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Inês – "Então isto aqui é o sótão?"
Luís – "Não! É a falsa."
Inês – "Não percebo porque razão é que vocês chamam falsa ao sítio onde se guardam recordações."
Luís – "Porque as recordações nunca são verdadeiras mas sempre inventadas."
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Deste diálogo do filme "Serenidade", gravado vai para mais de 20 anos, regressei também à minha "falsa" onde guardo recordações de uma Ilha de São Miguel que já não existe. O filme de Rosa Coutinho Cabral, que hoje vi pela primeira vez na RTP-Açores, vale mais como documento do que como objecto de culto cinéfilo. Fica o registo da atmosfera decadente da velha mansarda da Marcel numa Praia da Vinha da Areia imaculada e selvagem. De permeio há imagens vintages do Parque Terra Nostra, da Procissão do Santo Cristo, das aulas de Dança do José Bento no Clube Micaelense (!!!), e de uma moradia de estilo Bávaro que presumo sita para os lados da Vila Franca do Campo. Como bónus a presença surpreendente de Francisco Praia Borges Coutinho (Luís), no arquétipo de galã, em contraponto ao pérfido Rogério Samora (Ed), no papel de vilão com o inevitável destino de uma morte providencial.
Fica ainda na retina o passeio de Guida Maria (Inês) pela tela e uma Julie Sargeant (Margarida) que é uma incontornável Lolita na pele de uma teen, muito teaser, mas acabrunhada com a sua sensualidade. Quase irreconhecível está o António Praia Borges Coutinho - (Rizzi que morre tragicamente na piscina do Parque Terra Nostra) - num fatinho de polyester adornado com um bigode ao estilo de Dennis Franz. Com todos estes ingredientes o enredo é acessório, como é óbvio. Um objecto estranho desta natureza vale pelo deleite de ser filmado em estilo Kodachrome registando uma época que também era de inocência ao nível da produção. Fitas destas só mesmo na RTP-Açores cujo acervo já justificava uma RTP-Açores-Memória!
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Inês – "Então isto aqui é o sótão?"
Luís – "Não! É a falsa."
Inês – "Não percebo porque razão é que vocês chamam falsa ao sítio onde se guardam recordações."
Luís – "Porque as recordações nunca são verdadeiras mas sempre inventadas."
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Deste diálogo do filme "Serenidade", gravado vai para mais de 20 anos, regressei também à minha "falsa" onde guardo recordações de uma Ilha de São Miguel que já não existe. O filme de Rosa Coutinho Cabral, que hoje vi pela primeira vez na RTP-Açores, vale mais como documento do que como objecto de culto cinéfilo. Fica o registo da atmosfera decadente da velha mansarda da Marcel numa Praia da Vinha da Areia imaculada e selvagem. De permeio há imagens vintages do Parque Terra Nostra, da Procissão do Santo Cristo, das aulas de Dança do José Bento no Clube Micaelense (!!!), e de uma moradia de estilo Bávaro que presumo sita para os lados da Vila Franca do Campo. Como bónus a presença surpreendente de Francisco Praia Borges Coutinho (Luís), no arquétipo de galã, em contraponto ao pérfido Rogério Samora (Ed), no papel de vilão com o inevitável destino de uma morte providencial.
Fica ainda na retina o passeio de Guida Maria (Inês) pela tela e uma Julie Sargeant (Margarida) que é uma incontornável Lolita na pele de uma teen, muito teaser, mas acabrunhada com a sua sensualidade. Quase irreconhecível está o António Praia Borges Coutinho - (Rizzi que morre tragicamente na piscina do Parque Terra Nostra) - num fatinho de polyester adornado com um bigode ao estilo de Dennis Franz. Com todos estes ingredientes o enredo é acessório, como é óbvio. Um objecto estranho desta natureza vale pelo deleite de ser filmado em estilo Kodachrome registando uma época que também era de inocência ao nível da produção. Fitas destas só mesmo na RTP-Açores cujo acervo já justificava uma RTP-Açores-Memória!
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