Embora com algum atraso não queria deixar de responder ao amigo Pedro Arruda que na sequência de um jantar de bloguistas teve o ímpeto de me dedicar uma prosa gastronómica ! Dúvidas não tenho que a minha receita de Iscas de Fígado, extraída e adaptada do Livro de Pantagruel, é bem superior às que por aí pululam.
O meu gosto por estas vísceras é inquestionavelmente atávico ! A propósito confesso que não resisti ao teste « Which Imfamous criminal are you ? » e o resultado indiciava-me como acólito de Vlad o Empalador que, como se sabe, tinha um apetite sanguinolento ! Ora, nas iscas é essencial que se preserve o sangue para o molho !
Como os segredos culinários são sinais de soberba e vã vaidade aqui vai a receita para quem quiser :
1. Iscas de Fígado de Vaca q.b. – note-se que imperiosamente devem ser finíssimas.
2. Marinhada com elas em muito alho, louro, pimenta preta ( moída na hora ) , piri-piri, cominhos, limão, vinagre, vinho tinto e uma lágrima de vinho do Porto. Tudo isto em espessa banha de porco temperada proveniente da Salsicharia do amigo Manuel Rosa... o sal é acessório.
3. Deixar repousar as Iscas no frio, pelo menos, durante 3 dias. Ao invés não são suculentas por força do inevitável rigor mortis.
Finalmente, fritam-se na molhanga e servem-se acompanhadas de corpulento e robusto tinto com graduação nunca inferior a 14 graus. ( Pessoalmente : recomendo Quinta das Hidrângeas do Douro ou um Shyraz Australiano ).
Bom Apetite !
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