A arte, como expressão cultural de um indivíduo, tem que ser vista, desde os primórdios, na arte de pintar a primeira parede de uma caverna, do cantar da primeira canção ou do contar da primeira história, como uma vantagem, uma "arma", nas batalhas da selecção natural. Não sendo uma actividade que, nesses idos tempo, tenha aumentado a capacidade de caça, ou de defesa, de um individuo, ou do seu grupo, levanta-se a pergunta sobre, qual a vantagem especifica que a prática de uma arte proporcionava, então, a um qualquer indivíduo, na sua árdua batalha de sobreviver e transmitir o seu gene?
Lancei-me na busca de dados que me respondessem a esta questão e dos dados adquiridos tenho que concluir que a vantagem recai, naturalmente, no foro da selecção sexual. O "artista" teria, portanto, desenvolvido uma "arma", equivalente à agilidade, ou à força, que lhe proporcionava uma maior capacidade de atrair, para procriação, um elemento do sexo oposto.
Olhando o mundo que nos rodeia, na realidade a resposta é óbvia. Olhando, por exemplo, no caso da cauda do Pavão (ave), ou da indumentária de Elvis (homem), dos óculos aos sapatos, passando pelos cintos, qual a vantagem, para o portador e transmissor de um gene, de tais expressões artísticas, senão a sua capacidade de atrair o elemento sexual complementar e permitir a transmissão, para uma geração seguinte, do seu código genético?
Arte é, portanto, sexo, meus caros, mas alguém desconfiava que poderia ser outra coisa?
Bibliografia; Indivíduo Pré-Histórico, Aristóteles, Descartes, Darwin, Freud, Duchamp, etc.
in Suplemento Cultural do Açoriano Oriental de terça-feira 26 de Abril
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