Já toda a gente percebeu que a principal estratégia política deste novo PSD-A é armadilhar o xadrez. Mais do que discutir ideias ou programas a nova comissão Politica Regional dos sociais-democratas açorianos pretende duas coisas: agit prop e colocar os seus peões em lugares chave. Utilizando os gastos modelos de outros tempos os lugar-tenentes da Dra. Berta têm vindo a tratar de preencher o xadrez político e social da região colocando a sua guarda avançada em tudo quanto é associação, agremiação, cooperativa, confraria e clube. Ele é desporto, ele é filarmónicas, ele é comércio, ele é ananás, ele é até, Deus nos acuda, misericórdias. O mais recente e talvez mais paradigmático exemplo desta estratégia é a candidatura de Mário Fortuna à presidência de não um, mas dois, órgãos sociais – na Câmara do Comercio e Industria de Ponta Delgada e na Universidade dos Açores. Ou Fortuna, tal como Deus, tem o dom da ubiquidade ou a suposição de que pode ou consegue ocupar estes dois lugares de elevada responsabilidade executiva e importância política ao mesmo tempo tresanda a arrogância intelectual. Há um lugar-comum muito querido ao sexo feminino que dita que elas são capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo, ao que os homens respondem que sim, elas fazem várias coisas ao mesmo tempo mas fazem todas essas coisas mal. Mas pior do que esta voracidade de estar em todo o lado e de controlar tudo é a tremenda falta de seriedade da estratégia e dos peões da Dra. Berta. Por razões familiares recordo-me bem da fugaz passagem de Mário Fortuna pelos governos do Dr. Mota Amaral onde nem conseguiu completar um ano de mandato porque uma comissão de inquérito parlamentar provou que havia estranhos hábitos de falsificação de Actas. Ficam no ar duas perguntas. Será que é pela manipulação dos procedimentos que se consegue gerir duas instituições ao mesmo tempo? E o que é que leva o PPD/PSD-A a querer estar em todo o lado como o "polvo" que tanto se fartou de criticar?
Tudo isto radica no problema que tenho vindo a debater – a má liderança. E a culpa é de todos nós.
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