente importante como o aborto e a clonagem, mas é tão actual como a alteração genética de alimentos.
Peço aos monárquicos, de áquem e além-mar, súbitos do brilhante D. Duarte, ou da rainha Isabel de Inglaterra, “papesa” da igreja da Inglaterra e progenitora de imaculada descendência, ou súbitos de qualquer outra casa real europeia, quer sejam eles “amantizados”, casados, uma ou mais vezes, com divorciadas, mães solteiras ou filhas de “nazis”, ou de escolhas alternativas de comportamento sexual, que me ajudem a perceber se a noção do direito divino ainda se aplica. Se não, quando é que deixou de se aplicar e aonde é que isso está escrito.

Que DEUS me ajude a livrar esta PÁTRIA da possibilidade de voltar a ter REI.

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