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Canto da Maya (1890 - 1981) Hino de Amor
Col. Museu Carlos Machado.
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«Um dia, o Diabo apareceu-me e desafiou-me: "Queres ser rico ou inteligente?" -"Inteligente e que saiba escrever!" (Porque a riqueza está sujeita às revoluções e aos impostos) -"Não! Só tens uma só opção!" -"Então, quero ser inteligente!" -"Para que isso aconteça tenho de ficar com a tua alma!" -Dei-lhe a alma uma vez que ela não me servia para nada. Fiz um pacto com o Diabo. Que se lixe! Não me tenho dado mal, não senhor. Quando algum micaelense é nomeado para qualquer cargo gera-se sempre uma onda de opiniões que em geral fica dicotomicamente ideologizada em espuma de esquerda e de direita. O Dr. Duarte Melo não fez pacto com o Diabo, senão não era padre. Deve tê-lo feito com o governo de César. Não sendo este o Diabo propriamente dito, também faz pactos. E de todos os tipos, diga-se em abono da verdade política, se esta existe realmente. Fez pactos com a direita, extrema-direita micaelense (beata, amante do próximo, cumpridora dos requisitos bíblicos, etc.), e outros que tais. Ah, e com a esquerda! É do hábito, desculpem-me! O Padre, deve ser da esquerda. Ainda bem!»
Manuel Melo Bento, terça-feira 28 de Março.
«A nomeação do padre Duarte Melo para director do Museu Carlos Machado é uma coisa boa. Trata-se dum Homem imensamente admirável, com ideais e práticas humanitárias e humanísticas. Um Homem de coragem que nunca se deixou abater pelos miríades de "Velhos do Restelo" que, desde a sua vinda, tentaram assassiná-lo das mais variadas e, por vezes, hediondas formas.»
Natália Almeida, terça-feira, 28 de Março no Açoriano Oriental
«De "cemitério" aqui (no Museu Carlos Machado) só existe o ESPÍRITO de muitas gerações e de muitas colecções, que irão sempre intervir na evolução dos tempos através da transmissão do Conhecimento que este espaço contém.»
Margarida Teves de Oliveira, quinta-feira, 30 de Março no Açoriano Oriental.
«como cristão sinto-me mal que com tanta frequência a Igreja apregoe aos fiéis que há falta de sacerdotes e depois autorize que muitos deles ocupem lugares que nada tem a ver com a vocação que escolheram.(...) Como é que V. Reverência deixa aquele tacho de Capelão (segundo a RDP ganhava 650 contos em moeda antiga) para ir para o Museu? Poderá alegar que vai receber o mesmo que um leigo. Como se diz em filosofia «dado e não concedido», pois os leigos não têm as missas nem a côngrua da paróquia e na maior parte dos casos despendem verbas significativas com a alimentação, vestuário e educação dos filhos.»
Manuel Faria de Castro, em carta aberta ao Padre Duarte Melo, Sábado 1 de Abril no Açoriano Oriental.
«Nesta hora efémera na passagem da lama e das sombras de escritas viscosas, entendo que o ser padre não esgota a capacidade de intervenção social e, por isso, é perfeitamente possível e legítimo compatibilizar o ministério sacerdotal com o de Director de Museu, lugar de memória, de identidade, de conhecimento e de desenvolvimento no combate à exclusão. (...) É falso que ganhasse os citados 650 contos, mas sim muito menos do que metade do montante que refere.»
Padre Duarte Melo, Director do Museu Carlos Machado em resposta à carta aberta de Manuel Faria de Castro, terça-feira, 4 de Abril, no Açoriano Oriental....
Estimadas(os) comentadoras(es): «amém ou ámen» e até já que o lado secular do Vox Populi é já a seguir.
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posted by João Nuno Almeida e Sousa.
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