quinta-feira, março 24

A TERCEIRA VIA

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Vi e ouvi com deleite a Grande Entrevista de Judite de Sousa com António Borges. Numa linha diria que este militante personifica, neste momento, uma terceira via para o PSD.

A antevisão das «grandes linhas estratégicas» da sua moção ao Congresso do PSD ficaram limpidamente traçadas sem demagogia nem populismo. De forma velada e recorrente o Professor António Borges sublinhou, e bem, que o Partido Social Democrata precisa urgentemente de fazer um «restart» numa lógica de inclusão de pessoas e ideias. Colocou, desde logo, as ideias acima do pedestal das pessoas. Todavia, é da estirpe de pessoas como António Borges que Portugal precisa no Poder e, por ora, no maior Partido da oposição. Quanto às «linhas estratégicas» passam, essencialmente, por uma clara demarcação ideológica centrada no eixo de menos Estado e melhor Cidadania. Daí é possível derivar para um reforço da dinâmica empresarial com um minimalismo de intervenção burocrática e fiscal do Estado. Em suma, para António Borges, precisamos de mais optimismo e algum liberalismo nas políticas económicas... (com o inevitável travão no despesismo público).

Traçada esta ideia motriz a mesma só é sustentável com uma cultura de modernidade e exigência, quer do Estado, quer do Cidadão. Esta ideia «cosmopolita» é claramente aceitável num «estrangeirado», mas será bem recebida entre nós e, particularmente, no Partido Social Democrata? Estou certo que o será pelo carisma e simpatia de António Borges e, também, pelo acervo personalista e empreendedor do Partido Social Democrata. A refundação já começou!
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