Que pessoas são os insulares? Que criaturas são estas que habitam em ilhas, fechados pelas grades do mar? Se todos os homens são livres, o ilhéu nunca o é. Que traços de carácter fazem o retrato desta gente? Como começou, como evoluiu este povo? Que dores e paixões enquadram a sua história? Qual é o devir dos ilhéus? Que constantes fazem a tradição e a personalidade dos açorianos? O que é isto da açorianidade, é uma geografia pessoal, é uma característica generalizada e inata do povo açoriano? Como descrever os habitantes destas ilhas de forma a que sejam únicos e singulares? Como se afirmaram na história, como se confrontaram com o espaço e o tempo das ilhas, como se posicionam hoje no planisfério do mundo moderno? Quem são os açorianos?
Nota: São estas as questões primordiais que me interessa equacionar. Um retrato primeiro da região e depois do povo. Partindo daí para uma análise da literatura e do "pensamento" açoriano. Numa tentativa ousada, talvez mesmo megalómana, de compreender este lugar onde escolhi viver. Tentarei sempre manter a informalidade necessária a um blogue mas quero fazer acompanhar isso de algum conteúdo, de alguma informação útil para que quem lê faça a sua própria avaliação, quero que esta seja uma aventura participada, pelo que chamo a vossa atenção para outros contributos vindos da Mariana e do Guilherme. Participem também, lancem ideias, apontem caminhos. Por último uma chamada de atenção para o tom eminentemente poético que estará sempre subjacente a estes posts, é uma fatalidade minha, que fica perfeitamente enquadrada por este aforismo que o Rui Coutinho deixou em comment no post que deu início a esta gesta: "Os Açores são um oceano de beleza, um rio de memórias e um vale de lágrimas".
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