segunda-feira, maio 9

Esquiços para uma ideia de açores II

Que pessoas são os insulares? Que criaturas são estas que habitam em ilhas, fechados pelas grades do mar? Se todos os homens são livres, o ilhéu nunca o é. Que traços de carácter fazem o retrato desta gente? Como começou, como evoluiu este povo? Que dores e paixões enquadram a sua história? Qual é o devir dos ilhéus? Que constantes fazem a tradição e a personalidade dos açorianos? O que é isto da açorianidade, é uma geografia pessoal, é uma característica generalizada e inata do povo açoriano? Como descrever os habitantes destas ilhas de forma a que sejam únicos e singulares? Como se afirmaram na história, como se confrontaram com o espaço e o tempo das ilhas, como se posicionam hoje no planisfério do mundo moderno? Quem são os açorianos?

Nota: São estas as questões primordiais que me interessa equacionar. Um retrato primeiro da região e depois do povo. Partindo daí para uma análise da literatura e do "pensamento" açoriano. Numa tentativa ousada, talvez mesmo megalómana, de compreender este lugar onde escolhi viver. Tentarei sempre manter a informalidade necessária a um blogue mas quero fazer acompanhar isso de algum conteúdo, de alguma informação útil para que quem lê faça a sua própria avaliação, quero que esta seja uma aventura participada, pelo que chamo a vossa atenção para outros contributos vindos da Mariana e do Guilherme. Participem também, lancem ideias, apontem caminhos. Por último uma chamada de atenção para o tom eminentemente poético que estará sempre subjacente a estes posts, é uma fatalidade minha, que fica perfeitamente enquadrada por este aforismo que o Rui Coutinho deixou em comment no post que deu início a esta gesta: "Os Açores são um oceano de beleza, um rio de memórias e um vale de lágrimas".

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