No início desta semana tentei fazer um curto post referindo a minha antecipação pela saída com o Blitz 1000 da reedição de Escrítica Pop de Miguel Esteves Cardoso. Mas uma busca infrutífera da capa do livro pela net fez-me esmorecer a vontade e acabei por não dar posta. Depois um amigo relativo deu conta da sua odisseia alentejana pela mesma obra. Pedro, aqui aos Açores só hoje sábado chegou o livro às bancas. Este é o significado da insularidade, mais do que a distância é o tempo de que essa distância é feita. Mas enfim hoje lá pude passar os olhos e a memória pelos temas pop do MEC e para quem cresceu a ler o Se7e, foi um autentico reviver o passado na Rua Francisco Baia. É impressionante verificar como a escrita do MEC nos influenciou, alguns até inconscientemente, de tal forma que se nota em muitos de nós uma procura do estilo MEC. Feliz ou infelizmente a minha adolescência foi feita a ler o MEC, do Se7e ao Independente passando pela Kapa e por outra excelente revista que se chamava Preguiça. Alguém ainda se lembra de uma campanha às europeias e de uns hilariantes autocolantes que todos, todos os jovens em idade pré-eleitoral usaram, as Noites da Má Língua... O Amor é Fodido.
Onde ficou o final do século XX? Quem deixou que Portugal falhasse em quase tudo o que prometia?
Hoje olhei para trás e apercebi-me que algumas das melhores personalidades deste país, da esquerda á direita, deixaram de contribuir, o que é dramático.
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