quarta-feira, junho 2

Nem o nada vem do nada

Na esperança de ter capacidade de medir as consequências do que aqui vou escrever, não sofrendo de um estado de embriaguez física ou moral que me deturpe a razão e na esperança que esta minha resposta não seja imediatista ou contraditória, mas sim que contribua para a continuação do folhetim (manifesto) que decidiste recomeçar, te digo Pedro que,

"To be elsewhere, in time and space of one own, in an originality that must compound with inheritance with the anxiety of influence",
"to be diferent from oneself",
"to be diferent from the methafors and images of the contigent works that are one´s heritage"

É isto, Pedro, que te dá um bilhete de identidade literário, e um número de contribuinte, e a carta de condução. Ninguém parte para o universalismo do universalismo. É o teu relacionamento com o ponto de partida, seja ele benigno ou maligno, que dá carácter ao teu universalismo.

"... De aqui de Portugal, todas as épocas no meu cérebro,
Saúdo-te, Walt, saúdo-te, meu irmão em Universo,
Eu, de monóculo e casaco exageradamente cintado,
Não sou indigno de ti, bem o sabes, Walt,
Não sou indigno de ti, basta saudar-te para o não ser..." [Álvaro de Campos]


(dedicado a Walt Whitman)

"De aqui de Portugal"

"todas as épocas no meu cérebro"

"meu irmão em universo"

"Eu, de monóculo e casaco exageradamente cintado"

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