quarta-feira, abril 6

NOVA FRENTE


«O novo Código da Estrada estabelece no artigo 55.º as condições de transporte de crianças em automóvel. Passa a ser obrigatório transportar os petizes "com menos de 12 anos e menos de 150 cm de altura" (sic) em cadeiras especiais e no banco da retaguarda. Até aos 12 anos, meu Deus! Crianças haverá, do sexo feminino, que primeiro mudarão o penso higiénico e depois acomodar-se-ão disciplinadas na cadeirinha de bebé. E com menos de 150 cm de altura, Virgem Santíssima!, que excede o tamanho de muitas noivas na hora de se esgueirarem ao altar. Pois deviam essas moças mais atarracadas, em nome da redução da sinistralidade rodoviária, comparecer à porta da igreja dentro do popó do papá, consoante o costume, mas encavalitadas na cadeirinha - sendo que o padrinho lhes desapertava o cinto à hora de soar no órgão de tubos a Marcha Nupcial.

As disposições do novo Código da Estrada representam um esforço financeiro acrescido e não comparticipado para os pais. O Estado faz tudo para que a taxa de natalidade diminua: em vez de incentivar a natalidade, onera-a. Julgo que nenhum automóvel consegue albergar no banco traseiro três cadeirinhas de bebé, pelo que a nova lei impõe sub-repticiamente o casalinho como limite máximo de filhos por parelha.

Não tenhamos medo das palavras: é uma lógica de suicídio racial. A mesmíssima lógica pela qual os obstetras não querem fazer partos normais - só cesarianas. Como cada mulher só pode fazer duas ou três cesarianas, limita-se também por aí o número de filhos.»

A prosa é de Bruno Oliveira Santos que se identifica como sendo «antropologicamente de direita»(sic)! Este cartão de visita é pouco abonatório já que Ciência Política e Antropologia é uma mistura pouco fina! Seja como for vale como curiosidade já que o www.novafrente.blogspot.com é o blog de quem afirma que trava «diariamente combate blogosférico contra a ditadura intelectual das esquerdas - o que é suficiente para que me colem o rótulo de extremista de direita (senão epíteto pior)»... fosse a Nova Frente um blog colectivo e teríamos o anverso do Barnabé.

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