A semanada de excitações e reflexões, acondicionada entre aspas, para guardar e, de vez em quando, revisitar na persistência da memória.
«o facto bombástico do ano de 2004 foi ter sido encerrado, pelo governo, com um superavit sem prejuízos. Uma autêntica proeza digna do titio Patinhas. Porém nem um elogiozito saiu ao Dr. Roberto Amaral, principal autor desse feito, o ex-Secretário Regional das Finanças que governou, durante longos anos este sultanato atlântico em low profile, serena mas firmemente e com cavalheirismo.»
Victor Hugo Forjaz, sexta-feira, 21 de Janeiro no Açoriano Oriental
«o preservativo, ao fim e ao cabo, é uma questão de plástico que pode salvar vidas.»
Padre Duarte Melo, segunda-feira, 24 de Janeiro no Açoriano Oriental
«A última revisão constitucional representa, para o Presidente da República, uma espécie de nirvana autonómico e constitucional.»
Pedro Gomes, quarta-feira, 26 de Janeiro no Açoriano Oriental
«Portugal é ainda um País de Apartheid social em que os excluídos são ignorados.»
Francisco Louçã, sexta-feira, 28 de Janeiro na Sábado
«Segundo as sondagens, Freitas do Amaral e Francisco Louçã estão a subir na apreciação dos portugueses. Pobre País que adere aos entusiasmos erráticos de um e às investidas totalitárias de outro.»
Raul Vaz, sábado, 29 de Janeiro no Diário de Notícias
«Todas as vezes que abre a boca, Louçã esforça-se por provar que não só não é democrático como permanece fiel aos seus ideais totalitários. (...)
Toda a documentação revelada sobre o universo concentracionário instituído por Lenine, o apoio que a Alemanha lhe deu para que derrubasse o czar e negociasse a paz, o gulag... tudo isso Louçã reduz à "experiência trágica" de regimes "que se chamaram a si próprios comunistas". Esta separação entre o ideal e a prática é uma benesse de que o comunismo tem beneficiado. Se em vez de Lenine e do comunismo, Louçã estivesse a falar de Hitler ou do fascismo, admitir-se-ia que usasse o termo "desvio" quando se referisse aos campos de concentração?
Louçã continua sem admitir que o comunismo é um totalitarismo. Um totalitarismo que se propôs extinguir pessoas pela sua pertença social e pelo seu pensamento, tal como Hitler se propôs extinguir as raças impuras. Tirem-se ao Bloco as causas mediáticas, as conversas sobre as despenalizações, o apoio às causas politicamente correctas e encontra-se Lenine.»
Helena Matos, sábado. 29 de Janeiro no Público.
and now for something completely diferent:
«Nunca sonhei ser primeiro ministro. Nem em pequenino.»
José Sócrates, um dia destes no Jornal de Notícias
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