terça-feira, setembro 30

Alta Fidelidade



A jukebox desta semana tem o X por assinatura e foi conjugada através de algum surf ocasional nas ondas do éter de banda larga, infelizmente menos largo do que o contratualizado... Destaque óbvio para a parceria de Seu Jorge com os TC no seu mais recente Radio Retaliation. Hare Krsna para todos.

A PROPÓSITO...


do Dia Internacional da Música, que amanhã se comemora, e de Programas Eleitorais:
Estou triste por, apesar das 415 páginas lidas, em nenhum programas eleitorais ter encontrado qualquer referência aos Conservatórios Regionais nem lido uma única frase sobre o ensino da música nos Açores.
Assunto grande mas desfocado tal como a imagem que ilustra o post.

segunda-feira, setembro 29

A PROPÓSITO...


do 50º aniversário da Cinemateca Portuguesa e de Programas Eleitorais.
Estou triste por, até agora, nenhum programa eleitoral defender a criação de uma delegação da Cinemateca Portuguesa nos Açores.
Mas como a esperança é sempre a última a morrer, pode ser que em 2012...

O amigo Americano





Barnett Frank, mais conhecido por Barney Frank, é membro da United States House of Representatives desde 1981, onde representa o 4th Congressional District do Estado de Massachusets, porventura aquele onde reside um maior número de açorianos nos EUA. Ao longo das últimas décadas tem visitado frequentemente o arquipélago e suponho que o seu conhecimento da realidade açoriana não seja superficial, tanto aqui como na diáspora. Por detrás da sua compleição gorda e desleixada, do seu ar rezingão e mal disposto, é uma pessoa doce e cheia de sentido de humor, como eu próprio já tive oportunidade de verificar durante uma visita que ele fez à Universidade dos Açores em 1997. Pouco mais de dez anos passados sobre essa data, Barney Frank ocupa hoje o cargo de Secretário da Comissão de Finanças da US House of Representatives e, nessa qualidade, tem estado no olho da tempestade financeira (e legislativa) que atravessa a sociedade americana neste momento. Será, sem dúvida, um dos principais artífices da Lei que se propõe estancar a hemorrogia de Wall Street, garantindo ao mesmo tempo equidade e segurança social para os contribuintes que irão financiar a operação. Barney Frank entrou para a ribalta política em 1990 devido à sua homosexualidade assumida. Em 1995 Dick Armey, chefe da bancada Republicana, entrevistado por um jornal, referiu-se ao seu colega Democrata pelo nome de Barney Fag. O ofendido nunca aceitou o pedido de desculpa de Dick Armey e respondeu o seguinte: "I turned to my own expert, my mother, who reports that in 59 years of marriage, no one ever introduced her as Elsie Fag". Talvez agora levem Barney Frank mais a sério, inclusivamente aqui nos Açores.

domingo, setembro 28

LEITURAS (Actualização #1)


Todas as campanhas eleitorais são para mim motivo de especial atenção. É nestas alturas que são lançadas as melhores obras de ficção. No final do dia 19 de Outubro se conhecerá o top de vendas de mais uma época de publicações.
Até lá boas leituras.

Já lidos:
Melhor é possível - PDF (74 pags)
Juntos pela nossa terra - PDF (16 pags)

A ler:
Açores: Ilhas com futuro - PDF (325 pags)


PS: Os outros ou ainda não foram editados ou estão muito escondidos pois não os encontrei na banca.

sábado, setembro 27

Obituário



Paul Leonard Newman (1925-2008)

Morreu hoje, de cancro. O cigarro ficava-lhe muito bem na boca. Tive em tempos uma namorada que suspirava de mansinho sempre que o via no ecrã. Dia triste. Farewell, senhor do sorriso desarmante.

Camané



Toca hoje em Ponta Delgada mas nenhum dos diários da ilha refere o concerto desta noite. O autor de Sempre de Mim, provavelmente, um dos melhores discos portugueses do ano, não pode nem deve passar ao largo. Desatenção ou ignorância?!

Rescaldo do Debate



No primeiro round dos debates presidenciais não se assistiu a nenhum K.O. técnico. Não houve nada que tivesse mudado o curso da corrida presidencial. No game changer. Para ser mais preciso, o grande game changer desta campanha chama-se "crise de Wall Street". A tal crise que levou McCain a querer adiar um debate ao qual acabou por comparecer. Até por isso, exigia-se-lhe uma vitória clara, mais a mais no seu home turf da segurança nacional, o que manifestamente não aconteceu. Em política, o empate é sempre eunuco. Alguém tem de ganhar. E Obama ganhou. Aos pontos, mas ganhou. Caso venha a alcançar a Casa Branca no dia 4 de Novembro, teremos assistido à vitória da estratégia sobre a táctica. Ora, a atitude mais táctica da campanha presidencial de McCain foi a escolha de Sarah Palin. Nesse sentido, o debate vice-presidencial da próxima quinta-feira entre Joe Biden e Sarah Palin poderá ser decisivo para o resultado desta eleição. Se a Governadora do Alaska borrar o seu lipstick, será muito difícil para McCain recuperar a tempo os pontos perdidos. Se fosse a ele telefonava a Hillary Clinton. Ela sabe alguma coisa sobre perder aos pontos para Barack Obama.

quinta-feira, setembro 25

Dona Felicidade

e Dona Mudança foram ao baile...

Atenção: para poder apreciar devidamente este post faça pause na Jukebox.

Todos sabemos que as campanhas eleitorais são essencialmente folclore e peixeirada. Ele é arruadas, beijinhos, brejeirices, mercados, feiras, t-shirts, aventais, canetas, isqueiros, casas-de-pasto, enfim… O país real. E, diga-se, que o aperto de cinto faz com que estejamos muito mais limpos do que há uns anos em que o ambiente de "santos populares" ia ao ponto de bandeirinhas em tudo quanto é poste de luz e fachada. Depois, numa categoria muito própria, temos os hinos e as músicas de campanha, espécie de máquina de encher chouriços sonora para abanar os momentos mortos. Quem pode esquecer o Menino Guerreiro, ou o casamento (salvo seja) musical entre a Dina e o Paulo Portas, absolutos píncaros do cançonetismo político luso. Mas eis que o PSD-Açores atinge novos máximos neste verdadeiro festival da canção que é o hino eleitoral. Se é verdade que já não há pachorra para o Vangelis socialista (meu caro Alexandre aguenta-te sempre…) não sei bem como comentar ou classificar esta pérola social-democrata… É caso para dizer volta hino do bloguista que estás perdoado... Gosto particularmente da Dona Mudança e da Dona Felicidade…

All Together Now!!



via Burgalhau

compen[sa]san

Verdades insofismáveis: Não há eleições ganhas antes de contados os votos. Corre por aí uma ideia de que as próximas eleições regionais não interessam para nada, que já está tudo decidido e que mais valia não gastar o dinheiro e, como no monopólio, seguir para a casa de partida, que é como quem diz deixar andar até 2013. Este tipo de raciocínio pode até ter lógica, mas só em jeito de silogismo apetece-me levantar aqui duas questões que, penso, podem vir a tornar a noite de 19 de Outubro, um poucochinho mais interessante. Por um lado os valores da abstenção e o seu impacto no volume da maioria do partido de Carlos Cesar. Por outro lado e na esteira da própria abstenção e do descontentamento do eleitorado votante em relação aos dois maiores partidos os scores eleitorais dos pequenos partidos e o seu resultado no novíssimo círculo de compensação. O grande adversário de Carlos Cesar não é a falta de oxigénio, nem a saturação própria de 12 anos de poder, mas a abstenção que uma presunção exagerada de vitória pode provocar. A estratégia do "nacionalismo" açoriano pretende chamar as pessoas às urnas na base de um sentimento de pertença ao ideário autonomista mais do que por um determinado programa político concreto, por propostas de governo, ou mesmo por ideologia partidária. Veremos se resulta, eu tenho dúvidas, se a abstenção for maior do que à quatro anos, então talvez se perceba que as pessoas, os eleitores, preferem saber as medidas propostas para resolver problemas concretos do dia-a-dia, mais do que cavalgar a onda da açorianite aguda. No que diz respeito ao circulo de compensação, onde os pequenos partidos depositam todas as suas esperanças, o que interessa verificar é se o voto de descontentamento será suficiente para que elejam deputados, pessoalmente estou convencido que este circulo apenas irá aprofundar ainda mais o imparável processo de bipartidarização da autonomia açoriana. Posso estar enganado mas creio que o próximo parlamento regional se vai reduzir a dois grupos parlamentares, PS e PSD, e que na noite de 19 os líderes dos restantes partidos em lugar de darem graças ao círculo de compensação vão correr às farmácias em busca de Compensan…

A estação das conveniências

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Um dos mais recentes neo-Socialistas sentenciou, numa coluna de jornal, que "não se ganham eleições com crónicas, comentários anónimos, nem desejos de vingança recalcados". Paradoxalmente, não parece ser esse o cânone a seguir por um Partido cujo líder, no mesmo órgão de comunicação social, confessara: "ouço e leio tudo o que dizem e escrevem"! Esta será seguramente uma tarefa ciclópica para o Grande Líder que não dispensará os assessores de ocasião coadjuvados pela legião crescente "cristãos novos" do Partido Socialista. Não se ganham, com efeito, eleições com crónicas, até porque a hegemonia Socialista nos Açores é cada vez mais transversal. Estrategicamente, o PS/Açores, sob a máscara da renovação, tem recrutado para a sua causa personalidades cujas ideologias estão nos respectivos antípodas. Desde simpatizantes da extrema-esquerda bloquista até aos sectores mais conservadores e tradicionais da "direita sociológica" tudo e todos têm lugar nesta grandiosa arca do PS/Açores. A lógica subliminar é simples: unir o Governo e o Partido numa única entidade que se confunde e incorpora com a sociedade civil. Um "partido" com estas dimensões é quase uma corporação omnipresente e omnipotente. Consequentemente, no respectivo xadrez político, até os peões do costume tomam o respectivo lugar no tabuleiro procurando aniquilar toda e qualquer voz dissonante. Para tal vale tudo, incluindo o contorcionismo de jogadas políticas que evidenciam a dualidade de critérios consoante a onda do momento. Sinal inequívoco dessa estratégia, que tem o bónus de distrair o público do debate político, é o recente folhetim da "suspensão de mandatos" dos autarcas do PSD que integram a lista de candidatos por São Miguel. Agora que o PS se diz "renovado" esquece, por conveniência da estação, que também teve nas suas listas candidatos autarcas que nunca suspenderam os respectivos mandatos! Recorde-se, por exemplo, que nas eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, ocorridas em 2004, os Presidentes de Câmara que foram candidatos a Deputados suspenderam apenas funções e não os respectivos mandatos. Entre eles contavam-se autarcas do Partido Socialista incluindo o destacado Dr. Sérgio Ávila que, à data, era Presidente de Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e alto responsável da Comissão Permanente do PS/Açores. Hoje, a mesma Comissão Permanente do PS/Açores faz tábua rasa da leitura que no passado fez da lei, exigindo mais para os outros do que alguma vez exigiu para os seus correligionários. Mais do que a bipolarização da vida política o PS/Açores ambiciona uma vasta maioria absoluta com a inclusão de uma dualidade de critérios ao sabor da oportunidade e da conveniência cor-de-rosa. Para quem está fora de bordo desta arca Socialista sempre restam as crónicas que, podem não ganhar eleições, mas não implicam a alienação da dignidade, a suspensão da liberdade de consciência, e a perda de massa crítica essencial a qualquer democracia. Aqui não há "saldos" nem dois pesos e duas medidas consoante a tendência da estação das conveniências.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com


quarta-feira, setembro 24

recomendação de leitura

Declaração de Princípios
Aprovada pelo XIII Congresso do Partido Socialista


Para muitos pode parecer supérflua, ou até ridícula, para outros, como para mim, pode ser incompleta, mas para outros pode e deve ser uma leitura ou releitura imperativa nos dias que correm. Para os restantes pode ser apenas uma leitura que vale a pena.

Agente Provocador

O Agente regressa às noites da Antena 1 - Açores com Lúcia Arruda (deputada do BE à Assembleia Municipal de Pdl) para uma conversa com música, livros e, claro, o momento pré-eleitoral nos Açores.

Dias de Melo

TRÂNSITO NUM OITO



The House is on Fire





O incêndio começa a alastrar em ambos os extremos de Pennsylvania Avenue.
Vamos todos sentir-lhe o cheiro.

...Silly q.b.

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Se é para ser silly e ter algum entretenimento porque não fazer do clássico Space Invaders uma metamorfose com Political Invaders ? As opções são bem democráticas pois se preferir fazer dos Democratas o alvo a abater pode optar por esse cenário em alternativa aos Republicanos que figuram como favoritos dos jogadores. Prefiro a opção residual "World" que me dá o gozo de abater virtualmente personalidades como Mahmoud Ahmadinejad, Fidel Castro, Hugo Chávez...and so on. Infelizmente estão indisponíveis algumas personalidades Europeias cada vez mais friendly desta tropa de trauliteiros populistas.
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Political Invaders is a game similar to Space Invaders, but rather blasting the invaders with nuclear torpedoes, you shoot pies at the politicians. You can choose to blast Democrats, Republicans, or World leaders. It's a little silly, but fun...Boa Pontaria

terça-feira, setembro 23

Não aconteceu mas podia ter acontecido...


DEATH OF A PRESIDENTE
GABRIEL RANGE ( Grã-Bretanha, 2006)

O título é revelador. Uma proposta que é um falso documentário sobre a morte de um presidente, mas não se trata de um presidente qualquer: retrata a morte de George W. Bush, o actual presidente americano. «Death of a President» não tem distribuição comercial nos Estados Unidos.
Ler crítica de Jorge Pinto no Cinema2000.

Com estreia nacional marcada para 5ª feira, vai ser o meu soporífero desta noite.

E ninguém quer mais nada?

Soares

Quando nas últimas eleições presidenciais Mário Soares surgiu como candidato do Partido Socialista o país pareceu estremecer de estupefacção. De todos os lados surgiram insultos e avaliações erróneas. Mesmo dentro do seu próprio partido Soares sofreu uma desconfiança profunda. Confrontado com a vergonhosa cobardia de Guterres e António Vitorino, perante o branqueamento de Cavaco engendrado por uma direita sedenta de poder e reparação, e mesmo sabendo do maquiavelismo eleitoral de Sócrates e os seus neo-socialistas, Mário Soares deu o corpo às balas na defesa de uma determinada ideia de sociedade e de mundo. Nem mesmo Manuel Alegre, cego pelo revanchismo de Helena Roseta soube perceber a profundidade do que estava em jogo nessa eleição. Agora que o país, e o mundo, parece rebolar, como uma avalanche, em direcção ao abismo social e económico, e que o Alzheimer de Cavaco aparece mais activo de dia para dia, e que o eleitoralismo socrático resplandece em todo o seu vazio, é o ancião Mário Soares que surge mais sagaz e cristalino do que nunca. O estado do mundo revelado em crónica de terça-feira, haja quem queira perceber.

É preciso repensar as políticas de Esquerda, apelando sobretudo, à participação dos cidadãos. E velar para que as mulheres e os homens de Esquerda, que cheguem ao poder nos Estados ou nos partidos, sejam pessoas impolutas, que saibam distinguir os negócios privados do serviço público.

Captain Mike Across America


Já o disse aqui várias vezes que não gosto deste senhor nem com molho de trufas pretas mas para os simpatizantes do homem, aqui fica o link para o seu último documentário em estreia em exclusivo para a internet, a partir de hoje, e com download gratuito para residentes nos E.U.A ou no Canadá.

“Slacker Uprising” mostra a viagem de Moore por mais de 62 cidades norte-americanas durante as eleições presidenciais norte-americanas de 2004, quando tentava convencer jovens que não votavam a fazê-lo.

http://slackeruprising.com/

"Kit Kat"

Excelente é a crónica de João Pacheco Melo servida hoje de manhã com o habitual Café da Tabacaria Açoreana. Um verdadeiro momento Kit Kat no meio de resmas de páginas de publicidade do Açoriano Oriental que, só pela crónica de hoje, vale bem os 75 cêntimos do papel. Seja como for podem ler à borla, e na íntegra, o Pacheco Melo no habitual lugar de Ponta Delgada…mas só em diferido !

segunda-feira, setembro 22

Ribeira Grande



Decorreu nos últimos três dias, nos Areais de Santa Barbara, o primeiro Ribeira Grande Pro, terceira etapa do Campeonato Nacional de Surf. Apesar de, ao típico jeito açoriano, nem o mar nem a meteorologia terem colaborado com o evento, a verdade é que este foi um extraordinário sucesso, quer do ponto de vista organizativo, quer em termos de adesão do público, quer a nível de projecção mediática. Já a recente intervenção realizada no estacionamento e nas áreas de apoio a esta praia tinham dotado o local de condições extraordinárias, transformando-o num dos mais apetecíveis locais de lazer de toda a ilha de São Miguel. Agora, com a realização deste evento, a praia dos Areais ganha não só uma nova notoriedade, como também se revela ao público em geral um dos segredos mais bem guardados pelos amantes dos desportos de ondas da ilha – o enorme potencial desta praia para a pratica de Surf e Bodyboard e a sua atractividade ao longo do ano todo. Diga-se a este propósito que os desportos de ondas são desportos de inverno. Mas o que importa mesmo aqui realçar é o exemplo do que deve ser uma boa politica governativa. A autarquia da Ribeira Grande, na pessoa do seu presidente, o socialista Ricardo Silva, apostou e bem, na requalificação da sua orla marítima e no aproveitamento do enorme potencial da sua relação com o mar. Quer do ponto de vista das obras realizadas, bem como no apoio a eventos que promovam e aproveitem o mar da Ribeira Grande esta autarquia fez uma aposta de sucesso que merece ser elogiada. A orla marítima e o mar dos Açores são um dos mais valiosos bens deste arquipélago. Um verdadeiro diamante em bruto à espera de ser lapidado para revelar o seu efectivo valor. Ricardo Silva está de parabéns pelas apostas feitas. Oxalá outros autarcas por esses Açores fora seguissem o seu exemplo de lapidar este diamante em vez de o delapidarem a golpes de camartelo, betão armado, obras faraónicas e urbanismo desenfreado. Ponham os olhos na Ribeira Grande e vejam o quê e como fazer.

...Eu hoje deitei-me assim

"Todos nós somos seres humanos, Will – disse ele amavelmente – Tens de aprender a tratar todos igualmente, brancos e negros, ou então perderás o teu lugar no mundo. Eu sei que há muitos como tu que querem fazer desta cidade apenas um lugar para brancos, mas estás enganado. O mundo modificou-se desde a última geração, e mais mudará na próxima. Não viverei para ver a modificação completa mas espero que tu vivas" (Dr.Horatio Plowden in Estherville)
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Erskine Caldwell (1903-1987) escreveu há sessenta anos este impiedoso "Place Called EstherVille" num relato cruel do Sul dos Estados Unidos. É um livro dos bons e dos antigos, com uma indignação social que não é política, como a dos tempos que correm, mas apenas moral.

sexta-feira, setembro 19

...Eu hoje deitei-me assim.

Heartless ?...

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Putz ! Digam lá se este não é um dos melhores videoclips da última década ? Não lhe falta arrojo e soul q.b. Keep your heart and your soul.Boa noite, onde quer que estejam !

É o surf, estúpido!

As ondas postas ao largo.

Aviso à navegação: o header do :ILHAS foi retirado daqui

EU ABAIXO ASSINADO

Expliquem-me como se eu fosse muito burro, que eficácia terá um abaixo-assinado, a circular via e-mail (e com honras de notícia no telejornal da rtp_a) em que:
- não é definida uma pessoa ou entidade responsável pelo mesmo;
- não existe forma de averiguar nem confirmar a existência real dos assinantes (qualquer pessoa pode acrescentar a Rita dos Ginetes o Garganta Funda ou até o papio cynocephalus);
- o conteúdo da mensagem pode ser alterado ao longo do percurso.

Para além da boa ou má intenção este tipo de abaixo-assinados são ineficazes, inócuos e inconsequentes.

PS:
Existem sítes especializados em abaixo-assinados virtuais que apresentam várias vantagens:
- não produzem spam;
- o conteúdo, a reivindicação continua a mesma desde o início até o fim do processo, pois os signatários não podem alterá-la;
- os responsáveis pelo conteúdo e pelo encaminhamento final do abaixo-assinado virtual ficam bem definidos;
- a contagem de assinaturas pode ser feita sem maiores dificuldades;

...ao vivo e a cores !

...


...
absolutamente a não perder aqui

Reporter X

Está aberta a pré-temporada… *

Alinham-se os discursos da pré-campanha e um dos denominadores comuns tem sido o Kit Autonómico, ou melhor, o timing escolhido para a sua distribuição e a carta do presidente do governo que o acompanha e que é associada à imagem da campanha do Partido Socialista.

A intenção implícita à produção do referido Kit reside na disseminação, junto da população açoriana, dos símbolos regionais.

Os partidos da oposição assumiram-se contra a iniciativa: o líder do maior partido apelidou a decisão do governo de hipócrita e, inclusivamente, seguiu queixa, apresentada pela CDU e MPT, para a Comissão Nacional de Eleições, que é quem deve pronunciar-se sobre eventuais ilícitos nos actos eleitorais em território nacional. Nada mais legítimo.

O timing para a distribuição do Kit, convenhamos, não terá sido o melhor. Mas, haverá um timing certo, em termos políticos, que concilie a agenda do partido que está no poder e a oposição que o persegue?! A questão da pele que veste o político que é simultaneamente presidente do governo e líder partidário revela-se uma falsa questão, na medida em que um e outro são a mesma pessoa e os papéis que desempenham em determinado momento estão consagrados na lei. Se fôssemos perscrutar todos os casos em que existe sobreposição de funções teríamos muitas agradáveis surpresas, sendo que quem, neste caso, acusa, devia fazer o trabalho de casa antes de entrar num perigoso acusatório populista.

Devemos estar mobilizados para elevar o discurso político que irá nortear a campanha eleitoral que se avizinha e deixar ao largo questões de condomínio, sob pena de não se cativar e de, eventualmente, se afastar, ainda mais, o eleitorado, já de si pouco motivado e que necessita urgentemente de sentir confiança em quem possa trabalhar os seus problemas quotidianos. Ameaças de veto, calúnias e acusações demagógicas não fazem ganhar eleições. Reduzem o espaço público a uma politiquice inócua. Não se ganham eleições com crónicas, comentários anónimos, nem desejos de vingança recalcados.

Ambição, precisa-se!


* edição de 16/09/08 do AO
** Email Reporter X
*** Imagem X Filipe Franco

quinta-feira, setembro 18

quarta-feira, setembro 17

It's the Economy, stupid



Black Monday, titulavam os mainstream media na passada segunda-feira. Se fosse a eles folheava o catálogo de cores da Robiallac à procura de variantes, pois outras notícias mais sombrias irão aparecer. Para a próxima, sugiro Pitch black. Ou muito me engano, ou os dois primos Roosevelt vão passar a ser temas de campanha. McCain e Palin invocarão Theodore Roosevelt e o seu Square Deal. Obama e Biden falarão de Franklin Roosevelt e do New Deal. É certo que a História nunca se repete, mas às vezes anda por lá perto.

Agente Provocador



O regresso do AP às noites da Antena 1 - Açores e que esta 4ª feira convida Manuel Moniz para uma hora de conversa imprevisível às voltas com o ambiente, jornalismo local e blogues. A banda sonora será, inevitavelmente, nostálgica...
Como gestor da playlist desta semana, com muito que fazer, que pensar e que decidir, só me restaram duas alternativas: Uma estrondosa playlist ou o silêncio. Para bem dos vossos ouvidos opto pelo silêncio (com o mar de fundo).

Fútil que chegue?

Lamento desapontar novamente os meus fãs - que, em períodos eleitorais, são sempre muitos - mas não, não vou falar de nada de substancial, de profundamente político, nem sequer do facto dos pequenos partidos "queixistas" não se queixarem da forma como têm sido diariamente desconsiderados pelo líder do PSD/A, a propósito dos debates televisivos. Até cheguei a pensar fazer um post, fundamentadíssimo, sobre o individualismo Kierkegaardiano e a sua influência no pensamento político de Joaquim Machado, mas também não quero parecer demasiado profundo.
Por isso, vinha só perguntar se gostam do novo programa da Teresa Guilherme?

terça-feira, setembro 16

República das Bananas

Insólitos lidos no sofá.

eleições

um post ao jeito de Guilherme Marinho

Faltam 32 dias para as eleições regionais e não se tem falado de outra coisa que não seja o kit autonómico ou a suspensão de mandato de meia dúzia de autarcas. Quem olhe para isto parece que nos Açores não existe agricultura, turismo, transportes e comunicações, educação, saúde, economia, enfim, tudo aquilo que faz a vida de um "povo" e que devia ser debatido politicamente em vésperas de eleições. É que quero crer que é para isso que existem partidos e que é para isso que servem as campanhas eleitorais, para os partidos debaterem os seus programas políticos e depois os eleitores poderem escolher, mas se calhar sou só eu que penso assim…

sexta-feira, setembro 12

Predicados

(...) the agreement when you are a NATO ally, is if another country is attacked, you're going to be expected to be called upon and help. (...) And we've got to keep an eye on Russia. For Russia to have exerted such pressure in terms of invading a smaller democratic country, unprovoked, is unacceptable
(...) if there is legitimate and enough intelligence that tells us that a strike is imminent against American people, we have every right to defend our country. In fact, the president has the obligation, the duty to defend.
Perante isto apetece-me responder: "o inverso também é verdadeiro". Excertos de uma entrevista de Sarah Palin que reforçam a necessidade de mudança nos USA. Pode ser analítica para alguns dos residentes mas a governadora do Alasca não me convence com o seu discurso hillbilly. Para ver aqui.

Grande Compreensão

Cavaco Silva: "Posso vetar politicamente o Estatuto dos Açores depois de corrigido das inconstitucionalidades"
Haverá ainda alguém com dúvidas sobre este devir presidencial?!

quinta-feira, setembro 11

a memória de Antero

Por endiabrada ironia da história na mesma altura em que passa mais um aniversário da morte de Antero de Quental, cujo elogio é brilhantemente feito pelo Carlos aqui em baixo, o meu partido, o PS, extingue a sua Fundação Antero de Quental, para criar uma coisa chamada Fundação Res Publica. Assim vai o Partido Socialista apagando a sua memória e o registo daquelas que deviam ser as suas figuras tutelares, em nome de um vazio ideológico e de um pragmatismo eleitoral perfeitamente pueril. Talvez o PS-Açores pudesse dar um exemplo de nobreza ideológica e intelectual, chamando a si a memória de Antero, em vez de se perder em "saladas de frutas" mais ou menos estéreis como os Fóruns disto e daquilo. Antero merece que o PS-Açores use a sua memória na construção de um conjunto de reflexões políticas, ideológicas e filosóficas sobre o futuro do socialismo nestas nove ilhas que também foram dele. Fica aqui o desafio (ou o ensejo...).

11.09.01

«As fotografias não mentem, mas também não contam a história toda. Mais não são do que um registo do tempo que passa, a evidência exterior».

Paul Auster Viagens no Scriptorium

11 de Setembro



Antero de Quental (Agosto de 1887).
Photographia Artística, Rua da Esperança nº 19, Ponta Delgada.

Faz hoje sete anos que aconteceu aquilo que toda a gente sabe. Mais vale, portanto, estar calado a respeito do ataque às Torres Gémeas em Nova Iorque. Não são contas do meu rosário. Outros que entoem essa litania a uma só voz, eu, não, obrigado. Será isto falta de sentimento? De sentimento Ocidental? Admito que possa parecer, mas não é, acreditem. Perante tantas vozes prontas para a evocação da data, peço dispensa do karaoke. Se não ma derem, paciência, apresento falta justificada. E a justificação é esta:

Faz hoje cento e dezassete anos que aconteceu aquilo que muito poucos sabem. Ao cair do dia 11 de Setembro de 1891, na cidade de Ponta Delgada, Antero de Quental sentou-se num banco do Campo de S. Francisco, costas voltadas para a Esperança, e apontou o revólver para o céu. O céu da boca. Agostinho da Silva, senhor de um dom especial para pentear as palavras, dizia que “Antero não se suicidou, foi suicidado”. Seja como for, notarão alguns, o aniversário de uma morte não é data que se celebre, falso argumento para quem escreve estas linhas na convicção absoluta de que Antero, parafraseando Luís de Camões, pertence ao número dos que se foram da lei da morte libertando. Lembrar o autor das Odes Modernas no dia de hoje, 11 de Setembro, é a celebração, isso sim, do direito à autonomia de uma memória que tudo indica virá a ser varrida pelo calendário do século XXI, onde a data 9/11 marca o meridiano global de uma nova Era.

Nesta sua cidade natal onde, mais do que em qualquer outra parte, os passos de Antero estão tão presentes, cabe-nos a obrigação moral – para não dizer cívica – de prosseguir e acolher uma honrosa tradição de estudos anterianos que, desde os tempos de José Bruno Carreiro, cedo se ergueu a patamares de alto nível. O facto de Antero de Quental ter exorbitado dos Açores não o torna menos açoriano por isso, e o facto de ter sido o maior dos portugueses certamente não o desqualifica como açoriano. Homem de ideias rasgadas, aberto como poucos ao mundo e ao século, procurou fora da ilha os ares do tempo, recusando isolar-se numa cidade que, em carta endereçada ao seu amigo Francisco Machado Faria e Maia (1871), caricaturiza como a Ponta Delgada do Supico, onde toda a agitação se passava “entre a botica do campo de São Francisco e a botica dos arcos do Cais”. Engana-se quem julga surpreender nesta passagem o tom pedante de um intelectual que desprezava a sua terra. Antero nunca esteve distante de Ponta Delgada, que visitava amiúde, ao contrário, por exemplo, de Teófilo Braga, que aqui tinha importante câmara de eco na pessoa de Francisco Maria Supico. A ilha de S. Miguel e a sua literatura oficial, representada por Supico, é que sempre estiveram distantes de Antero.

Essa distância, ultrapassada na primeira metade do século XX pela geração de José Bruno Carreiro, tornou-se a acentuar ao longo do presente (1976 para cá) regime autonómico que, bem ou mal, nunca parece ter nutrido grande afectividade cívica por Antero. Um exemplo entre muitos - no passado mês de Maio, em cerimónia condignamente celebrada no Salão Nobre da Câmara de Ponta Delgada, ocorreu o lançamento da 2ª edição da Fotobiografia de Antero de Quental, da autoria de Ana Maria Almeida Martins. A fraca afluência de público contrastou com a excelência do trabalho e o empenho da Câmara, que patrocinou a edição em parceria com a Imprensa Nacional. A apresentação do livro esteve a cargo de Viriato Soromenho Marques que, reportando-se a um texto seu intitulado Antero e o 25 de Abril (Jornal de Letras, 14/4/2004), deixou as seguintes interrogações, que passo a citar e a subscrever: “Fomos nós capazes, nestes trinta anos, de vencer os males estruturais que conduziram à decadência nacional a partir do século XVI? Seríamos nós, hoje, capazes de nos abraçarmos num pacto de honestidade de intelectual, para uma análise em profundidade sobre as razões do nosso mal estar colectivo? Teremos nós hoje (…) capacidade para reunir a nossa vanguarda do espírito num exercício de alma e amor pelo país como o foi o das Conferências do Casino?”.

Estamos (continuamos) todos órfãos de Antero … e ele aqui tão perto.


N.B. Texto também publicado na edição impressa do Açoriano Oriental 11/09/2008

quarta-feira, setembro 10

Palin for President

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"A constitutional scholar ; a world class economist ; a true environmentalist ; a diplomatic genius ; a deeply religious man and a pro-family candidate ; a military tough guy but a pro-torture man ; a visionary and a man of the people...and last, but not least, a hockey mom !" Estes são os predicados de uma candidatura que representa uma terceira via às presidenciais Americanas. Palin, Michael Palin a.k.a as the lumberjack ! Vote for Palin...Michael Palin e preste o seu endorsement em www.michaelpalinforpresident.com . hilarious...no mínimo.

Incontinências

Síndrome PSL.

...Eu hoje deitei-me assim !

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Inês – "Então isto aqui é o sótão?"
Luís – "Não! É a falsa."
Inês – "Não percebo porque razão é que vocês chamam falsa ao sítio onde se guardam recordações."
Luís – "Porque as recordações nunca são verdadeiras mas sempre inventadas."
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Deste diálogo do filme "Serenidade", gravado vai para mais de 20 anos, regressei também à minha "falsa" onde guardo recordações de uma Ilha de São Miguel que já não existe. O filme de Rosa Coutinho Cabral, que hoje vi pela primeira vez na RTP-Açores, vale mais como documento do que como objecto de culto cinéfilo. Fica o registo da atmosfera decadente da velha mansarda da Marcel numa Praia da Vinha da Areia imaculada e selvagem. De permeio há imagens vintages do Parque Terra Nostra, da Procissão do Santo Cristo, das aulas de Dança do José Bento no Clube Micaelense (!!!), e de uma moradia de estilo Bávaro que presumo sita para os lados da Vila Franca do Campo. Como bónus a presença surpreendente de Francisco Praia Borges Coutinho (Luís), no arquétipo de galã, em contraponto ao pérfido Rogério Samora (Ed), no papel de vilão com o inevitável destino de uma morte providencial.

Fica ainda na retina o passeio de Guida Maria (Inês) pela tela e uma Julie Sargeant (Margarida) que é uma incontornável Lolita na pele de uma teen, muito teaser, mas acabrunhada com a sua sensualidade. Quase irreconhecível está o António Praia Borges Coutinho - (Rizzi que morre tragicamente na piscina do Parque Terra Nostra) - num fatinho de polyester adornado com um bigode ao estilo de Dennis Franz. Com todos estes ingredientes o enredo é acessório, como é óbvio. Um objecto estranho desta natureza vale pelo deleite de ser filmado em estilo Kodachrome registando uma época que também era de inocência ao nível da produção. Fitas destas só mesmo na RTP-Açores cujo acervo já justificava uma RTP-Açores-Memória!
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terça-feira, setembro 9

Notável

Segundo José Manuel Fernandes "alguma da boa arquitectura edificada portuguesa encontra-se nas ilhas". Os parabéns :Ilhas aos autores, proprietários e mentores dos referidos projectos. A provar que nem tudo vai mal nas Ilhas...

End of Summer mix

Não sei bem se era ou não a minha vez, mas pelas minhas contas o JNAS, certamente ainda em gozo de férias, saltou a sua semana e por isso agora será a minha oportunidade de tomar os controlos da JukeBox aqui da casa. O período é difícil, por um lado é o fim da euforia veranil, o regresso ao obnóxio dia-a-dia de trabalho e o aproximar rápido do período eleitoral, por outro lado há ainda um cheiro a verão, uma vontade de entardecer e o cheiro das beladonas, como mui oportunamente realçou o nobre Riley. Por isso aqui ficam 4 escolhas, com a manutenção do fabuloso tema Waterfalls das inigualáveis Wendy & Lisa que por ser tão bom não tive coragem de retirar. Enjoy Blogoarquipélago!

Wendy & Lisa - Waterfalls
Fleet Foxes - White Winter Hymnal
Black Kids - Look At Me (When I Rock Wichoo)
Dodos - Fools
Jason Mraz - If It Kills Me

Portugal no seu melhor


click na imagem para aumentar

Onze cêntimos, €0,11!! Não dá para pagar o papel da factura, o envelope, os portes do correio, o trabalho do gajo que lambeu o envelope. Mas o computador emitiu, a máquina dobrou, envelopou, etc, etc... Não dá sequer para pagar a tinta da impressora que imprimiu. No meio de todo este automatismo não houve uma única cabeça humana que parasse a máquina. Estamos transformados numa ditadura de burocracias automáticas sem uma pinga de bom senso humano para dosear a realidade…

Indian Summer



O melhor do Verão é sempre o seu final. Estradas floridas e menos brutos nas praias. Bandeiras azuis abaixo, marés vivas acima. Aparas de lápis, perfume a estojo, toques de campainha. Meninas vamos para a escola. E ainda há quem se queixe. Alarvidade obrigatória.

Incontinências

Polémica q/b nos mais que mornos VMA.

Summer Tape #6



Uma descoberta recente para antecipar o final da estação.

segunda-feira, setembro 8

Autonomia a Mais?

"Reitero que o PSD está com o Presidente da República na defesa dos poderes presidenciais previstos na constituição por considerar serem peças chaves do nosso regime democrático semi-presidencialista", afirmou à agência Lusa Mota Amaral.


Difícil de explicar, embora não seja minha obrigação. Alguém define as posições públicas do PSD/A? Alguém debate? Alguém combina? Alguém manda?!

domingo, setembro 7

O nível (mas em inglês, que tem mais nível)


The Monty Python, The Argument Clinic

Quem avisa amigo é


«Não precisamos de mais hotéis, porque os que temos já são excelentes. É preciso consolidar essa oferta, melhorando a qualidade do serviço, quer nos hotéis, quer na restauração local. Todos têm de compreender que, só com um bom serviço, teremos clientes satisfeitos que quererão voltar. Uma experiência negativa é a pior coisa que um turistas pode levar daqui para contar aos amigos no seu regresso a casa (...)»
Para ler com atenção a entrevista de Caroline Anderson, responsável em Ponta Delgada pelo operação de turistas nórdicos nos Açores. Na edição de hoje do AO.

sexta-feira, setembro 5

AVISO*


* Para evitar mal entendidos ou mal informados
EX = ATMOSFERA EXPLOSIVA | Outros sinais de perigo AQUI

O Nível

Ou a verdadeira falta dele. O MPT deu uma conferência de imprensa num jardim público e pelas imagens da RTP-A (vídeo, ainda, indisponível), os dois senhores do partido estavam sentadinhos por detrás de uma mesinha e a Berta Tavares, uma Senhora, estava em pé a tomar notas. Não há mesmo nível nenhum….

Nível


Em período pré-eleitoral, é muito difícil manter o nível na blogosfera regional. Uns são vítimas, os outros são conspiracionistas, outros ainda são paladinos da honra e da verdade, mas poucos, muito poucos, são o que deviam ser. Eu já tinha visto este filme e tinha prometido a mim mesmo que, na sequela, seria apenas espectador. Por uma questão de nível.

quinta-feira, setembro 4

Desculpe, importa-se de repetir?!

Portas quer repatriamento de imigrantes que cometam actos ilícitos
Este namoro com a Terceira serve apenas para o débito continuado de despautérios insensatos?!

Em trânsito

Numa viagem relâmpago à Graciosa, para ultimar assuntos de família, constato no regresso ao posting que não me cruzei - algo verdadeiramente improvável - com o Francisco (a quem desde já agradeço a foto em destaque). Para além do forte odor a mar - que caracteriza a minha memória de Sta. Cruz - tomei hoje, muito provavelmente, o melhor banho de mar deste Verão.

Imagine

Ryanair fuel ration angers pilots
Quem disse que a segurança vem sempre em primeiro lugar?! Lido no Público.

quarta-feira, setembro 3

Knight Rider



Para a maioria dos rapazes da minha geração a palavra Kit apenas faria lembrar o futurista e ultra-tunificado Pontiac Firebird Trans-Am do Michael Knight, o carro do Knight Rider, o pirosíssimo David Hasselhof que depois foi fazer de nadador-salvador para as praias de Baywatch. Mas, mais recentemente, Kit passou a ser a palavra in do léxico político regional. Pelo que dizem as notícias o Governo Regional andou, em plena silly season, a distribuir pelos Açores um Kit Autonómico. Uma caixinha de prendas, com uma bandeirinha, uma gravação do hino da região e mais uns quantos brindes, para gáudio das criancinhas. Se fosse só isto a coisa passava e rapidamente caía no lixo. Mas o Governo cedeu à tentação de juntar ao dito Kit uma carta de Sua Excelência o Presidente do Governo e aqui é que a iniciativa passa de fútil e ridícula a imoral e perversa. O truquezinho faz-se de cimentar, com pretexto da educação das massas, a imagem de líder do Presidente do Governo. É claro que todos nós sabemos que o actual Presidente do Governo é também já, formalmente, o candidato do PS à sua própria sucessão. E o timming desta campanha é tão mais perverso quanto o PS, que sustenta o Governo, também sabe disto. Mas a estratégia que está por detrás destas acções é clara. O líder do PS, que passou anos na oposição, percebeu que só se ganham maiorias na Região tendo como partido os Açores e os açorianos. O candidato a Presidente rodeia-se de figuras que abarcam todo o espectro político regional, desde a extrema-esquerda à extrema-direita, para assim fazer passar a ideia de que ele, e só ele, está com "todos" os açorianos. E para reforçar esta ideia usa e abusa dos símbolos da região e pior, do discurso autonómico. Este Kit não pode ser encarado sem uma ligação directa com a campanha eleitoral do PS - outdoors, slogans e mais o resto que por aí virá - "Que bom que é ser açoriano"… Como se ser açoriano fosse exactamente aquilo que o Presidente do Governo/Candidato do PS a Presidente do Governo achasse que é ser açoriano. Assim sem mais nada. E como se isso fosse algo de intrinsecamente bom. Os Açores não são um potentado deste Governo. É imoral associar a uma campanha de instrução sobre os símbolos e importância da autonomia e dos seus ideários a imagem de qualquer que seja o Presidente do Governo na altura. As várias pessoas que compõem a direcção do Partido Socialista Açores sabem isto tão bem como eu, o mesmo se passa com as várias pessoas que compõem o elenco do Governo Regional. Talvez, temo eu, não saibam que a autonomia regional não é pertença de um Presidente do Governo Regional, os símbolos da autonomia não se deixam apoderar por quem quer que seja que esteja no poder e o bom de ser açoriano não é, nem nunca será, um ideário político. O Governo Regional e o Partido Socialista Açoriano, que o sustenta, o meu partido, marcham para mais umas eleições no dorso de um cavalo hiper-autonomista, quase no limiar da independência. Convicto de que aí reside a sua plataforma eleitoral. Daí nascerá uma nova maioria. Inequívoca. Mas daí nascerá também a condenação futura à oposição. Ter como única plataforma ideológica e politica um conceito tão etéreo como a independência, ou mesmo a autonomia, não é mais do que a condenação do Partido ao limbo ideológico. Assim que o PSD encontrar um líder com vontade para ser tão demagógico como um líder de todos os açorianos o PS perderá as eleições. Resta saber se é esse o Partido que o actual Presidente do Governo Regional, que também é o candidato do Partido Socialista a Presidente do Governo Regional, resta saber se é esta a Região, se é este o Partido, que ele quer deixar para o seu próprio filho!?!?

publicado também aqui

terça-feira, setembro 2

Publicidade Institucional # 6

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Absolutamente Indispensável...é a Rádio Radar, por exemplo, com "Viriato 25" de António Sérgio a fazer rolar, com elegância, os Ladytron entalados entre Stevie Ray Vaughan e Prefab Sprout ! Há ainda o blog da Radar com um sortido de primores para melómanos, designadamente, a votação on line para os 5 melhores "álbuns de família". Já exerci o meu dever cívico com a respectiva votação. Em escuta on line AQUI

Mamma Mia!*



Devo começar por um disclaimer importante. Não vi o filme e não sou possuidor da respectiva banda sonora - embora já me tenha sentido tentado a adquiri-la. Dito isto, acho que a fronteira entre o kitch, enquanto irresistivelmente piroso, e o meu cromossoma brega se atenuou consideravelmente com esta revisitação não-profissional da musicografia dos míticos ABBA. Pierce Brosnan é simplesmente impossível de ouvir, mas o resto está ao nível de um karaoke afinadinho. E a música - a minha mãe já me tinha avisado! - é, digamos..., nostalgicamente saudável... humpf... hum...

* A pedido do João Nuno

Azneirar

Permita-me uma curiosidade. Quantas vezes se arrependeu da famosa fotografia nos Açores?
Por muito que alguns teimem, nunca me vou arrepender dessa fotografia. Não me arrependerei nunca de a Espanha ter estado numa fotografia com representantes das duas democracias mais importantes do mundo.


José Maria Aznar, in Diário Económico/El Mundo



Além de uma auto-desvalorização incompreensível, estas declarações de Aznar revelam que é muito difícil aceitar a História quando ela não se escreve com as nossas palavras.

De regresso a casa sem Scut´s

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segunda-feira, setembro 1

Raízes NBC


Meredith Vieira é nativa de East Providence, Rhode Island, de ascendência açoriana e uma das apresentadoras do "Today Show", da NBC, que, por sua vez, é o programa televisivo americano de maior audiência média, o que só pode significar milhões e milhões de espectadores. Dando início a uma série especial de reportagens sobre as raízes dos três apresentadores permanentes do programa, Vieira visitou a ilha do Faial e mostrou-a em horário nobre a milhões de americanos na passada semana, como podem comprovar acedendo a este link.

Não sei se estaremos todos conscientes das implicações de uma pequena reportagem como esta e do alcance e notoriedade que ela proporciona à Região. Tenho para mim que as almas do costume, roendo-se com medo de que outros fiquem deslumbrados, já tenham dado início à campanha de desvalorização e abafamento do costume. Por isso, nada como voltar a lembrar. Sou testemunha do enorme orgulho da comunidade luso-americana da costa leste e do impacto da peça numa empregada do Starbucks, que ao ouvir-nos falar numa língua irreconhecível e depois de ficar a saber que éramos portugueses, disse "Oh, like Meredith Vieira".

Texas, USA


Muitos são os balanços que se podem fazer dos oito anos de Presidência de George W. Bush, quer a nível interno, quer no plano externo, sendo praticamente todos negativos. Contudo, há um conjunto de dados agora conhecidos que, por merecerem provavelmente menor divulgação internacional, me parecem de destacar.

O Texas, estado onde Bush foi Governador antes de ascender à Presidência (e de onde, ao contrário do que se faz crer, não é natural, já que nasceu num dos pretenciosos pequenos estados da East Coast, o Connecticut), era, em 2000, um estado relativamente mediano fosse qual fosse o indicador que escolhessemos para o avaliar. Hoje, depois de oito anos de árduo trabalho da Administração Bush e de um aumento do preço do petróleo para o quintuplo, é: o estado americano cuja economia mais cresce ao ano - 4% em comparação com uma média nacional de 2%; segundo a CNBC, é o estado americano mais propício ao investimento; detém 58 empresas na lista das 500 empresas mais importantes dos EUA, segundo a Forbes, mais do que qualquer outro estado.

Resumindo: há um lobby do petróleo e há um lobby do Texas, o que não sendo exactamente a mesma coisa tem exactamente o mesmo efeito. Pagaram campanhas, recebem dividendos. Não são pressentimentos ou aleivosias, são factos.