segunda-feira, janeiro 31

AUDACES FORTUNA JUVAT

O Coliseu Micaelense renasceu hoje.

Esta data, 30 de Janeiro de 2005, ficará indelevelmente marcada nos anais da nossa História Micaelense. O Coliseu é hoje nosso e é assim de todos nós.

Recuperada esta nossa casa resta-nos, a todos nós que amamos Ponta Delgada, reavivar a nossa memória colectiva, actualizando-a e enriquecendo-a, como quem cuida de um legado às gerações que estão para vir.

Efectivamente, mais do que pedra sobre pedra a obra do Coliseu Micaelense encarna o sonho e a concretização do nosso imaginário colectivo. «Querer é poder», lá diz o Povo e, é para o Povo que o Coliseu aí está de cara lavada. Sem pretensões de novo riquismo e contido na recuperação de um património há largos anos negligenciado.

A Gala de Reabertura foi apenas o momento solene que serviu para registar o renascimento da maior sala de Espectáculos dos Açores e, naturalmente, uma das melhores de Portugal. A consagração do voluntarismo Micaelense que simbolicamente se materializou no Coliseu foi, oportunamente, evocada na reconstituição Teatral da inauguração do então «Coliseu Avenida». A encenação esteve a cargo do grupo de Teatro «Máquina do Tempo», reconstituindo o discurso inaugural de 1917 (numa época em que a Europa e Portugal sufocavam nas trincheiras da I Grande Guerra) e tirando os rendilhados de época, bem poderia servir de suplemento energético e ânimo ao espírito empreendedor das gentes de São Miguel.

Sendo o Coliseu a materialização em pedra da audácia insular bem poderia ostentar no proscénio de Canto da Maia a máxima «Audaces fortuna juvat». Mas, no coração de cada artista que suba ao palco impenderá essa responsabilidade, até porque a arte é longa e a vida breve...e foi com muita arte e paixão que a Dr.ª Berta Cabral, e uma vasta equipa, realizou o que, para muitos, era uma mera quimera Teatral... abrir de novo ao Mundo as portas do Coliseu Micaelense.

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