A semanada de excitações e reflexões, acondicionada entre aspas, para guardar e, de vez em quando, revisitar na persistência da memória.
«Victor Cruz está a ser pressionado a voltar com a sua palavra atrás. E depois de ter anunciado a sua demissão publicamente, está a ser autenticamente forçado a voltar a pegar na liderança do PSD, depois dos seus vices terem recusado o fardo.».
Manuel Moniz, Sábado 6 de Novembro no Diário dos Açores.
«Há duas formas de enfrentar o medo que o terrorismo nos causa: uma é à espanhola, mudando o sentido de voto em cima da hora, a outra é à americana, resistindo ao medo, cerrando fileiras e enfrentando o inimigo.».
Estevão Gago da Câmara, Sábado 6 de Novembro Açoriano Oriental
«a culpa não pertence ao Dr. Victor Cruz, pois todos têm que ser responsabilizados, nomeadamente todos os Conselheiros de que se rodeou ou o rodearam, pois estes são os mesmos que só queriam a renovação do partido. Todos aqueles que por uma questão de idades, que ajudaram a fundar o PSD e ao seu crescimento e às suas vitórias, foram excluídos ou postos à margem »
Gastão Pacheco, Domingo 7 de Novembro no Correio dos Açores.
«A Liberdade de Expressão não é o falar mal porque estamos pagos para criticar. Isto não passa de liberdade de impressão.».
José Pacheco, segunda-feira 8 de Novembro no Atlântico Expresso.
«A blogoesfera açoriana tem revelado um crescente dinamismo, com um razoável número de blogues e um - por vezes intenso - debate sobre os temas que cruzam a actualidade. Na blogoesfera, a contenda ideológica, na dicotomia esquerda-direita, é frequente e, quantas vezes acesa. Muito embora padeça ainda das discussões auto-referenciais - fruto da relativamente recente explosão do fenómeno entre nós - a blogoesfera insular constitui um espaço de discussão a que nenhum actor social pode estar alheio. Apesar disso, é surpreendente que a imprensa ainda não tenha descoberto a blogoesfera como fonte noticiosa,(...)».
Pedro Gomes, quarta-feira 10 de Novembro no Açoriano Oriental.
«A Europa pratica a cultura da tolerância a todos os níveis e essa é sem dúvida uma das suas mais admiráveis características. Mas a tolerância não pode ser usada e abusada, a ponto de morrer às mãos dos abusadores. É esmagadora a pressão de povos subdesenvolvidos, geograficamente às portas da UE, para invadir o velho continente. Estamos perante um choque de valores, porventura de civilizações. A Europa, sendo a região violada, precisa e tem o direito de salvaguardar a sua cultura, e, sendo assim, só faz sentido integrar comunidades estrangeiras através da assimilação(...) é dever do Ocidente resistir e lutar por todos os meios em defesa do seu modo de vida (que, não nos iludamos, julgamos superior a qualquer outro).».
Joaquim Vieira, Sábado 13 de Novembro Editorial da Grande Reportagem a propósito do assassínio de Theo Van Gogh.
«A expressão "um homem de convicções" é o eufemismo por que actualmente se designam aqueles líderes que roubaram os seus povos (no caso de Arafat não só roubou o seu povo, mas também todos os outros povos, como acontece com os da EU que, com os seus impostos, apoiam a Autoridade Palestiniana), pactuaram ou ordenaram execuções e torturas. Não menos importante, neste jargão os "homens de convicções" também se caracterizam por perseguirem, quando não aniquilarem, não só os opositores, como aqueles que eventualmente lhes possam vir a suceder. Assim fomos esta semana inundados com as convicções de Arafat, tal como seremos algum dia com as convicções de Fidel. Curiosamente o eufemismo das convicções é, em geral, reservado aos sátrapas amados pela esquerda. Muito francamente não me parece que Pinochet seja menos convicto do que Fidel ou Arafat - a não ser que se entenda como quebra de convicção o facto de ter abandonado vivo o poder, coisa que Arafat não fez e Fidel tudo indica não virá a fazer - , mas duvido que alguém , com um mínimo de vergonha na cara, recorra a tal definição para, omitindo os torturados e os assassinados, referir apenas o saldo económico e financeiro da ditadura que impôs ao Chile.».
Helena Matos, Sábado, 13 de Novembro no Público.
«Corto Maltese é o Ken dos intelectuais...»
Nathalie Ballan, Domingo 14 de Novembro no Público.
«Pedro Santana Lopes está a fazer ao PSD o que Paulo Portas fez ao CDS: criar dentro de um partido, um novo partido o PP. É mais difícil fazê-lo no PSD, que tem um lastro muito especial e é um partido de grande dimensão, menos plástico a "refundações", mas, se lhe for dado tempo e oportunidade, é o que ele tentará fazer. (...) Os sinais estão bem à vista: a tendência para o partido unipessoal, à PP de Portas, com o culto de personalidade assente na "subjectividade" do líder, a interpretação messiânica do destino manifesto, a ênfase na "geração" como mecanismo de exclusão, a identidade nacionalista entre "Portugal" e o líder, a acentuação de um princípio de comando ("eu" foi a palavra mais forte do Congresso), a tentação populista do contacto directo entre o líder e o "povo" através daquilo que, com ignorância do significado das palavras, os fãs chamam, ou "inteligência emocional" ou "carisma", e o exercício brutal do poder de estado ao serviço não de causas, mas de pessoas. A complacência com alguns políticos pouco honestos que passeavam pela sala, sempre sem mácula partidária, façam o que fizerem, a contrastar com a violência verbal contra os críticos. A perigosa enfatuação da palavra?líder?.».
Pacheco Pereira, segunda-feira 16 de Novembro no Abrupto.
«A Política é a ciência e a arte de governar com verdade, respeitando a dignidade das pessoas»
João Bosco Mota Amaral, na Revista :Ilhas lançada ontem...
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