Só mais duas ou três questões, em nome da honestidade.
Como muitos dos leitores deste blog sabem e como vem expresso no início do mesmo, este projecto está associado a uma revista. A :ILHAS, ao contrário do :ILHAS, tem condicionalismos editoriais e por mais independentes que tentemos ser na revista existem limites que estamos obrigados a respeitar, limites maiores do que os do bom senso e do bom gosto que, no blog, são os únicos que estão impostos, tanto para quem posta como para quem comenta. Na revista há uma questão de sobrevivência que é ditada pela nossa vontade de levar a revista o mais longe possível em termos de longevidade e de qualidade. Há temas e abordagens que não podemos usar na revista e que aqui não só estamos como temos o direito e a liberdade de expor e abordar. Mas no que toca à responsabilidade que ponho quer num quer noutro é absolutamente a mesma. Ou seja, existem formas e meios diferentes para exercermos determinados direitos e deveres que temos enquanto cidadãos empenhados. Pelo que tenho lido julgo que quem anda nesta coisa dos blogs está muito para lá dos media tradicionais, há na blogoesfera uma acutilancia e um vanguardismo nas opiniões que não encontro noutros lados. Acho que passada que está uma certa fase umbiguista de muitos dos textos que apareceram nos blogs iniciais vivemos hoje um momento de reflexão participativa que considero extremamente válida e benéfica, mesmo quando as posições se aproximam perigosamente do insulto. Acredito sinceramente que nada do que é expresso nos blogs é imposto pelos media, tudo o que aqui é dito é por ser importante para quem o diz, essa é aliás a razão pela qual eu participo em outro blog para além deste e é também a razão pela qual há muito de mim que pura e simplesmente não ponho no blog, não faria sentido ser de outra maneira. Tenho também a certeza de que é por as coisas serem assim que os media tradicionais tanto temem os blogs.
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