Lá vou eu comentar um comentário do grande André Bradford e lá estás tu, André, a fazer política e não a fazer Açores.
Eu concordo contigo, naquilo que eu considero não ter importância nenhuma. Os actores da peça e o palco são tristes. Mas o texto da peça de teatro tem pontos muito importantes.
Ser-mos vistos e ser-mos tratados de uma forma limitada como ultra periferia e “iguais” às outras ultra periferias (todos agarradinhos em volta do saquinho do dinheiro das ultra periferias) é redutor e é uma visão minimalista da nossa razão de ser europeus. É portanto extremamente importante proceder a uma “necessária reequação da atitude política dos Açores quanto à Europa” e, sim, “temos que dinamizar uma política de aproximação a outras regiões que possam, pela sua natureza, constituir bons parceiros”.
Enquanto nos mantivermos agarradinhos ao saquinho do dinheiro da ultra periferia acompanhados pelos nossos “gémeos” (iguaizinhos) ultraperiféricos, “eles” é que continuarão a decidir o que é ser Açores na Europa, o que é ser ultraperiférico e como é que nós, ultraperiféricos, podemos participar no projecto Europa.
Claro que podíamos discutir se o Victor Cruz discutiu este problema numa segunda ou numa terça-feira, com um casaco azul ou preto, na China ou no Jardim Zoológico, com o Manel ou com o João. Perante a importância da questão isto não me interessa.
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