Tu que te intitulas de poeta, não vês poesia nesta terra que pisas? (Fosse ela qual fosse, mas é esta e são teus esses pés). Ou no colo apaixonado aonde adormeces?
Um poema teu sobre a lindíssima cidade de Molowovitch na Geórgia seria tão profundo como um sobre aquela pedra de calçada que, cada início de dia, te serve de tapete?
Como cidadão açoriano no mundo, ou cidadão do mundo nos Açores, quando a velocidade e a voracidade de hoje me atinge de chofre sinto-me sempre atordoado, sim. Mas o resto, penso eu, é uma questão de inteligência. Aonde quer que eu esteja e quem quer que eu seja, se a nova experiência for boa, sou e estou no lugar e momento mais lindo do mundo, se for má, é mentira e a mentira dói.
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