O «Expresso», - jornal de referência para a mediania dos Portugueses que ainda lêem jornais, tantas vezes na vã busca de querer saber mais -, na sua edição de 14 de Maio focava na 1ª página os «exercícios» e os «conteúdos programáticos» dos Manuais Oficiais de Educação Sexual a ministrar a petizes entre os dez e os doze anos. Não fosse o entorpecimento do politicamente correcto, que tem esclerosado a massa crítica da nossa sociedade, e estes Manuais do Ministério da Educação e da Saúde seriam motivo de veemente condenação ou de recorrente chacota!
Alguns exercícios destes Manuais de Educação Sexual, considerados por alguns «especialistas» um atentado à fantasia e à inocência, aparentam uma co-autoria de associações arrivistas como a Opus Gay e terão, porventura, o alto patrocínio da ILGA - Associação Internacional de Gays e Lésbicas -... uma espécie de «internacional» ao serviço da causa!
Efectivamente, só uma eventual parceria com essas luminárias que tanto prezam o chavão do «todos diferentes/todos iguais», justificará, por exemplo, um exercício de performance dramática em que os meninos e meninas, do 2º e 3º ciclo, são confrontados para o debate com uma gravura com três tipologias de casais: um casal gay, outro lésbico e por fim um casal heterossexual... este, sendo a terceira escolha no campo visual da gravura, carrega com tal mensagem subliminar a distorção de ser uma espécie de terceiro género! Dito de outro modo, estas garotices pedagógicas têm o arrojo de fazer da regra a excepção e vice-versa! Estes jogos entre adultos não merecem qualquer tratamento desigualitário e é hoje ponto assente que todos somos iguais perante a lei. Porém, impor administrativamente uma educação sexual sem qualquer co-responsabilização parental, e condicionar os nossos filhos ao serviço de uma ideologia que professa uma tirania igualitária, arrepia por certo a maioria dos «encarregados-de-educação». A esta tirania da igualdade coligou-se, nesta congeminação dos novos Manuais de Educação Sexual, o dogma do relativismo cultural.
Neste delírio ou perversão oficial vai-se ao ponto de serem sugeridas fichas de trabalho em que os professores e os seus meninos e meninas partiriam à descoberta dos prazeres do sexo, sempre patrocinados pelo Ministério da Educação e da Saúde, devendo o professor questionar os seus alunos onde se tocam, como o fazem e se o fazem sozinhos ou em grupo!!!
Mesmo para os espíritos mais liberais isto não é Educação Sexual sendo, contudo, o préstimo de tais «manuais», «fichas» e «sugestões de trabalho», e demais tralha do género, um excelente tema para uma paródia da ditadura do politicamente correcto, ou para uma rábula da trupe do Gato Fedorento! Estes sim, são especialistas, idolatrados pelo respectivo «público-alvo», com pergaminhos na análise de questões fracturantes; por exemplo, a páginas 94 e seguintes do mais recente «Tratado» do Gato Fedorento escreve, e bem, Ricardo Araújo Pereira: «Chamem-me reaccionário, mas sou contra a adopção de crianças por casais heterossexuais. Atenção: não tenho nada contra os heterossexuais. Tenho muitos amigos heterossexuais, e eu próprio sou um. Mas acho que a nossa sociedade ainda não está preparada para isso. Primeiro, as consequências são imprevisíveis. Recordo aqui que todos os homossexuais que conheço foram criados por casais heterossexuais. Sem querer ser preconceituoso, esse é um factor a ter em conta, uma vez que a sexualidade das crianças pode estar a ser condicionada desde muito cedo, o que é inaceitável»
Todavia, e apesar da sátira, a Educação Sexual é uma matéria transversal que bem pode calhar nas mãos de qualquer professor e em qualquer disciplina do 1º ao 12º anos de escolaridade. Ora, enquanto tivermos este tipo de «divertissement» pedagógico, que não é Educação Sexual, talvez se perceba que os mais recentes estudos e investigação de campo da Sociedade Portuguesa de Ginecologia indicam que há já em determinados meios urbanos uma percentagem elevada de jovens que recorrem usualmente à pílula do dia seguinte, ignorando por completo o uso do preservativo ou de qualquer outro contraceptivo! Assim, se quisermos arrepiar caminho, formando jovens adultos sérios e responsáveis, será preciso mais do que este tipo de reforma educativa que mais parece uma ridícula campanha alegre!
JNAS
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in Jornal dos Açores, Terça-Feira 29 de Maio ; para saber mais e ver os «bonecos» CLIQUE AQUI!
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