Post pós Telejornal e dois blogs.
Vamos lá chamar as coisas pelos nomes. A coligação PSD/PP é exactamente isso, uma união de duas forças políticas com um objectivo comum. Não é, repito, não é uma coligação abrangente e apartidária de açorianos. Por mais que o Sr. Cruz e o Sr. Pinheiro queiram transmitir a ideia que se trata de um vasto movimento de personalidades não filiadas, a verdade, a verdade política, é que trata-se de um acordo entre dois partidos políticos. A operação estética que os fazedores de imagem destes partidos fizeram na reunião desta manhã é não só falsa como ilegítima. Na minha opinião apresentar como pano de fundo e moldura do primeiro encontro político dos dois partidos apenas bandeiras dos Açores é uma forma espúria de atirar areia para os olhos dos eleitores. Ao não quererem assumir as suas cores políticas neste casamento ambos os partidos assumem não só o seu incomodo como a sua desconfiança face ao mesmo. A bandeira açoriana é um património de todos, todos, os açorianos. Os símbolos são isso mesmo, símbolos. E tem que ser entendidos em toda a sua abrangência e significado não são, nem podem ser utilizados como, arma de arremesso político por ninguém.
Mas vamos agora a outras questões. Do pouco que foi possível ver do ambiente da sala ficou-me a impressão nítida de expressões forçadas, e não pelo incomodo das câmaras mas pelo incomodo dos camaradas. À parte isto é notória a falta de ideias por detrás desta coligação, há apenas um objectivo, mais nada. Na minha opinião nem o desespero justifica a mudança apenas pela mudança, alternância sim, mas só quando se muda para melhor. E, caro Nuno, figuras como Paulo Gusmão e companheiros, vão ter muita importância, porque por mais que a onda laranja queira fazer esquecer essas personalidades os eleitores vão querer saber que lugares poderão, eventualmente, estes senhores ocupar. Não é à toa que Paulo Gusmão se sentou à direita de Alvarino Pinheiro. Volto a dizer, estas eleições são ganhas pelas pessoas que concorrem, mais do que pelos partidos (a questão das bandeiras é um exemplo do que digo) e saber quem são as personalidades que poderão compor um futuro governo será uma questão crucial nesta campanha. Quer para um lado como para o outro.
Por ultimo e para o companheiro Carlos, do Fayal, eu, pessoalmente, e por defeito, quando me zango com o PS voto sempre mais à esquerda. Só espero que quando quiser ir à Junta de Freguesia consultar os resultados eleitorais não apareça, como por magia, zero votos para a CDU, ou para o Bloco de Esquerda, porque eu ainda não decidi em quem vou votar, sei apenas em quem não vou votar.
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