terça-feira, fevereiro 28

Hoje nos Açores e em São Miguel, em particular, o Entrudo é celebrado em torno do desperdício de elevadas quantidades de Água - é pertinente uma chamada de atenção para um problema futuro e que convém acautelar.

manobras de diversão

A previsibilidade do desfecho do caso Casa Pia atinge, a cada dia que passa, contornos rocambolescos numa penosa demonstração da burocrática ineficácia do sistema judicial português.

a leitura

dos blogs revista pelos media.

segunda-feira, fevereiro 27

perdidos & achados

deambulações estéreis sobre a imagética cultural As polémicas em torno da atribuição de apoios culturais são controversas e não se cingem ao universo regional. Conferimos demasiado tempo de antena à burocracia em torno da cultura e menos àquilo que verdadeiramente importa - a fruição cultural, o processo criativo e os Artistas (por sinal os menos auscultados e achados em todo este processo de secretaria - convém referir que há artistas e artistas). No final ficamos todos a perder!...

domingo, fevereiro 26

[Pride and Prejudice - Orgulho e Preconceito] Para espreitar, sem medo, esta semana, em Ponta Delgada.

É Carnaval, ninguém levará a mal

Mais logo, também me vou mascarar assim...












Foto de Rui Duarte Silva


espero não sair com um grande...

o homem-máquina

Quem disse que a RTP-A não esteve lá!? A alternativa pela objectiva do Repórter MR - um destes dias bem perto de si!...

Alta Fidelidade *

Architecture in Helsinki - In Case We Die Proposta datada de 2005 mas com audição e ampla divulgação nacional em 2006.

Os Architecture in Helsinki são um octecto australiano com nostalgia 80's e boa disposição. In Case We Die é o 2º disco do grupo. Esta descoberta surge como uma agradável surpresa - o cruzamento do rock orquestral e a pop-electrónica, numa transposição mais ou menos "dramática", essencialmente, pela utilização de uma extensa lista de instrumentos. Aliás, todos os membros da banda participam vocalmente reproduzindo um efeito sonoro diversificado e abrangente - amplificando o vasto repertório de instrumentos (como xilofones, fagotes, harmónicas, sitar, serras eléctricas, ...). Desta forma, conseguem reproduzir: vozes desafinadas, a tragédia harmónica boymeetsgirlwhomeetsanotherboy em tom crooner, e muitos coros...

Ao 2º disco e em 12 canções os AiH afastam-se do formato pop do 1º disco Fingers Crossed, para comporem um registo próximo de uma opereta pela composição dinâmica, divertida e inteligente. E a cada novo tema as referências desdobram-se por intermédio de um jogo ecléctico cujo leitmotiv em In Case We Die, é a Morte.

Alguma imprensa já comparou os AiH aos Arcade Fire mas activados por anti-depressivos. Isso percebe-se em In Case We Die cuja profusão sonora é de tal ordem que no final podemos sentir alguma tontura pela rápida sucessão das melodias - por exemplo, na minha 1ª audição, o disco rodou 3 vezes seguidas como se de uma espiral se tratasse.

No panorama indie proliferam, actualmente, os projectos que conjugam múltiplas sensibilidades, identidades e referências culturais. O contributo musical dos AiH manifesta-se pela satisfação com que se apresentam. Mas, apesar de uma vertente mais descomprometida a sua música reflecte, igualmente, um universo complexo sem ser ingénuo ou, mesmo, frívolo.

Os AiH revelam que uma das suas maiores influências musicais é o movimento cultural Tropicália, surgido no Brasil nos anos 60 como resposta à ditadura militar vigente, que contou com a participação de músicos tão importantes como - Gilberto Gil, Caetano Veloso e Tom Zé. A fusão de ritmos bossa nova, o charme pop e o instinto ambicioso são, provavelmente, o que melhor qualifica os AiH.

Perante o porquê do nome da banda - Architecture in Helsinki, a resposta deriva pela pura diversão casuística...

* crónica semanal publicada no suplemento SARL/Jornal dos Açores de 24.02.06
** Proposta disponível na discoteca DISREGO (CC Parque Atlântico)

PONTIFEXMINIMUS



















Nova entrada na blogosfera açoriana
http://pontifexminimus.blogspot.com/
maldita cedilha...

sexta-feira, fevereiro 24

Drags


DRAG QUEEN por ANDY WARHOL

No nosso calendário é tempo de Carnaval com os habituais desvarios que aliás foram devidamente estagiados nos degradantes ajuntamentos de amigos e amigas, compadres e comadres, lautamente servidos com o festim de carnes, desnudas e tatuadas, avidamente degustadas em sobremesa possidónia. Como é costume, até quarta-feira de cinzas, é tempo dos nossos arremedos de «drag queens» andarem por aí vestidos de mulher meneando o corpo ao jeito dos trejeitos das fêmeas. Enfim, como diz o povo «ele há gostos para tudo»! Também é vulgar a populaça encolher os ombros e proferir com propriedade: «É Carnaval / Ninguém leva a mal». Pois, claro que não. Todavia, pior do que aturar os «travestis» de ocasião é ter que gramar anualmente os escribas e comentadores de pacotilha, Donas Bentas e Marias Coriscas,politiqueiros e blogueiros, procuradores e avençados, artistas e demais trupe circense que, sob um crânio antropometricamente macho escondem o pior da estrutura mental feminina...

Vox Populi



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"O projecto de Lei "Estatuto do Representante da República nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira" caiu como uma autêntica bomba nos meios políticos e na opinião pública. Ainda na semana passada, reduzi tal "emplastro" a um simples gabinete adstrito ao Presidente da República. Uns dias depois, eis que o Doutor Mota Amaral relança a figura e dá-lhe honras de comissário local."
Jorge Nascimento Cabral, quarta-feira 15 de Fevereiro, no Correio dos Açores

"Qual piada destemperada em vésperas de Carnaval o projecto (de Representante da República) revela uma inusitada generosidade na atribuição de competências e um zelo descomedido na densidade protocolar. E tem esta função aterradora: a de operar a metamorfose do defensor da extinção do cargo de Ministro da República no proponente de uma figura bacoca e instituicional de zelador dos órgãos de governo próprio."
Cláudia Cardoso, sexta-feira 17 de Fevereiro, no Açoriano Oriental

"A D. Benta até já está a imaginar o Representante da República na Procissão do Senhor Santo Cristo a caminhar isolado, com os representantes dos órgãos de Governo próprios da Região atrás, a acenar à direita e à esquerda e a atirar beijinhos às criancinhas."
João Aguiar, sexta-feira 17 de Fevereiro no Correio dos Açores

"A vida política parece assim nos últimos meses uma caixinha de surpresas. Depois de um Cavaco autonomista convicto, surge-nos um Mota Amaral defensor intransigente do cargo de Representante da República."
José San-Bento, Sábado 18 de Fevereiro no Jornal dos Açores

"Foram os socialistas que na última revisão constitucional quiseram manter a todo o custo o cargo do "futuro ex-Ministro da República" e queriam que o "dito" se chamasse Representante Especial da República."
Jorge Macedo, quarta-feira 22 de Fevereiro no Jornal dos Açores

"Nunca aceitaria ser Ministro da República para qualquer das Regiões Autónomas... de resto, perdoe-se-me a imodéstia, depois de ter sido Presidente da República, já não posso aceitar um qualquer outro cargo."
João Bosco Mota Amaral, sexta-feira 17 de Fevereiro, no Jornal dos Açores

"A Autonomia Açoriana não tem dono(s) mas, tenham paciência, tem "paternidade", e registada."
Estêvão Gago da Câmara, Sábado 18 de Fevereiro, no Açoriano Oriental

a alternativa Rádio

via Radar (finalmente com emissão na web!).

Arte Contemporânea dos/nos Açores

Realizou-se, no início deste mês em Madrid, a ARCO, feira internacional de arte contemporânea. Neste que foi o seu 25 ano a feira contou pela primeira vez com a representação de uma galeria açoriana. A Galeria Fonseca Macedo que levou, num conjunto de 11 artistas, três artistas açorianos - Vítor Almeida, Maria José Cavaco e Ruben Verdadeiro. Este acontecimento de grande importância para o panorama das artes plásticas açorianas é talvez o pretexto ideal para fazermos uma análise do momento actual das artes nos Açores. É preocupante observar que ao mesmo tempo que a nível privado e a nível individual dos artistas se vive um período de grande agitação artística, ao mesmo tempo, no campo da política para as artes os açores vivem uma situação confrangedora. Não existe uma política de apoio a exposições, não há uma escola de artes, o projecto ARTCA está moribundo, não há uma colecção de referência de arte contemporânea nos açores. No meu entender seria um grande serviço à região se a visita do Presidente do Governo Regional à ARCO, um dos acontecimentos mais importantes no mundo da arte a nível mundial, marcasse a criação de uma política de fundo para as artes nos Açores. Nomeadamente, já era tempo de os Açores serem a sede de uma colecção de referência a nível mundial, comissariada por uma personalidade de reconhecida competência na área, colecção essa que fizesse a ligação entre os artistas e o público, entre a arte contemporânea açoriana e as principais tendências da arte contemporânea mundial. Oxalá isso se possa concretizar, porque como sabemos a maneira como uma sociedade trata as artes e os seus artistas é revelador do seu grau de desenvolvimento.

Crónica para o Artes & Noticias - RTP-A e SARL - Jornal dos Açores

quinta-feira, fevereiro 23

Ilhas # 2




A Terceira, brasileira.


Todos temos pontos fracos. Nós cegos que não se desatam. Fios bordados a ponto cruz que cosem os nossos afectos a uma malha solta da cidade. Em Angra, há qualquer coisa nas janelas, no ritmo aprumado das suas sacadas, que anuncia vestibularmente o Brasil. O Atanásio não me deixa mentir e as quintas de São Carlos confirmam-no. Esta terra já era americana antes de Washington ser Presidente. Até a sala dos Reservados da Biblioteca, com os seus ornatos neo-joaninos do tempo da Junta Geral do Distrito, evoca essa América portuguesa que João Cabral de Melo, poeta cortesão de Angra, cantava em poema às filhas de Dinis Gregório, Capitão-General dos Açores. Sempre que vinha cá fora, no intervalo da leitura do Diário das Cortes, encostava-me aos sinos da Sé, apeados para restauro sabe-se lá há quanto tempo, coitados. O sol de Fevereiro estendia-se langorosamente pelo adro da Sé e refulgia nos cromados de um Jeeep Cherokee, ali estacionado à ilharga do Santíssimo Salvador, desafiando a lei da gravidade. Que não a de Newton. O melhor desta cidade, tenham lá santa paciência, não são os toiros, como dizia Antero a Oliveira Martins. O melhor da Terceira, as freguesias que me perdoem, é aquele bocadinho de cidade entre a Carreira dos Cavalos e a Rua do Salinas, o seu logradouro em varanda sobre a baía. Chegado a este ponto, hesito sobre o que dizer do Jardim dos Corte Reais e procuro lembrar-me de como era o Cais da Alfândega no século passado. Mas, pronto, é Carnaval e ninguém leva a mal.

Sárává, Terceira.
Boa Terça-feira Gorda, Blogosfera.

A (re)volta dos editores

"Sou Português: E agora?", de Luís Filipe Borges é um dos primeiros livros da nova editora A Esfera dos Livros, apresentada hoje em Lisboa.

Objecto Cardíaco é outra nova editora sob responsabilidade do escritor Valter Hugo Mãe que esteve ligado à direcção das edições Quasi.

Um contributo amigo.

quarta-feira, fevereiro 22

AMANHÃ

23 de FEV 21hoo
atelier EA+
Travessa do Colégio
VIDEOFRAMES ou a subversão do processo fotográfico
de BRUNO PELLETIER SEQUEIRA
















MAIS INFORMAÇÃO AQUI
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terça-feira, fevereiro 21

serviço público

A 2: está a emitir, às 3ªs, a Ansiedade do Status que mais não é do que a transposição para televisão de um livro do escritor Alain de Botton. Somos mais ricos do que nunca. Vivemos mais tempo, temos mais bens e perdemo-nos em grandes luxos. Então, porque não conseguimos ser mais felizes?! Contudo, existe uma preocupação acima de tudo que nos consegue tirar o sono: "o status". Terei sucesso? Será que tenho o carro e as roupas certas? Será que as pessoas pensam que sou um falhado? Alain de Botton questiona, com lucidez, humor e elegância, de onde vêm as preocupações com o nosso "status" e sobre o que poderemos fazer para as ultrapassar. Com a ajuda de filósofos, artistas e escritores, o autor examina as origens da ansiedade do "status" (fonte 2:). Imperdível! Foto de Harry Borden.

Encontro de Bloggers - Furnas MAR06

Hotel Terra Nostra
24 a 26 de Março

Apresentação e Condições aqui. Programa de hostilidades prometido para os próximos dias.

segunda-feira, fevereiro 20

A última tentação de Mota Amaral ?



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O projecto de lei do Dr. Mota Amaral para o Estatuto do Representante da República cobriu-me de vergonha enquanto militante do PSD/Açores e, sobretudo, enquanto Açoriano. Desde logo, à margem do mérito ou demérito da proposta, é ponto assente que o timing desta iniciativa legislativa foi um despropósito. Se juntarmos a esta circunstância a autoria do projecto de lei era de mediana evidência que se especularia sobre a possibilidade de se ter encomendado um estatuto à medida de Mota Amaral. Tanto se especulou que o próprio Mota Amaral, vítima das circunstâncias que ele próprio engendrou, veio a público, em letra de forma, asseverar que nunca aceitaria ser Ministro da República ou Representante da República para qualquer uma das Regiões Autónomas. Contudo, a avaliar pelas reacções expressas até à garantia de renúncia a tão honroso lugar, o inverso também seria uma dolorosa verdade.

Dolorosa é também a circunstância deste projecto de lei emergir como acto de vontade unilateral da exclusiva responsabilidade e iniciativa do deputado Mota Amaral. Com efeito, matéria deste melindre deveria, pelo menos, ter sido alvo de uma proposta conjunta dos deputados Açorianos com assento na Assembleia da República. Prudência e bom senso recomendariam uma plataforma comum de entendimento entre o PS e o PSD, ao invés de se avançar à revelia de um pacto institucional com uma proposta pessoal.

Li e reli com assombro o texto da controversa proposta para o estatuto do "mestre-de-cerimónias" da República nos Açores e na Madeira. Conhecida a austeridade e o repúdio pelo despesismo como predicados de Mota Amaral consequentemente também causa perplexidade nesta proposta a desmesura de estadão que se pretende para uma figura institucionalmente sinistra. Como se não fosse suficiente um vencimento próximo do de Presidente da República, mais as respectivas alcavalas legais, a proposta sugere ainda ajudas de custos idênticas às do Primeiro-Ministro, viaturas oficiais na circunscrição territorial da respectiva região Autónoma e também no território continental da República, e para rematar, pasme-se, quatro solarengas casas de função equitativamente distribuídas entre a Terceira e São Miguel ! Honrarias deste calibre só se compreendem para um estatuto cardinalício de "núncio" da República que, além do que antecede, compreende ainda o poder de dirigir "recados" à Assembleia Legislativa, visar por decreto a nomeação e exoneração do Presidente e dos membros do Governo Regional, possuir precedência protocolar presidindo na Região a todas as cerimónias, civis ou militares em que estiver presente e até assegurar na respectiva região Autónoma a execução do estado de sítio e de emergência! Note-se que todo este "package" de prerrogativas é proposto de "série" para um cargo que nem sequer é de eleição, mas deriva de um acto de nomeação política.

Mas, a cereja no topo do bolo é o art.º 16º do projecto de lei que literalmente prevê "honras equivalentes ao Presidente da República", permitindo ao Representante da República ser saudado, sempre que a tal haja lugar, com ou sem filarmónica, com a execução do Hino Nacional. Finalmente, mas não menos relevante, como também já vai longe a "guerra das bandeiras" que, como se sabe, em tempos idos opôs Mota Amaral aos esbirros do centralismo, presume-se ainda no projecto de lei que ninguém leva a mal que o Ministro da República do Sec. XXI também tenha a sua "bandeirinha", sendo o respectivo pavilhão de cor verde com as armas nacionais ao centro e uma aspa em prata no caso dos Açores e uma de oiro no caso da Madeira! Razão tinha afinal Karl Marx quando vaticinou que a História, a repetir-se, transfigurar-se-ia numa farsa, o que com toda a propriedade, mutatis mutandis, assenta que nem uma luva neste tragicómico "porta-estandarte" da República nas Regiões Autónomas idealizado por Mota Amaral.

Em suma : se este projecto de lei foi a última tentação de Mota Amaral no tabuleiro do xadrez político Açoriano mais valia que tivesse recuperado os pergaminhos que clamavam pela extinção incondicional da figura do "guarda republicano" para os Açorianos e Madeirenses. Com esta proposta de estatuto para o Representante da República o Dr. Mota Amaral não perderá por certo o seu prestígio que a todos nós nos honra, mas não é menos verdade que perde a desejada popularidade entre nós. Mas isto já não deverá ser motivo de assomo, afinal nunca devemos regressar ao lugar onde já fomos felizes. Acresce que, no caso de Mota Amaral, o regresso à política Açoriana seria um retrocesso para quem exerceu com notável dignidade o cargo de Presidente da Assembleia da República e constou inclusivamente da short list de Presidenciáveis. Logo, não havia necessidade de juntar esta infeliz proposta a tão lustroso currículo.
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JNAS na Edição de 21 de Fevereiro do Jornal dos Açores
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e porque hoje é 2ª

...a ida ao cinema é - $$$. O universo gótico, o rigor técnico, o humor negro, a música de cabaret, um elenco grandioso, uma história divertida, comovente e visceralmente poética - compõem um argumento genial numa proposta irrecusável! E apesar de cadáver a Noiva está linda!...

domingo, fevereiro 19

ponte aérea:paris-pdl-paris

Apesar de não ser oficial está aberta - há já alguns anos - uma ponte aérea entre a capital da Luz e a capital do reino micaelense. Isto porque a dificuldade em adquirir revistas e outros artefactos, ditos culturais, revela-se nestas ilhas, muito frequentemente, um tormento. Ontem, em noticia avançada pelo AO, ficamos a saber que "À excepção dos jornais diários, semanários generalistas, revistas informativas e manuais escolares, todo o resto sofrerá alterações. O Estado deixa de subsidiar o transporte aéreo e, nalguns casos, os preços vão aumentar" (...), além de chegarem mais tarde" (!?). Antes de tudo esta medida representa um retrocesso relativamente ao anteriormente estabelecido. Deste modo, e com esta nova política (fraccionária em relação ao todo nacional), aceder a revistas e livros nos Açores (e Madeira) é agora - ainda - mais difícil. Apesar de tecnologicamente ser possível, hoje, ter acesso a toda e qualquer informação não há nada como o prazer associado a uma ida à Tabacaria ou à Livraria - hoje, infelizmente, esse acto está + pobre e + inacessível, com a consequente inflação associada. Afortunadamente os Amigos estão por ...o meu pacote de sobrevivência civilizacional granjeou-me com 2 exemplares da Inrocks (+ bonus) - Merci, José!...

8 pra 1 - 5 pra outro

Já me dói o pescoço de tanto olhar pra baixo.

Alta Fidelidade *

Llorca - My Playlist (Wagram) O francês Ludovic Llorca tem uma longa carreira como Dj, tendo actuado em inúmeros festivais como LesTransmusicales e percorrido o mundo por locais tão diversos como: Ibiza, Berlin, Montreal e Tokyo. Projecta-se através uma composição clássica associada ao house, facto comprovado através do seu disco de estreia Newcomer (editado pela respeitada editora francesa Fcom, em 2001, e que vendeu mais de 200.000 cópias em todo o mundo), que mais não é do que um verdadeiro manifesto do género, articulando funk, jazz e soul.

Llorca assina este 2º volume de My Playlist (uma série que pretende dar forma em formato de compilação às selecções musicais pessoais, de alguns dos melhores dj?s dos últimos 10 anos) sucedendo a DJ Cam, no quadro da colecção. Apresenta uma escolha pessoal daquela que seria a sua playlist ideal (!) ou alguns dos discos que permanecem mais tempo nos seus DJ sets, num registo groove destinado a colocar as pessoas a dançar. Revela nestes 18 temas uma selecção criteriosa sem, no entanto, cair na tentação de grandes recriações obscuras, nem no recurso, muitas vezes forçado, às novas tendências - uma prática recorrente em muitas das compilações que proliferam no mercado e cuja audição é, por vezes, pouco apelativa ou monótona.

Em My Playlist há subjacente, entre temas novos e alguns clássicos, um sentido de humor acutilante. Através da associação de referências raras e de algumas escolhas criteriosas, como as de: Château Flight, Jamie Lidell e Dani Siciliano, para depois encontramos um velho êxito de Tone Loc Funky Cold Medina. Uma belíssima prova de como a house, o funk e o tecno ainda têm muito para dar quando conjugados por quem sabe aquilo que faz e prova ter maturidade musical para o demonstrar.

Esta é a primeira compilação de Llorca e ele próprio admite que - it was not an easy job! Sentiu-se pressionado tal como estivesse a seleccionar um número limitado de discos quando está de partida para um set no estrangeiro. Muitas vezes é questionado sobre o que esteve a fazer nos últimos 4 anos, desde o lançamento do seu disco de estreia, e quando é que lança o próximo!? Para ele a resposta é simples e está ao alcance das nossas mãos por intermédio desta Playlist: a produzir remisturas, a gravar o próximo disco e a tocar ao vivo de clube em clube, primeiro com vinyl, depois com cd?s e agora com um computador portátil - you don't stop technology, diz.

Um verdadeiro melómano que gosta de muita e boa música. My Playlist é pura malha funk.

* crónica semanal publicada no suplemento SARL/Jornal dos Açores de 17.02.06
** Proposta na discoteca DISREGO (CC Parque Atlântico)

sexta-feira, fevereiro 17

R&J

Hoje e amanhã no Teatro.

COLD DAYS !



...e ao 3º dia continuo «agarrado», tipo zombie, à pastilha de Pseudoefedrina + Triprolidina que dá pelo nome de Actifed...após convalescença espero regressar à performance habitual !

quarta-feira, fevereiro 15

cowboyada

[As botas de George W. Bush] Grande plano das botas que George W. Bush usou num jantar formal que decorreu ontem à noite na Casa Branca. No cano da bota está gravada uma imagem do estado norte-americano do Texas, preenchida com as cores da bandeira dos Estados Unidos. Foto: Gerald Herbert/AP.

the wonders of pop music



...ainda não tenho o podcast mas e até lá vou recomendando bons sons.

D. João Afonso Bosco de Mota Amaral e Albuquerque

Sobre as propostas de Mota Amaral para o estatuto dos Representantes da República para as regiões autónomas, que tanto alarido tem provocado nas ditas regiões, eu gostava só de lembrar que um dos pilares da nossa civilização é a liberdade de expressão e que temos o dever de defender essa liberdade, mesmo quando as opiniões são manifestamente insensatas, provocatórias ou loucas.

terça-feira, fevereiro 14

No tira-teimas deparei-me com este Monte da Ravasqueira (Tinto/2003) a bom preço e com proporção muito correcta e harmonia. Não fosse o dia enamorava-me por este Alentejano. E Paulo + atenção às prateleiras - pela tua saúde!...

HÓ PÁ.....

Se algum banco me emprestasse dinheiro lançava uma OPA sobre esta SA.

segunda-feira, fevereiro 13

2ªs na 2:

A emissão segue todas as 2ªs após o Jornal 2, são 30m de humor corrosivo pelo co-autor de Seinfeld - Larry David. Por coincidência, e daí talvez não, já está disponível para venda a 2ª série de Curb Your Enthusiasm. Neste caso o remédio é mesmo o riso.

A «cartoonização» do profeta.

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A «cartoonização» do profeta Maomé, e a consequente fúria dos filhos de Allah, pôs a nu uma Europa fragilizada e de cócoras perante a circundante ameaça do Islão. Este há muito que iniciou uma jihad contra o Ocidente, numa reedição das Cruzadas, agora em sentido contrário. O ano zero dessa «guerra santa» ocorreu, como se sabe, a 11 de Setembro de 2001 com o vil assalto ao World Trade Center. Cedo o espírito pragmático dos Americanos permitiu-lhes perceber que aquele ataque era uma declaração de guerra ao Ocidente.

Nós por cá, na velha Europa, continuamos a dormir com o inimigo. Este é uma vasta mole humana, geralmente enturbantada e insalubre, designadamente, nas mentalidades e nos costumes, que agora a propósito de uns «cartoons», por sinal de mau gosto, promete lançar sobre nós a fúria purificadora do seu iracundo Deus. Em uníssono a «rua árabe» clama por vingança, parecendo estar bem informada sobre os conteúdos editoriais de um obscuro jornal Dinamarquês, apesar de as taxas de analfabetismo no mundo árabe rondarem os 60 % ! Unidos prometem vingança em mais uma batalha da guerra que iniciaram pela conquista da nossa alma e do nosso estilo de vida.

Por coincidência a engenharia destes motins tem presente o agendamento do Conselho de Segurança das Nações Unidas, brevemente sob a presidência da Dinamarca, que tem a espinhosa tarefa de condenar o programa nuclear iraniano. Esta censura esbarra nas hordas ululantes que até já têm os seus aliados entre nós. Por exemplo, quem não se recorda da recente performance televisiva do Eng.º Angêlo Correia, que bem poderia ter substituído o fato e gravata pelo balandrau dos seus aliados, advogando com displicência a posse do nuclear pelo Irão.

São estas e outras «cigarras de luxo» que também fazem tábua rasa da secular liberdade Ocidental, prostrando-a no altar do Islão, envergonhando-nos com desculpas enviesadas pela publicação satírica dos «cartoons» de Maomé. Esqueceram essas «cigarras de luxo» que a irreverência, a ironia, e o humor são valores patrimoniais inscritos nos nossos costumes e na nossa cultura? Esqueceram que esta sempre recomendou que «em Roma faz-te romano», e que esse ditame também deveria ser válido para os nossos hóspedes? Acredito que esta estirpe não só não se esqueceu da sua herança cultural como ainda faz um uso selectivo, utilitarista e oportunista da mesma. Neste infeliz episódio dos «cartoons» Dinamarqueses não hesitam em fazer mea culpa pela insensibilidade da nossa cultura perante os costumes de outra «civilização». Contudo, a mesma ninhada de «cigarras de luxo» da nossa intelectualidade, hoje, tão lesta a ponderar limites à liberdade de expressão, não hesitava, ontem, em arvorar a sua indignação perante a barbárie...desde que esta não seja uma ameaça concreta. Exemplificando: de facto, fica bem e não causa mossa, a indignação panfletária e telegénica que se agitou entre nós pela prisão do «cineasta» Ivo Ferreira que por ter, em privado, fumado um «charro», ao que parece traficado por um amigo palestiniano, arriscou cumprir 5 anos de prisão no Dubai. Porém, quando essa mesma «cultura» aos magotes clama vingança em nome do profeta, constituindo uma ameaça concreta à nossa liberdade, a Europa treme e encolhe-se de medo, como se encolheu aquando da imolação de Theo Van Gogh.

Ainda assim alguns papalvos de falinhas mansas insistem em pregar o seu evangelho da tolerância e da integração, não dando conta que, do outro lado da trincheira, a intolerância deles recusa a integração. Acaso fossem pregar essa cartilha da transigência e negociação, tão repulsivamente defendida por Mário Soares em relação a Osama Bin Laden, por exemplo, em Abu Dhabi, por certo acabariam em posta num varapau ao estilo de uma vulgar espetada ou, com sorte, seriam atirados para os calabouços dos blasfemos, de cuja sorte escapou o nosso valoroso «cineasta» Ivo Ferreira detido nos Emirados Árabes Unidos.

Em suma: ao invés daqueles que estão escravizados pelo Islão, saibamos nós, enquanto homens livres, honrar e glorificar a nossa liberdade de expressão. Esta, entre nós, tem por limite a lei dos homens na qual a tutela de bens jurídicos é feita pelo Direito. Eles, os filhos de Allah, condenam a liberdade de expressão e fazem fé nos humores da sharia ou do linchamento popular dos blasfemos que, desta feita, ousaram a suprema heresia da «cartoonização» do profeta.
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JNAS na Edição de 14 de Fevereiro do Jornal dos Açores.
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posted by João Nuno Almeida e Sousa

Canal memória

Emissão 1 aqui

domingo, fevereiro 12

C:

Na memória recente do pc está esta fotografia do Museu de Arte Contemporânea de Amsterdão - uma visita fundamental. Sendo que está patente, até final deste mês, uma exposição com uma das maiores fotógrafas destes tempos - Rineke Dijkstra. Já a tinha visto no Pompidou mas é, de facto, esmagador o carácter humano que transparece em cada foto. No final da visita/exposição tempo para olhar um documentário sobre as discotecas periféricas em Inglaterra, em meados dos anos 90, e o rigoroso código de condutas associado à cultura de dança. Post (e referência) recuperado à memória do meu tempo (com quase 1 mês de atraso). São os timings desta modern life...

a radio.com

Um apontamento curioso que aborda o modo de funcionamento da música que passa na net. Por entre vários testemunhos da comunidade podcaster está o Lone Rider da Maia.

Sentado à mesa #5



Pastéis de nata made in Azores


Estava outro dia a ler uma carta escrita do Faial por John Bass Dabney, datada de 20 de Fevereiro de 1805, e veio-me à ideia recuperar o seriado gastronómico do coma letárgico em que se encontrava mergulhado há largos meses. É que o estimável Mr. Dabney confidenciava ao seu correspondente em Boston, Jesse Putman, que acontece muitas vezes que tudo o que está em cima da mesa seja avinagrado, com excepção dos pickles. Põem vinagre ou limão nos guisados, e até nas sopas. Fim de citação.

Aqui para nós que ninguém nos ouve, o americano tinha razão. Usa-se e abusa-se do vinagre à mesa açoriana mas, enfim, estava disposto a defender a dama da gastronomia insular (não que ela seja muito formosa) contra atacando com um post de doçaria conventual, quando leio nas páginas do Expresso uma entrevista ao Ernâni Lopes, pessoa que sempre me fez arrebitar as orelhas, na qual o senhor explica, a respeito do sucesso dos pastéis de nata portugueses na Ásia (não é metáfora, juro), que a dimensão deixou de ser decisiva para a competitividade das empresas e que um dos elementos decisivos passou a ser, pasme-se, o conceito.

Assim de repente, lembrei-me logo de dois ou três putativos pastéis de nata açorianos, mas não vou ter a imodéstia de os referir. Cada um que faça o tempero a seu gosto. Escusado será dizer que não proponho a venda do cozido das Furnas no mercado asiático, ou coisa do género, mas que a economia açoriana está desidratada de conceitos, lá isso está.

Vitória, vitória, acabou-se a história.

sábado, fevereiro 11

Nova entrada...

na blogosfera açoriana.
http://www.artca.blogspot.com/
um blog aberto à participação e colaboração de todos a quem o assunto possa interessar.
veremos até quando.

É preciso ter calma...

...Não dar o corpo pela alma. A revelação surge sob a forma de + uma iniciativa inédita!!!...

Alta Fidelidade *

Coldcut - Sound Mirrors (Ninja Tune) Jonathan Moore e Matt Black formam os Coldcut. Um conjunto polifacetado que se desdobra, desde meados dos anos 80, em múltiplas actividades associadas à cultura contemporânea e na inovação da música de dança. Do seu currículo fazem parte: a samplagem dos hit's dos MARRS Pump Up The Volume, de Yazz e Lisa Stansfield; a fundação de 3 editoras, a produção artística para a Glasgow Gallery of Modern Art, para o Centro Pompidou, em Paris, e para o Barbican Centre, em Londres; deram origem a um software de manipulação de samples em tempo real; colocaram no ar uma estação de TV pirata; um site educacional sobre manipulação vídeo; desenharam um jogo de vídeo e tentaram, inclusivamente, fundar um partido político (!). Durante a década de 90 fundaram a Ninja Tune Records e deram ensejo, ao lado de nomes como DJ Food, à manipulação abstracta do hip-hop, através da introdução de beats com bases de diálogo por mão de: séries televisivas de culto, filmes, rappers (e/ou street poets) e outras formas menos melódicas. Apesar de uma trajectória profícua a dupla tem assumido, nos últimos anos, uma posição mais discreta e afastada do mainstream. Uma razão para isso poderá residir no último disco Let Us Play (1997), que alimentou muitas expectativas para depois gorar-se num flop comercial e, eventualmente, musical - soando muito melhor na teoria do que depois em disco. Passados 8 anos regressam com Sound Mirrors numa assumida Missão ecléctica. Sem constrangimentos comerciais apresentam-se acompanhados de talentos tão diversos como: Roots Manuva, Robert Owens e o guitarrista Jon Spencer. A maturação de 20 anos de carreira permite-lhes percorrer inúmeros territórios e sonoridades numa constante inovação sónica rementendo, este disco, para 2 exemplos sólidos da década de 90: Leftism dos Leftfield e Dubnobasswithmyheadman dos Underworld. Aliás, este disco é um álbum surpreendente (nas palavras de Vítor Belanciano/Público/27.01.06) transpondo uma energia perdida e repondo-os num lugar de referência entretanto esquecido. Poderá soar a lugar comum mas Sound Mirrors é, provavelmente, o melhor álbum dos Coldcut.

* crónica semanal publicada no suplemento SARL/Jornal dos Açores de 10.02.06

sexta-feira, fevereiro 10

Elixir

Com este sumo rejuvenesci 25 anos...



















Vou prá noite com o disco no bolso do casaco...

pequenos brinquedos para rapazes grandes


...demorei a chegar mas agora que cheguei estou viciado.

boa banda, boa musica, bom nome...

Ich Bein Ein Danischer



Hoje afirmo sem qualquer tibieza que também sou um Dinamarquês. Por isso aqui fica, em nome pessoal, a divulgação do comunicado, recebido via «Bomba Inteligente», para a manife junto da «nossa» embaixada :

«Na próxima 5.ª feira, 9 de Fevereiro, pelas 15 horas, um grupo de cidadãos portugueses irá manifestar a sua solidariedade para com os cidadãos dinamarqueses (cartoonistas e não-cartoonistas), na Embaixada da Dinamarca, na Rua Castilho, 14, em Lisboa. Convidamos desde já todos os concidadãos a participarem neste acto cívico em nome de uma pedra basilar da nossa existência: a liberdade de expressão.

Não nos move ódio ou ressentimento contra nenhuma religião ou causa. Mas não podemos aceitar que o medo domine a agenda do século XXI. Cidadãos livres, de um país livre que integra uma comunidade de Estados livres chamada União Europeia, publicaram num jornal privado desenhos cómicos. Não discutimos o direito de alguém a considerar esses desenhos de mau gosto. Não discutimos o direito de alguém a sentir-se ofendido. Mas consideramos inaceitável que um suposto ofendido se permita ameaçar, agredir e atentar contra a integridade física e o bom nome de quem apenas o ofendeu com palavras e desenhos num meio de comunicação livre.

Não esqueçamos que a sátira - os romanos diziam mesmo "Satura quidem tota nostra est" - é um género particularmente querido a mais de dois milénios de cultura europeia, e que todas as ditaduras começam sempre por censurar os livros "de gosto duvidoso", "má moral", "blasfemos", "ofensivos à moral e aos bons costumes".

Apelamos ainda ao governo da república portuguesa para que se solidarize com um país europeu que partilha connosco um projecto de união que, a par do progresso económico, pretende assegurar aos seus membros, Estados e Cidadãos, a liberdade de expressão e os valores democráticos a que sentimos ter direito.»


PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO...SEMPRE.
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posted by João Nuno Almeida e Sousa

Photo of the Year 2005

Foram anunciados ontem os prémios World Press Photo 2005.
A foto vencedora, do canadiano Finbarr O`Reilly aqui.
As outras, vencedoras nas diversas categorias aqui.

Política na Cultura

Após as últimas eleições regionais o Presidente do Governo procedeu a uma mudança orgânica que passou a tutela da cultura da Secretaria da Educação para a alçada da própria Presidência. Esta modificação foi vista pela generalidade dos agentes culturais como uma medida positiva, a medida parecia indiciar uma maior preocupação e consequente maior investimento e atenção por parte do Governo Regional às questões da cultura. Porém, nos últimos meses, uma sucessão de acontecimentos quase bizarros tem provocado um clima de mal-estar no sector. As alterações orgânicas e administrativas sucederam-se como por exemplo a extinção das Casas da Cultura, houve alguns alvoroços como o relatório do Tribunal de Contas e as duvidas que este levantava sobre a concessão de apoios, já para não falar em nomeações inexplicadas ou inexplicáveis. Neste momento há mesmo quem peça medidas drásticas a nível dos responsáveis pela cultura nos Açores. O que é extremamente negativo é que as boas medidas, como a criação e desenvolvimento do Centro de Conhecimento dos Açores, sejam tomadas em conjunto com péssimas medidas, como a quase extinção do projecto ARTCA, e tudo isto sem que se consiga perceber o como e o porquê. O que me parece essencial e urgente é que o responsável máximo, o Presidente do Governo, encontre uma forma de fazer passar informação ao público em geral, mas aos agentes em particular, sobre quais são as suas verdadeiras intenções para este sector tão importante.

Crónica quinzenal para o programa Artes & Notícias, quintas-feiras 21h00 na RTP-Açores. Com reposição na semana seguinte em formato escrito no SARL do Jornal dos Açores e aqui para o devido contraditório.

quinta-feira, fevereiro 9

Hoje aos homens, nos Açores, resta esperar e pedir outra. Até já...

Madrid me mata

Madrid é o máximo. Eu se pudesse ia lá todos os meses, para ver exposições, para visitar os museus, para ir a restaurantes, enfim, nem que fosse para passear na rua. O Presidente do Governo Regional dos Açores, Sr. Carlos César, apeteceu-lhe ir a Madrid. Óptimo. Excelente, boa viagem e que aproveite muito, nem que seja para arejar. Mas a desculpa esfarrapada de que vai acompanhar a representação açoriana na ARCO é que é absolutamente obtusa. Não porque eu considere que haja algum mal em o Sr. Presidente visitar a ARCO, antes pelo contrário. Mas, e como bem diz o Vítor num comment algures aí em baixo a propósito da presença do Bernardo Rodrigues em Veneza, a partir de agora o Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores têm a responsabilidade de estar presente, ou no mínimo fazer-se representar, em todos os grandes acontecimentos internacionais onde estejam presentes açorianos.

A Galeria Fonseca Macedo faz-se representar na ARCO e leva consigo três artistas açorianos - Maria José cavaco, Vítor Almeida e Ruben Verdadeiro - num lote de cerca de 11 outros artistas. Que a Galeria tenha convidado o Sr. Presidente do Governo Regional a estar presente na cerimónia de abertura da ARCO, que o Governo tenha contribuído de alguma forma para a presença da Galeria na ARCO, acho muito bem e têm o meu elogio. Que o Sr. Presidente aceite o convite e vá com comitiva a Madrid é um disparate. Quanto muito mandava o seu Subdirector Regional. O que é que o Sr. vai lá fazer? Vai fazer contactos? Vai assinar protocolos? Vai promover intercâmbios? Vai tirar ideias? Esta visita não faz sentido, não tem justificação, nem explicação, é uma piroseira.

Mas, partindo do princípio que daqui por diante o Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores, que é responsável pela política para a Cultura no arquipélago, vai fazer questão de visitar todos os grandes eventos internacionais de âmbito cultural, então não pode deixar de ir a Basileia, a São Paulo, a Veneza, a Bayreuth, a Montreux, a Cannes, a Sundance, a Barcelona, etc, etc, etc...

ARCO`06

Carlos César está em Madrid para acompanhar a presença açoriana na ARCO.
Durante o dia participa em vários eventos e iniciativas culturais.
Esperemos que regresse mais iluminado.

quarta-feira, fevereiro 8

VOX POPULI

«O velho preceito marxista continua certo: a religião, todas as religiões, funcionam, na maior parte das vezes, como o ópio do povo. Acontece que o povo precisa de ópio.»
Ana Sá Lopes, Sábado 4 de Fevereiro no Diário de Notícias

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MAOMÉ no Inferno de Dante por SALVADOR DALI

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«...é importante que se frise que estas caricaturas seriam absolutamente banais caso os caricaturados não fossem muçulmanos. Não vi nem sei se existe a caricatura em que Maomé é sodomizado, mas lembro-me bem dos recentes cartazes com que foi assinalada a presidência austríaca da UE. Para quem não se recordar, nos ditos cartazes eram retratados em cenas de sexo explícito - entre as quais se contava precisamente a sodomia - dois homens e uma mulher, com máscaras de Isabel II, George W. Bush e Chirac. Como é óbvio, os visados e respectivos povos não ameaçaram ninguém, sendo certo que Isabel II não é apenas a rainha de Inglaterra, mas também representante da Igreja Anglicana.»
Helena Matos, Sábado 4 de Fevereiro no Público.

«A tirania do "politicamente correcto" já não permite pensar que a civilização greco-latina e judeo-cristã da Europa e da América é uma civilização superior; e superior, muito em especial, à civilização falhada muçulmana e árabe... mas quando o Islão berra, a Europa treme.»
Vasco Pulido Valente, Domingo 5 de Fevereiro no Público.

«Na verdade, a vulgata multiculturalista, herdeira frustrada dos desenganados do marxismo, da antropologia cultural pós-colonialista e do campismo selvagem, decidiu distribuir o globo em duas categorias: os "maus" e os "bons". Este quadro conceptual ajuda-os a distinguir de modo sectário, faccioso e acéfalo, entre o certo e o errado. Nos "maus", encontramos a raça branca, a cultura ocidental (em sentido genérico), o macho, o heterossexual, o rico e, o detentor de qualquer tipo de autoridade; o grupo de "bons" inclui as raças não brancas, as culturas não ocidentais, a mulher, o homossexual, os não ricos e não detentores da autoridade.»
José Caldas, Domingo 5 de Fevereiro, no Público.

«Eles querem destruir aquilo que abominam. O nosso mundo - da liberdade, da democracia, dos direitos do homem [e da mulher], da separação entre o Estado e a religião, da autonomia do saber face à crença, da aceitação, até, ao direito da descrença - é uma soma de anátemas aos olhos de quem se submete a uma revelação que se recusa pensar. Eles são os analfabetos da razão. Aos olhos dessa gente, todos somos alcoólicos, materialistas, debochados e impotentes. Aos olhos dessa gente, as europeias são todas prostitutas. Aos olhos dessa gente, "somos aquilo que comemos" (porcos). A nossa arte, a nossa literatura, a nossa filosofia, as nossas leis são a manifestação da presença do demónio, pelo que devem ser destruídas para glória de Alá. O Ocidente é o grande Pan (pã), produto do Tentador. Fechem-se as bibliotecas, queimem-se as pinacotecas, triture-se a escultura, proíba-se a música, a dança e o desporto... Quando o Islão desaparecer, a humanidade pouco perderá. Se o Ocidente adulto perecer, voltaremos à condição de crianças aterrorizadas.»
Miguel Castelo Branco, segunda-feira, 6 de Fevereiro no Combustões

«Os prosélitos estão entre nós, são cada vez mais e vamos séria e rapidamente lamentar não termos sempre feito questão de lhes exigir que ao entrar deixassem à porta aspectos da sua cultura que para nós são inaceitáveis e até imorais, e respeitassem pelo menos os elementos básicos da nossa civilização. Pelo contrário, além da frequência do uso dos referidos epítetos contra os mais sensatos, nunca faltou quem até relativizasse sobre os cortes de clítoris das miúdas, sobre os imãs que vociferam nas mesquitas contra as instituições dos países que os acolheram, de amiúde ensinarem que as fêmeas podem levar pancada à vontade e até ocasionalmente de ensinarem nos mesmos sítios os modos de o fazer sem que as autoridades dos infiéis dêem com a coisa - ao que tudo acresce um largo etc.»
Kzar, terça-feira, 7 de Fevereiro no Tapornumporco

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posted by João Nuno Almeida e Sousa

clima de paz

com a nomeação de Pedro Burmester. Concerteza!...

memorabilia

Esgotado há meses o Atlântico veste-se, hoje, de negro.

terça-feira, fevereiro 7

???

AVANÇOS

Novas tecnologias para a confecção das páginas açorianas

Conhecido por ser um país no qual os avanços tecnológicos chegam mais tarde, o Reino Unido dos Açores poderá vivenciar uma verdadeira revolução na confecção de suas páginas na Internet.
Estão em produção dois projetos que prometem trazer aos Açores o que há de melhor e mais moderno na matéria, a avançada linguagem flash e um amplo portal no formato blog.
Os sítios em flash estão sendo construídos pela Aço Construções S/A, mais antiga empresa açoriana, que recentemente criou uma "divisão de páginas em flash", dirigida por D. Wagner Campodonio.
Já o portal em formato de blog, que tem como nome provisório "BlogAço", é um empreendimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, liderado por Hilal Iskandar. O portal servirá de base para diversos projetos culturais, como o "Bestiário Micronacional" e a "Irreal Armada", além de funcionar como portal de informação oficial do governo e da chancelaria açoriana.

in Jornal dos Açores

O «Bilhete de Identidade» de :



Li finalmente o best-seller da mais recente celebridade da «inteligentsia» e ícone do feminismo Português. Foi com um misto de agrado e desilusão que cheguei à última página do «Bilhete de Identidade» de Maria Filomena Mónica. Paradoxalmente a biografia de uma intelectual, devidamente encartada com o selo de garantia catedrático, é também o retrato típico de uma mulher enclausurada e ressentida com a sua condição feminina. Mas o certo é que nas palavras de Maria Filomena Mónica «um homem não podia ter escrito o que escrevi, pela simples razão de não ter vivido o que vivi»! Também aqui se aplicará, com a necessária correcção, o axioma de Ortega Y Gasset : «a mulher é a mulher e a sua circunstância.».

Mas, com justiça se dirá que o livro tem o mérito de percorrer, numa perspectiva familiar, a «circunstância» da mulher Portuguesa no Sec. XX. Ademais, a vitória de Maria Filomena Mónica sobre a sua «circunstância» feminina é um acerto de contas com o estereótipo que lhe estava reservado à nascença. O background da condição feminina em Portugal era manifestamente desigualitário chegando, por exemplo, ao extremo de censurar-se à vulgar professora da primária a «exibição escandalosa de pinturas faciais». Inclusivamente a diminuição moral da mulher chegou a ser imposta por Decreto-lei quando, em 1936, o Ministério da Educação proibiu o uso da maquilhagem e de indumentária desadequada «à majestade do ministério exercido». Num passado próximo da catedrática Maria Filomena Mónica o Estado Novo condicionava o casamento das professoras a prévia autorização ministerial, concedida apenas aos esponsais que demonstrassem bom comportamento moral e civil ! Eram outros tempos, pautados pela ordem da domesticação da mulher, onde, será escusado dizer, nem sequer teria lugar a fantasia do casamento lésbico que hoje merece os holofotes da imprensa Nacional.

Naqueles tempos de verdadeira coacção, cívica e moral, e até ao final da década de 60, qualquer mulher Portuguesa, maior de idade e casada, só poderia viajar obtendo passaporte com autorização do marido, e deste também dependia o consentimento expresso para ser empresária em nome individual ou até para abrir uma corriqueira conta bancária. Nessa ordem de diminuição das faculdades básicas de qualquer cidadão também o direito ao voto (- uma farsa numa ditadura -) estava reservado às mulheres que fossem chefes de família e possuíssem curso médio ou superior. Tudo isto eram reminiscências de uma pátria que na propaganda da escola primária ensinava: «Na família, o chefe é o pai e na Nação o chefe é o governo».

Nas suas memórias, Maria Filomena Mónica, evoca a viragem dessa ordem letárgica imposta por um Estado tão forte que não precisava de ser violento, com a recordação do artigo «Carta a uma Jovem Portuguesa», impresso na edição de 1961, da revista Via Latina. À data lia-se na polémica carta o seguinte petardo panfletário lançado por um homem a uma mulher: «A minha liberdade não é igual à tua. Separa-nos um muro, alto e espesso, que nem tu nem eu construímos. A nós, rapazes, de viver do lado de cá, onde temos uma ordem social que em relação a vós nos favorece. Para vós, raparigas, o lado de lá desse muro; o mundo inquietante da sombra e da repressão moral.». Hoje esse muro já não existe. Foi derrubado pela geração de Maria Filomena Mónica. Mas o «Bilhete de Identidade» dessa geração é ainda a catarse de muitas Marias sexagenárias.

Seja como for o livro lê-se com deleite pela curiosidade em visitar um passado já extinto. Contudo, apesar da elegância da prosa, a comezinha mentalidade do portuguesinho, mesmo que medianamente letrado, é acicatada pelo voyeurismo das revelações de alcova que o livro sugere. Esta espécie de Big Brother retrospectivo e literário teve, por exemplo, mais impacto do que a descrição social de um país em que a miséria era tão omnipresente que se tinha tornado invisível. Essa miséria não se esgotava na escassez material, porquanto, ia mais longe medrando na indigência das mentalidades e dos costumes. Contudo, em pleno Sec. XXI, Maria Filomena Mónica, após sessenta anos de vida intensa e a propósito da publicação da memória desses anos, confessou recentemente no seu Diário: «A certa altura, chegaram-me aos ouvidos rumores da curiosidade que a minha vida sentimental estava a suscitar no meio académico masculino. Alguns colegas doutorados, de quem eu esperava outra coisa, andavam, pelos corredores, a comentar as supostas peripécias picantes....A seus olhos, eu mais não era do que uma boneca insuflável.». Por certo a autora de «Bilhete de Identidade» não percebeu que um cavalheiro, mesmo que tivesse vivido o que ela viveu, nunca teria escrito o que ela escreveu !
...
JNAS na Edição de 7 de Fevereiro do Jornal dos Açores....
(post-scriptum : na senda da pluma caprichosa vou atirar-me aos «Cisnes Selvagens» de Jung Chang e de permeio vou revisitar com «Raiva e Orgulho» a Oriana Fallaci...)
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posted by João Nuno Almeida e Sousa

a pedido de muitas famílias

M$$$$$$$'s abre nos Açores *

A marcha pelo progresso continua! Acabam-se, assim, com os múltiplos pedidos de familiares ávidos em trincar o hambúrguer perdido, adquirido no aeroporto de Lisboa, a caminho das ilhas - um ritual a revelar alguma subnutrição cosmopolita. Gostaria de felicitar o génio caridoso que em boa hora investe nesta pérola civilizacional e na sua implementação no burgo. Advinham-se, desde já, as filas de gourmets. A terapia nutricional sai já a seguir. O puzzle completa-se!...

* Açoriano Oriental de 07.02.06

segunda-feira, fevereiro 6

As linhas da discórdia

A polémica dos cartoons de Maomé é tão vetusta quanto as barbas do profeta. Do vasto portfolio iconoclasta aqui fica um fresco Renascentista(!)que exibe Maomé nas garras do demo. É apenas um naco de um fresco da Igreja de São Petrónio em Bolonha que está inacessível, como se fosse uma gárgula obscena, aos olhares politicamente correctos. A imagem teria feito a delícia de Bosch e mostra, para deleite dos crentes Cristãos, Maomé sofrendo as agruras da tortura às mãos do mafarrico. Escusado será dizer que com a habitual estima pelo património alheio os seguidores do profeta tentaram em 2002 destruir o templo que ostentava tamanha perfídia.

Enfim, mudam-se os tempos e mudam-se as vontades, e estala agora na Europa uma desproporcional polémica sobre a «cartoonização» do profeta de Alá conspurcado desta feita pela mão dos hereges Dinamarqueses...
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( a saga continua no Prós e Contras de hoje sob o signo «As Linhas da Discórdia»...às 21 horas e 25 minutos Local Time )
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posted by João Nuno Almeida e Sousa

Mudança...

da mesa de cabeceira para a mesa de trabalho.










TOURNEZ VOTRE FILM POUR 500 EUROS

Alta Fidelidade *

POP DELL'ARTE POPlastik 1985-2005 (Different Star) A compilação POPlastik marca o regresso dos Pop Dell'Arte aos escaparates e às notícias. Uma das bandas mais profícuas em termos experimentais e de composição faz aqui a súmula de uma carreira construída, ao longo dos últimos 20 anos, a partir de muitas oscilações. Desde o início demonstraram ser uma banda capaz de desmontar o lado mais amorfo da canção pop portuguesa. Os Pop Dell'Arte estrearam-se em disco em 1986 com o máxi-single Querelle, sendo que o seu primeiro álbum Free Pop, editado pela Ama Romanta, a editora de João Peste (vocalista/líder), marcou um ponto de viragem e singularidade na produção musical portuguesa. Estávamos em 1987. Em 89 editam Illogik Plastik que confirmou a busca incessante por novas estéticas, quase sempre relacionadas com o corte e colagem. Neste período muitos rumores alimentaram o fim da banda, algo que não se confirmaria com a edição, primeiro do maxi 2002/MC Holy, em 1991, e depois de Ready Made, em 1992, que sofreu múltiplos atrasos devido, sobretudo, a problemas editoriais. Já com diversas alterações na formação da banda, mas sempre com João Peste a liderar e Luís San-Payo na bateria, Sex Symbol foi considerado o álbum do ano para o DN, em 1995. No entanto, apenas em 2002 a banda voltaria aos discos com o EP So Goodnight. POPlastik reúne todos os temas que fazem a história dos Pop Dell'Arte mas inclui, igualmente, 3 temas inéditos: "(J`ai oublié ) All my Life", "Stranger than Summertime" e "No Way Back", gravados em Novembro do ano passado. A inquietação, a originalidade e a autenticação são sinais das ousadias formais na música dos Pop Dell'Arte e o reconhecimento do talento performativo de João Peste (excertos do texto do booklet da autoria Nuno Galopim). Ninguém é eterno. E o passado não existe sem futuro. São 2 ideias fundamentais para compreender estes novos Pop Dell'Arte.

A fotografia/capa (magnifica!!!) é da autoria de Joaquim Pinto e Nuno Leonel - os realizadores responsáveis pela FILMEBASE e por títulos, tais como: Rabo de Peixe (2003), Com Cuspo e com Jeito (1998), Moleque de Rua (1997), Surfavela (1996).

* in SARL/Jornal dos Açores de 03.02.06

domingo, fevereiro 5

Reporter X

Numa visita sedentária arranjei motivo para recuperar um post esquecido após o passeio de há 2 semanas com estes amigos. Apenas na passagem estreita com a realidade das ilhas se depreende o quanto trabalho cívico há por realizar na mudança de hábitos culturais e civilizacionais. Neste caso, em particular, são as encostas das ilhas pejadas de Lixo - esta, que aqui destaco, divide-se entre uma das poucas espécies endógenas no local (a Vidália) e um par de sanitas residentes no calhau. Curiosa conivência!...

...

Vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver

Amanhã
espero sempre um amanhã
e acredito que será
mais um prazer

e a vida
é sempre uma curiosidade
que me desperta com a idade
interessa-me o que está para vir.

e a vida
é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir.

Encontrar
Renovar
vou fugir ou repetir.


...

3 propostas disponíveis no Solmar. Quem disse que não se exibe bom cinema em Ponta Delgada!? Uma tarefa estóica e com muitos sacrifícios. Os parabéns ao Carlos Miranda pela geométrica perseverância.

demagogia

em versão rasteira.

sexta-feira, fevereiro 3

lisboa

Livramento:parte2

A Livramento rumou matinalmente para a ilha de todas as instituições. A acção decorre no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, pelas 18h30, com honras de apresentação pelo amigo Mário Cabral. Depois do tunning, realizado ontem, a sessão de autógrafos promete estar - ainda - mais afinada. Abraço aos 2+1.