sábado, novembro 13

a minha guerra contra a Terceira

Não gosto de pessoas que se põem em bicos dos pés. Não gosto daqueles que são sempre os primeiros a levantar o braço para caírem nas boas graças da professora. Não gosto dos que serpenteiam até à primeira fila da plateia para serem vistos. Não gosto dos que semeiam elogios fáceis, não gosto de palmadinhas nas costas, não gosto dos que se insinuam. Não gosto da ambição desmedida que se esconde do mérito e premeia o servilismo.

Amo Angra pela sua beleza, adoro a sopa da Tia Urânia e todos os sabores da Casa da Roda. Gosto do Dacosta e da Carlota Monjardino e do Mário Cabral e dos irmãos Borges, gosto do Guilherme Marinho, que não sei se é da terceira mas está na terceira, gosto da Lena e do Mário e do Foxy's, gosto da Marta Silva. Gosto da Silveira, dos Biscoitos e de Santa Catarina. Sou amigo para a vida do "Perna", uma das pessoas mais boas que conheci.

Nada disto é bairrismo. Quem vive nos Açores, e mesmo que não trabalhe na área da cultura, sabe que a grande maioria dos "bairrismos" começam nos terceirenses. Nas últimas semanas têm chegado da Terceira péssimos exemplos e indícios. A minha guerra contra a Terceira é uma "guerra" contra a sede de protagonismo, a ganância desmesurada e o próprio conceito de bairrismo.

A primeira consequência do maquiavelismo dos senhores Cesar e Ávila devia ser o PS perder a Câmara de Angra. Depois o Governo. O pior de tudo é que nada disto é feito pensando no que é melhor para os Açores e para os açorianos. É contra isso a minha guerra.

Por último queria deixar aqui um repto ao Joel Neto, que explique o que é ser "açoriano no mundo" e, mais importante, o que é isso de ser "sofisticado nos Açores"?

P.S. Nada disto tem a ver com vinho que eu até ando a fazer um esforço para beber menos, se bem que in vino veritas.

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