terça-feira, junho 14

Uma derrota absoluta

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(evidência fotográfica do DEMO que, "rectius", não se demitiu : FOI DEMITIDO)
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Uma derrota absoluta do PS do Sr. Pinto de Sousa e dos seus cúmplices. Este é o veredicto das directas do passado 5 de Junho, nas quais os Portugueses quiseram higienizar a política nacional, e purificar a vida pública, cujo ar era cada vez mais irrespirável com a praga dos esporos sócretinos numa epidemia prejudicial à saúde do país.

Nos Açores esta foi uma derrota "2 em 1" com o eleitorado a punir redobradamente o PS, feito à imagem e semelhança do Sr. Pinto de Sousa, e replicado pelos seus confrades regionais que, em aliança mancomunada com Carlos César, "juntos conseguiram" elevar a proporções faraónicas a dívida pública, o declínio titânico da economia, e a metastização de uma crise social sem precedentes.





Se a derrota a nível nacional foi da ordem dos 10 %, nos Açores os Socialistas perderam para o PSD em mais do dobro dessa média nacional e acima dos 20%. Para Carlos César e seus sequazes que tanto gostam de extrapolar resultados eleitorais, como o fizeram nas últimas autárquicas, este é um fel que lhes custa a engolir pois este foi um tsunami eleitoral que varreu o mapa cor-de-rosa.

Nos Açores o PS do Sr. Pinto de Sousa em sociedade com Carlos César "juntos conseguiram" averbar uma uniforme derrota em todos as ilhas, com excepção da atípica ilha do Corvo. Carlos César perdeu as nacionais na sua região, facto que nunca tinha sucedido com o PSD que nunca perdeu uma eleição nacional enquanto foi governo nos Açores. Com o PS já lá vão duas! Nestas eleições o PS atinge o seu pior resultado de sempre desde 1986. Data que apocrifamente tenta passar como fundacional da Autonomia quando, regista a história e os diários do Parlamento Regional, que foi o mesmo PS, com os mesmos protagonistas de sempre, que abjurou os símbolos da Região que agora venera numa exibição de conveniência.

Nestas eleições foi lançada ao ar a moeda da escolha: no anverso Sócrates; no reverso: Pedro Passos Coelho. Os portugueses repudiaram a efígie de Sócrates sem valor, real ou nominal, e sem qualquer valor cambial nos mercados. Um "soberano" que fica para a história como a "má moeda" que não foi expurgada por um Presidente da República que procrastinou essa nefasta criatura e que, assim, também nos colocou à beira da bancarrota.

Pelos crimes de gestão danosa da Pátria o Sr. Pinto de Sousa deveria buscar o exílio. Porventura, demandar o estatuto de refugiado político junto do seu patrono António Guterres. Por ora, os Portugueses cumpriram o dever patriótico demitindo o Sr. Pinto de Sousa do Governo de Portugal.

Por ora, confiaram no PSD como a melhor e única alternativa capaz de arredar o Sr. Pinto de Sousa e os seus sócretinos do esbulho da nação. Esse é um voto de confiança no PSD que requer deste esta consciência e a percepção de que se houve menos eleitores a votar em 2011, do que em 2009, há que ter a humildade de presumir a proveniência desses votos e a sua volatilidade em caso de autismo político. Por ora, e já não é pouco, o PS de Carlos César nos Açores está num ciclo descendente. Mesmo com o "culto da personalidade" de Carlos César o Partido Socialista nos Açores, ontem, perdeu as "Presidenciais", hoje, sucumbiu exangue nas "Nacionais", e amanhã, como não há duas sem três, será arredado do poder nas "Regionais" de 2012. Afinal o fim do mundo, cor-de-rosa, "as we know it", estará brevemente numa eleição perto de si.

(post-scriptum : como qualquer democrata de Direita a derrota "fracturante" do Bloco de Esquerda é motivo de júbilo)

João Nuno Almeida e Sousa na edição de segunda-feira da "pombinha" no Açoriano Oriental

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