quinta-feira, junho 30

Agente Provocador



João Pedro Resendes (da Direcção Regional da Juventude) é o convidado desta 5ª feira do Agente Provocador para nos falar da edição de 2011 do Labjovem, numa emissão conduzida por Herberto Quaresma com João Nuno Almeida e Sousa e Alexandre Pascoal.

A actualidade musical e 'mundana' para ouvir em directo na Antena 3 - Açores, a partir das 22h00, nas seguintes frequências:

S. Miguel 87,7 MHz
Terceira 103,0 MHz / 103,9 MHz
Faial 102,7 MHz

segunda-feira, junho 27

...Eu hoje acordei assim !


...
THE PICTURE
Look at that.
See what I mean?
It's plump, juicy, three inches thick.
THE INSIDE THE BOX
Look at this sorry,
miserable, squashed thing
.
Can anybody tell me
what's wrong with this picture?
Anybody?
Anybody at all.

Viagem a Portugal

Viagem a Portugal de Sérgio Tréfaut é a proposta cinematográfica do 9500 para esta noite.

Pasodoble


A opinião pública, e a publicada, rejubilou com o que sentenciou como o primeiro passo em falso de Passos Coelho. O "chumbo" de Nobre era previsível porque em coerência, jamais, o CDS/PP votaria nesse cavaleiro errante de múltiplas causas sempre ao serviço de quem lhe deu melhor soldo. O Dr. Nobre andou de braço dado à esquerda e à direita e não se pode estar bem com o demo e Deus ao mesmo tempo. Depois de uma paupérrima campanha Presidencial, sem chama ou nobreza de ideias, o Dr. Nobre ainda assim conseguiu convencer meio milhão de votantes perdidos no purgatório das restantes escolhas disponíveis.
Não compreendi foi a escolha de Pedro Passos Coelho em indicar o Dr. Nobre para candidato a Presidente da Assembleia da República, sendo que de "assembleias", presumo, que pouco ou nada percebia além das meritórias reuniões magnas da AMI. Compreendi ainda menos essa voluntariosa escolha de Pedro Passos Coelho descarregada, presuntivamente por mão própria, ou então por um "ghost writer" de serviço, no facebook ! Sinais dos tempos do imediatismo, da irreflexão e do instantâneo, que não se concebe ao nível de qualquer candidato a primeiro-ministro. Mas, enfim, o exemplo vem de cima, e o próprio Presidente da República, ou alguém a seu mando, também se dirige à Pátria - (coisa que já só existe no coração de meia dúzia) - pelo facebook.
Mas, depois de tudo isto, se alguém andou mesmo de passo trocado nesta "lambada" inter-pares, em que a maioria não quis ir "lambando" com o Dr. Nobre, foi o próprio Fernando Nobre que, no final, ficou a dançar a solo. Pedro Passos Coelho, na verdade, além de manter a palavra dada, e do voluntarismo assumido previamente, cumpriu com o seu compromisso e lançou o Dr. Nobre na corrida. O corredor é que devia ter desistido logo à partida por serem tão notórios os sinais de que nunca chegaria sequer à curva da meta. Depois de uma "falsa partida" o Dr. Nobre não teve sequer a lucidez e a inteligência de se retirar a tempo saindo, ainda, em graça, desta desdita. Com este "pasodoble" mal ensaiado, e frustrado na sua actuação, o Dr. Nobre deixou a imagem daqueles "cavalheiros" chumbados na primeira admissão a um clube reservado mas que, ainda assim, insistem em repetir a humilhação de nova bola preta de rejeição. O Dr. Nobre mal tomou posse e já vagueia certamente pelos "passos perdidos" da Assembleia da República.
Na segunda volta deste "tango" a eleição de Assunção Esteves não teve o mesmo "buzz" e atenção dos media destacando-a como uma clara vitória de Pedro Passos Coelho. Destacou-se o facto de ser uma "mulher" ! Uma vitória de género e não de excelência ! É assim a nossa "justiça" mediática: lesta a dar o primeiro prego mas sempre arredia a reconhecer a meritória remissão dos pecados mesmo de qualquer neófito em estado de graça como aconteceu com Pedro Passos Coelho. Com a indicação de Assunção Esteves, eleita Presidente da Assembleia da República, por vasta maioria e aplaudida de pé por todas as bancadas, Pedro Passos Coelho ficou a ganhar duas vezes: demonstrou ser capaz de honrar a sua vontade e de a corrigir quando a primeira escolha não é a melhor. A Presidência da Assembleia da República fica qualificadamente entregue a Assunção Esteves não pelo argumento "parolo" de se tratar de uma "presidenta", que simboliza a "reinvenção da democracia" e é uma homenagem a todas as "mulheres oprimidas”", mas tão só por ser uma pessoa competente.
Só por demagogia se faz esse discurso que é até insultuoso para a Senhora em causa. Mais do que uma vitória de género está em causa uma vitória da excelência de quem tem um vasto e laureado currículo como emérita Constitucionalista. Um passo em frente na qualificação da vida política Portuguesa.
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João Nuno Almeida e Sousa na edição de hoje do Açoriano Oriental

Fishes Eyes

A partilha de um momento contemplativo e a evocação da memória de um glorioso goldfish solitário são motivos, mais do que suficientes, para justificar o header dos próximos dias...

domingo, junho 26

"ONE"

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"ONE" porque a virtude da excepção é a redenção...mesmo para quem dos U2 apenas guarda no mp3 "one" unforgetable fire

sexta-feira, junho 24

Love in the time of rioting

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"Uma casa sem livros é um corpo sem alma" é um aforismo de Cícero. "Uma vida sem banda sonora é uma existência sem paixão" digo-o eu ! Shakespeare para uma foto destas diria, talvez, que sem coração seríamos apenas máquinas.
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foto de Richard Lam via Esquire e provavelmente uma das mais poderosas do ano.

quinta-feira, junho 23

Feriado

Praia do Pópulo, Junho'2011

Hoje o areal esteve repleto, ao contrário do que aqui se apresenta.

quarta-feira, junho 22

Burning

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Indispensável na minha banda sonora é Adele. Com "21", segundo disco de originais, lançado em 2011, Adele assina seguramente uma das melhores edições do ano. Aqui fica uma performance ao vivo, sem rede, e sem truques de pós-produção, na "catedral" melómana do Later...with Jools Holland.
"Set fire to the rain" (*) é o novo single a sair de um disco que está, e estará, burning, em repeat, e em qualquer formato, na minha playlist.
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(*) footage de videoclip official a sair brevemente

Em destaque


Os Açores em destaque na última edição da Blue. Os parabéns aos projectos destacados.

segunda-feira, junho 20

Born to Run

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ASICS - "Shedding" from David Alan Reyes on Vimeo.
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Contrariando o pessimismo atávico e auto-depreciativo se olharmos no retrovisor é certo que em muito regredimos mas, também, há motivos de esperança na mudança e de novos estilos de vida que são hoje tão "trendy" nas nossas cidades como em quaisquer outras que se querem "cidades saudáveis". Muito se vandalizou, violentou, e amputou em termos de partilha com o nosso ambiente, e a "pegada ecológica" destes anos de reinado socialista não é nada cor-de-rosa. Mas, importa também integrar com naturalidade o ambiente no meio urbano. Quando assim acontece todos ficam a ganhar. Sinal desses tempos de conversão é o crescente aumento da prática desportiva inter-geracional como marca de um novo estilo de vida.
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Nesse campeonato por um modelo de vida em que a actividade física seja tão natural, quanto necessária, muito têm contribuído algumas entidades públicas, que vão percebendo que mais do que "bola", o desporto, seja ele qual for, é o apelo e a conquista da nossa própria natureza. Nesse caminho têm seguido a Direcção Regional do Desporto e muitas autarquias da Região motivadas, e é justo dizê-lo, pelo exemplo de Ponta Delgada, que foi o primeiro Município dos Açores a aderir à Rede de Cidades Saudáveis. Uma consequência natural de todo um investimento da Câmara Municipal de Ponta Delgada em equipamentos urbanos de fruição comunitária como, por exemplo, o prolongamento da marginal ou o parque urbano. O retorno social desses investimentos aí está com cada vez mais pessoas a fazerem bom uso deles. Fenómeno recente é o número cada vez maior de corredores no "tour" desses percursos de Ponta Delgada.
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Correndo apenas contra eles próprios e pelo gozo da liberdade. O lema é comercial, mas nem por isso é publicidade enganosa : "correr liberta mais do que suor". Como lembra aliás o acrónimo "asics", já sugeriam os clássicos: "Anima Sana In Corpore Sano".
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Mas esse é um caminho que cada um pode, querendo, descobrir, sendo certo que o que conta não é o destino mas sim a viagem. Uma certeza temos, não fomos feitos para sermos sedentários mas, de certa forma, somos "nascidos para correr" e para ir à luta. Sob esse título um recente, e improvável best-seller, de Christopher McDougall é um relato de leitura compulsiva dessa busca pela liberdade de nos superarmos e de que, mais do que a competição, o prazer está na paixão do que se faz. Há quem o perceba literalmente assim, como o autor : "não sou fanático por correr. Se contasse todos os quilómetros que tinha corrido, metade tinham sido uma penosa escravidão. Depois do trabalho saía disparado porta fora para uma corrida. Essa sensação é tão universal, a forma como correr une os nossos dois impulsos mais primários : medo e prazer. Corremos quando estamos assustados, corremos quando estamos em êxtase, corremos em fuga dos nossos problemas, e corremos para nos divertirmos. E é quando as coisas parecem piores que mais corremos". "Correr" não faz parte do problema, nem é a solução, mas uma terapia ao ritmo do prazer. Ela está ao seu alcance, se for essa a sua paixão, num "player" de mp3 perto de si com a sua "playlist" que não deixará de evocar "Born to Run". Mas a cada um cabe escolher a sua banda sonora e os trilhos da sua caminhada.
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João Nuno Almeida e Sousa na edição de hoje do Açoriano Oriental

quinta-feira, junho 16

Agente Provocador



Os Golpes vão esta 5ª feira ao Agente Provocador antecipar o concerto de amanhã, numa emissão conduzida por Herberto Quaresma com João Nuno Almeida e Sousa e Alexandre Pascoal.

A actualidade musical e 'mundana' para ouvir em directo na Antena 3 - Açores, a partir das 22h00, nas seguintes frequências:

S. Miguel 87,7 MHz
Terceira 103,0 MHz / 103,9 MHz
Faial 102,7 MHz

terça-feira, junho 14

Uma derrota absoluta

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(evidência fotográfica do DEMO que, "rectius", não se demitiu : FOI DEMITIDO)
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Uma derrota absoluta do PS do Sr. Pinto de Sousa e dos seus cúmplices. Este é o veredicto das directas do passado 5 de Junho, nas quais os Portugueses quiseram higienizar a política nacional, e purificar a vida pública, cujo ar era cada vez mais irrespirável com a praga dos esporos sócretinos numa epidemia prejudicial à saúde do país.

Nos Açores esta foi uma derrota "2 em 1" com o eleitorado a punir redobradamente o PS, feito à imagem e semelhança do Sr. Pinto de Sousa, e replicado pelos seus confrades regionais que, em aliança mancomunada com Carlos César, "juntos conseguiram" elevar a proporções faraónicas a dívida pública, o declínio titânico da economia, e a metastização de uma crise social sem precedentes.





Se a derrota a nível nacional foi da ordem dos 10 %, nos Açores os Socialistas perderam para o PSD em mais do dobro dessa média nacional e acima dos 20%. Para Carlos César e seus sequazes que tanto gostam de extrapolar resultados eleitorais, como o fizeram nas últimas autárquicas, este é um fel que lhes custa a engolir pois este foi um tsunami eleitoral que varreu o mapa cor-de-rosa.

Nos Açores o PS do Sr. Pinto de Sousa em sociedade com Carlos César "juntos conseguiram" averbar uma uniforme derrota em todos as ilhas, com excepção da atípica ilha do Corvo. Carlos César perdeu as nacionais na sua região, facto que nunca tinha sucedido com o PSD que nunca perdeu uma eleição nacional enquanto foi governo nos Açores. Com o PS já lá vão duas! Nestas eleições o PS atinge o seu pior resultado de sempre desde 1986. Data que apocrifamente tenta passar como fundacional da Autonomia quando, regista a história e os diários do Parlamento Regional, que foi o mesmo PS, com os mesmos protagonistas de sempre, que abjurou os símbolos da Região que agora venera numa exibição de conveniência.

Nestas eleições foi lançada ao ar a moeda da escolha: no anverso Sócrates; no reverso: Pedro Passos Coelho. Os portugueses repudiaram a efígie de Sócrates sem valor, real ou nominal, e sem qualquer valor cambial nos mercados. Um "soberano" que fica para a história como a "má moeda" que não foi expurgada por um Presidente da República que procrastinou essa nefasta criatura e que, assim, também nos colocou à beira da bancarrota.

Pelos crimes de gestão danosa da Pátria o Sr. Pinto de Sousa deveria buscar o exílio. Porventura, demandar o estatuto de refugiado político junto do seu patrono António Guterres. Por ora, os Portugueses cumpriram o dever patriótico demitindo o Sr. Pinto de Sousa do Governo de Portugal.

Por ora, confiaram no PSD como a melhor e única alternativa capaz de arredar o Sr. Pinto de Sousa e os seus sócretinos do esbulho da nação. Esse é um voto de confiança no PSD que requer deste esta consciência e a percepção de que se houve menos eleitores a votar em 2011, do que em 2009, há que ter a humildade de presumir a proveniência desses votos e a sua volatilidade em caso de autismo político. Por ora, e já não é pouco, o PS de Carlos César nos Açores está num ciclo descendente. Mesmo com o "culto da personalidade" de Carlos César o Partido Socialista nos Açores, ontem, perdeu as "Presidenciais", hoje, sucumbiu exangue nas "Nacionais", e amanhã, como não há duas sem três, será arredado do poder nas "Regionais" de 2012. Afinal o fim do mundo, cor-de-rosa, "as we know it", estará brevemente numa eleição perto de si.

(post-scriptum : como qualquer democrata de Direita a derrota "fracturante" do Bloco de Esquerda é motivo de júbilo)

João Nuno Almeida e Sousa na edição de segunda-feira da "pombinha" no Açoriano Oriental

...Eu hoje deitei-me assim !

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sexta-feira, junho 10

AZAB 2011 - Falmouth | Ponta Delgada | Falmouth

Hoje, no dia em que se celebra o dia da nossa Nação, chega a Ponta Delgada o veleiro "La Promesse", o primeiro dos quase 60 que ligarão Os Açores a Inglaterra, numa regata que, de 4 em 4 anos, se realiza desde 1975.

Esta é uma regata que, para além de ligar 2 países com fortes relações diplomáticas e comerciais, permite trazer aos nossos dias a forte ligação dos Açores a Inglaterra que, no Séc. XIX, terá, eventualmente, conhecido o seu auge com o comércio da laranja, facto que originou, entre outras coisas, a importação de alguns conceitos românticos aplicados aos jardins que, ainda hoje, se encontram bem patentes em jardins como o "Jardim José do Canto" o "Parque Terra Nostra" e o "Jardim António Borges", entre outros.

Nesta relação de longa data entre O Clube Naval de Ponta Delgada e o Royal Cornwall Yacht Club que é um dos mais antigos clubes da Europa, a amizade que nos dispensa é tal que, em 1995 (ano em que pela primeira vez participaram iates açorianos), promoveu um encontro entre o representante do Clube Naval de Ponta Delgada e a Rainha Isabel II e fez hastear a nossa bandeira nacional no mesmo mastro do castelo, onde se encontrava hasteada a bandeira inglesa para a largada.

Para os mais curiosos, aqui fica o link para seguirem esta importante "RACE":

10 de Junho. Outra vez...

Mais uma vez, é dia da raça. E, outra vez, numa situação bem difícil que nos leva quase a desacreditar tudo aquilo que já conquistamos.

Hoje é o dia da nossa raça, esta raça desdita mas crente em Deus. Um Deus que, como sabemos por aqui, é amigo dos fracos, dos oprimidos, dos desafortunados e dos pequeninos.

Pois, neste dia, os meus olhos estão postos no caminho para encontrar um Deus amigo dos fortes, dos empreendedores e de todos os felizardos. Um Deus que mobilize, sem falsas modéstias e que lute contra a humildade medíocre. Procuro um Deus que, dentro de nós, nos faça acreditar de novo.

Neste 10 de Junho - de mais um Ano da Era de Nosso Senhor Jesus Cristo - É absolutamente necessário acreditarmos em nós. Acreditarmos nas nossas capacidades, nem que para isso nos tenhamos que transformar nos nossos próprios deuses. Fica, pois, o repto.

quarta-feira, junho 8

Dia Mundial dos Oceanos


«(...) Quando recebeu um e-mail de um amigo a dizer que os rabilhos estavam nos Açores, Rick e a sua equipa vieram de armas e bagagens para o arquipélago: "Fomos para São Miguel, mas quando chegámos eles tinham desaparecido. Viemos para o Faial, e vimos alguns atuns, mas não os grandes rabilhos. Então esperámos. Depois, disseram-nos que eles estariam mais ao largo, metemo-nos num barco e fomos em direcção a eles. Durante dois dias estivemos a filmá-los na natureza, a vê-los a alimentarem-se… É muito especial", conta.»
A ler.

segunda-feira, junho 6

Chegou a hora / Açorianos

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Dou uma saca de candilhes a quem for capaz de identificar o autor desta panegírica Ode à Pátria Açoriana em dia de memória do 6 de Junho.Como é próprio da humanidade é caso para exclamar : "sic transit gloria mundi"
JNAS

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"CHEGOU A HORA"

BRUNO CARREIRO à minha esquerda
JOSÉ DE ALMEIDA à direita

À nossa frente muita gente. Estamos no campo sagrado de S. Joaquim, em Ponta Delgada.
O presente e o passado, ali, conjugam-se sem dificuldade.

O que eu digo por sobre as bandeiras é um grito d´alma. O que as flores pretendem dizer é a voz da natureza. O silêncio sepulcral é o sussurro da história.

À MINHA TERRA À MINHA PÁTRIA

. Estão neste Campo Sagrado as cinzas dos primeiros operários da obra que nos está agora confiada.

Onde está a honra dos que vacilam em segui-los?

Onde está a coragem dos que se envergonham de imitá-los?

Onde está a lealdade dos que se ufanam em atraiçoá-los?

Mães açoreanas que me escutais, que os vossos filhos possam dormir neste chão fatal com a glória de ter servido o POVO AÇOREANO!

Jovem açoreano põe o teu braço ao serviço da tua Pátria. Não o deixes vergar em tempo algum e em nenhuma parte.

Onde estiver um açoreano aí está a ditosa Pátria nossa amada, filha de Portugal, Mãe Pátria, que tantas vezes não nos quer compreender.

Portugal, acorda! Emancipaste os teus outros filhos desfizeste a tua casa. Agora liberta este que de ti herdou o orgulho de ser livre.

Não o faças teu escravo que nós somos sangue do teu sangue, carne da tua carne.

Não ouves o choro plangente que sai do nosso peito? Não acodes à súplica pacífica que ordeiramente te fazemos?

Porque haveríamos de sujar as nossas mãos com gestos parricidas e sacrílegos se nós te amamos afinal?

Que mais preferes: um escravo obediente ou um filho livre e amigo?

Liberta-nos Portugal!

Não mandes mais ninguém de tão longe para nos governar. Para que havemos de sofrer os arbítrios de ambiciosos ou as prepotências de oportunistas?

Que ganhas com isso Mãe-Pátria?

Para que queres que os teus algozes cobardemente e pela calada da noite nos prendam nas nossas próprias casas?

Pensarás talvez que tão grande afronta ficará impune? Que nos deixemos ficar enxovalhados e algemados sem nos revoltarmos?

Pensas que esquecemos que somos de estirpe da gente livre e que livres pretendemos viver?

. E aos que se acoitam no nosso território para dele fazerem poiso para voos guerreiros contra povos que não são nossos inimigos queremos dizer-lhes que basta.

Que ganhamos nós com isso? Quem nos compensa pelo grave risco que os seus interesses egoístas nos fazem correr?

E para quê corrê-los? Acaso alguma vez nos ajudaram? Houve algum gesto? Alguma voz sequer se levantou a interceder por nós, quando o governo de Lisboa inspirado de leste nos fazia sofrer por nos julgar comprometidos com esses falsos amigos?

Se na adversidade se conhecem aqueles que de facto estão por nós, agora sabemos pelo menos com quem não contamos.

E se assim é, limpem-nos a casa que a queremos só para nós. Vão-se embora aliados desses podemos muito bem passar sem eles.

Aliás nunca nos enganaram não julguem.

Os nossos emigrantes, esses sim, são nossos irmãos de carne e de ideal, Vivem connosco, na nostalgia do afastamento, o ritmo da Pátria que nesta hora Histórica eles ajudam a construir.

Nós não ignoraremos os sacrifícios sem conto que eles padeceram para buscar um conforto material e uma dignidade que em casa não tem sido possível conseguir.

Nós não olhamos para eles como quem vê fábricas de dinheiro para gastar. Se nos ajudarem, muito bem, mas se, atentas as considerações que sofreram e os vexames a que sistematicamente os votam, eu compreendo perfeitamente que suspendam essa ajuda até saberem quem é que estão ajudando e até que possam ter a certeza que em sua terra eles também têm voz activa. Tanto quanto os outros ou mais. Porque aquilo é o seu trabalho, o seu ganho e o seu sacrifício. Ninguém os poderá usurpar.

.Mas há aqueles também que não queremos deixar sem resposta que pretendem amarrar-nos a conceitos abstractos de integridades tardias.

Integro era o Império; grande era o Mundo Lusíada e esse sim, é imortal, por maiores heresias que sofra por parte de pseudo patriotas que, tendo falhado na espada contra o inimigo, querem cobardemente vingar-se nos filhos indefesos.

Parecem D. Sebastião que tivesse sobrevivido ao mais desgraçado Alcácer Quibir da história dos Lusitanos e quisesse esconder o amargo da derrota no castigo de inocentes.

Hipócritas! Como podeis agora pronunciar a palavra Pátria sem corar? De Vergonha!

Como podeis falar de integridade real se vos falta a integridade moral?

. Qual é o nosso futuro? Que vida nos espera?

Primeiro temos de conciliar a Família Açoreana; qualquer açoreano de qualquer credo, esteja ele onde estiver, é nosso irmão.

Os nossos adversários não descansam e por isso é natural que lancem campanhas para nos desunir.

Eles atiram o rico contra o pobre, o micaelense contra o terceirense, o trabalhador desta arte contra aquela outra. O residente contra o emigrante, o socialista contra o social-democrata, este contra o democrata cristão.

Eles infiltram-se entre nós, escutam as nossas conversas, usam-nas contra nós.

Publicam jornais e subsidiam jornalistas aqui na América e no Canadá para que escrevam contra figuras conhecidas dos nossos movimentos, para os enfraquecer.

Eles fazem ameaças veladas, eles prometem este mundo e o outro e tudo para nos manter divididos para que reinem e nos explorem descansadamente.

Eles mentem sobre as nossas possibilidades.


Depois de deixarem a nossa administração no caos em que ela se encontra, acusam-nos de nos não sabermos governar.

Mas isto não é terra de pretos incultos que se enganem com patranhas e ameaças.

Uma iniciativa que pague seu contributo certo ao Estado. Mas uma iniciativa livre como a Pátria que queremos consagrar.

. AÇOREANOS !

Os obreiros do início da emancipação açoreana contemplam-nos do seu mundo misterioso e que maior homenagem podem fazer-lhes do que mostrarmos a nós próprios que essa obra não se encontra parada? Que nós somos dignos de continuá-la e aperfeiçoá-la.

E que homens há que ainda agora tiram as devidas ilacções das premissas dos passado.

Por isso vos peço que olheis para um homem que hoje e aqui simboliza a nossa luta (O Dr. José de Almeida). Ele foi em nome do ideal levar a Mensagem aos nossos irmãos dispersos pelo Mundo. Ele empolgou-os e deu-lhes uma razão para viver e um sentido à existência.

Pelo ideal perdeu o emprego e arriscou a liberdade e os nossos adversários contra ele assestaram as suas armas.

Lembrando os mortos quero prestar homenagem aos vivos, E esse homem que tudo sacrificou para que as nossas vidas pudessem ter um significado e no nosso futuro possa brilhar a estrela da Esperança, nós diremos: o teu sacrifício não será em vão.

Ergueremos as nossas vozes e oporemos uma barreira invencível para alem da qual só existirá Fraternidade, Liberdade e amizade.

Não nos intimidarão as ameaças venham elas donde vierem.

Perante estes túmulos sagrados, face estas sentinelas eterna das nossa História, eu pergunto-vos AÇOREANOS:

- JURAIS DEFENDER ESTA TERRA ATÉ AO VOSSO ÚLTIMO ALENTO?

- JURAIS OU NÃO PELA ALMA DOS VOSSOS ANTEPASSADOS QUE DAREIS A VOSSA VIDA PELA LIBERTAÇÃO DESTA TERRA?

- JURAIS OU NÃO QUE O VOSSO ESPIRITO NÃO CONHECERÁ DESCANSO E O VOSSO CORPO NÃO CONHECERÁ CANSAÇO ENQUANTO NÃO FORMOS VERDADEIRAMENTE LIVRES?

AÇOREANOS!

Soou a hora derradeira para a nossa escravidão.

A libertação está próxima e já o seu suave encanto brilha em nossas almas.

Temos de expulsar o demónio da cobardia, para sempre, das nossas vidas.

Que nunca mais, para nunca ser, o nosso Povo torne a sofrer impunemente a ignomínia da grilheta do condenado.

Inconformemo-nos com a nossa sorte e condição. O tempo dos servos tem de acabar também para nós.

Substituíram o chicote pela lei iníqua e a escravatura pela exploração insidiosa.

Erguei-vos porém e de cabeça levantada, havemos de tornar-nos homens livres, para que seja santa a nossa solidão de eternos cavaleiros do mar; para que seja solene o nosso silêncio contemplativo; para que seja sagrado o nosso imparável espírito de aventura.

Na ordem e na liberdade construiremos um mundo novo num País novo.

Seis de Junho de 1976 "

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Está aberta a caixa de comments mas creio que a saca de candilhes vai para o "Garganta Funda".

"Campo de Férias" refrescante


Perdoem-me a publicidade mas, esta dirige-se a todos os pais que queiram proporcionar momentos refrescantes aos seus filhos, este Verão.

@ Horta

Agenda para esta semana.

Está aberto um novo ciclo político

... em Portugal e no PS(!)
Vamos ver com que profundidade ele afectará a vida política dos Açores.

sábado, junho 4

Por falar nos que defendem os Açores...

Fala-se de "Turismo Sustentável"; Fala-se do Priolo e das "suas Terras".

Alguns, e muito bem, desejam que se passe dos estudos ao investimento económico e à protecção das populações locais.
Reclamam (!) não se sabe bem o quê... e niguém sabe, aparentemente, o que fazer.

No entanto, o desmazelo é generalizado e os poucos que realmente se interessam e desejam fazer a diferença acabam por se verem forçados a baixar os braços.

Pois, os que me conhecem, sabem como é dificil para mim baixar os braços. Aqui fica uma das causas que - pessoalmente - abraço, esperando que mais gente se junte.

O vale das Furnas não teve direito a ser, sequer aventado como, uma das 7 maravilhas de Portugal;
O cozido, pré-finalista, foi por água abaixo mas, as pessoas hão-de continuar a degustá-lo (!) Sentir esta experiência - que jamais deixará de ser maravilhosa - é viver os Açores intensamente.

E o que dizer da tão falada "hidropole" e suas águas?
No mínimo, e pelos vistos, que têm que ser preservadas urgentemente!







Deixemo-nos de ingenuidades e acabemos com o laxismo que promove o vandalismo!

por uma questão de bom senso

... e de representatividade democrática!



foto daqui

sexta-feira, junho 3

Defender os Açores

A campanha eleitoral decorre sob a égide do acordo com a tríade - FMI, UE e BCE, mas há quem prometa o que não pode cumprir e, mesmo assim, ainda arrisque um pouco mais. Infelizmente, o período de pré-campanha esgotou, em parte, os argumentos que agora estão na rua. Mais do que as picardias político-partidárias, as pessoas desejam ser esclarecidas e, sobretudo, que os partidos se entendam em prol de um bem comum. Pois, sem isso, governar será insustentável, como já se comprovou.

Nos Açores, alguns partidos e candidatos andam desfocados do objecto desta eleição e convém relembrar, em particular ao PSD/A, que ainda estamos no ano da graça de 2011 e não em 2012, e que o que está em disputa é a eleição de 5 representantes dos Açores à Assembleia da República. Quando ouço falar em promoção dos produtos regionais, na atribuição de terras aos beneficiários do RSI, dos milhões associados ao projecto SCUT, do modelo de transportes inter-ilhas e de outras bizarrias que têm feito a agenda noticiosa desta campanha, parece-me que o único papel a que os candidatos da oposição se prestam é o de potenciarem o tempo de antena proporcionado pelo acto eleitoral para urdirem a crítica (re)corrente, e de âmbito local, ao Governo Regional.

Portugal vai a votos depois de toda a oposição ter chumbado o último PEC, forçando a demissão do Primeiro-Ministro, arrastando o país para uma crise política indesejada e para uma ‘inevitabilidade’: o recurso à ajuda externa, após um ataque especulativo dos mercados internacionais, por intermédio da subida vertiginosa dos juros associados à emissão de dívida soberana, tornando, ainda mais, incomportável o financiamento do país por esta via.

Ninguém assume que as coisas se tenham passado desta forma. E mais: ninguém assume que existe uma crise financeira internacional, que atinge a maioria dos países da Europa, colocando em sério risco o projecto europeu tal como foi concebido e como o conhecemos.

Para alguns, a crise deve-se, não à falta de dinheiro, mas à forma como ele é gasto. Miguel Esteves Cardoso escreveu, por estes dias, no Público, algo que sintetiza e concretiza este ‘devir nacional’: «(…) O objectivo não é poupar ou ganhar dinheiro – é redistribuir o dinheiro que já temos, sabemos lá como, de uma maneira mais justa, inteligente e favorável à causa de cada um. Assim, sabendo empregá-lo, contornamos o facto desse dinheiro não existir. E vamos-nos distraindo e defendendo, pensando que o problema é não sabermos gastar melhor o dinheiro que não só não temos mas somos, cada vez mais, obrigados a comprar por um preço que não somos capazes de pagar».

Apesar da crise que perpassa tudo e todos acredito que, nos Açores, o Partido Socialista é o mais bem colocado para, legitimamente, defender os interesses do arquipélago em Lisboa, como o tem feito até aqui, com os bons resultados que se conhecem. Os tempos não estão para líderes ‘sem espinha’ e que tacticamente mudam de opinião entre o soundbite da manhã e o discurso da noite.

Parafraseando Albert Einstein, “o único lugar em que o sucesso aparece antes do trabalho é no dicionário”. A mensagem vai directa para quem, em Lisboa, nada tem feito pelo arquipélago e apenas se submete aos passos do partido. Por isso, e mais do que nunca, justifica-se, no próximo dia 5 de Junho, premiar o Partido Socialista por, incondicionalmente, Defender os Açores.

* Publicado na edição de 01 Jun'11 do Açoriano Oriental

quinta-feira, junho 2