terça-feira, novembro 30
O Estado da Nação
Bem sei que as generalizações são simplistas (passe a redundância) e perigosas, mas a questão, para mim, é da tal maneira evidente que não me coíbo de a fazer. Enquanto em Portugal os políticos não deixarem de fazer política tendo como preocupação principal o interesse do partido a que pertencem ou o interesse pessoal, em detrimento dos melhores interesses do país nunca mais saímos deste charco. O problema maior deste país é que se continua a fazer política pensando apenas em ganhar eleições e em manter serventias. Ninguém parece capaz de assumir os riscos da democracia e esses riscos são a legitimação popular dos governos, mesmo quando as maiorias decidem contra as nossas expectativas ou anseios, isso é democracia, é saber aceitar a vontade das pessoas e dar-lhes o direito de se expressar. Estamos atolados na lama do mesquinho interesse, da curta visão dos aparelhos, do maquiavelismo medíocre da conquista do poder. Falta princípios, horizonte, ideias, desígnios e, fundamentalmente, vontade de governar. Eleições já e as pessoas que decidam quem ganha!
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