sexta-feira, outubro 31
O Nosso Homem na América - Flórida
A história em relação à Flórida, este ano, é relativamente simples e bastante diferente do melodrama de 2000: Obama não precisa de ganhar na Flórida para ser Presidente, mas McCain nunca será Presidente se não ganhar na Flórida. As sondagens dizem, neste momento, que a diferença é de 3%, o que, atendendo à margem de erro, é o mesmo que um empate técnico.
Por isso, tanto McCain como Obama têm obrigatoriamente de incluir a Florida no mapa das 72 últimas horas de campanha. Ontem, Bill Clinton juntou-se pela primeira vez à campanha democrata em Kissimi, amanhã, e com enorme simbolismo, Al Gore estará, também pela primeira vez num comício de Obama, na Flórida.
Para ganhar o estado, os comentadores dizem que há dois temas fundamentais aos quais é essencial atender: reformas e a inserção das comunidades latinas.
A Flórida é simultaneamente o estado americano cuja população mais tem aumentado nos últimos anos, em termos relativos, e aquele onde a população mais tem envelhecido. Isto porque se tornou no estado de residência de muitos dos reformados da Costa Leste, especializando a sua economia e as suas infra-estruturas no apoio à terceira idade.
Por outro lado, a Flórida é quase bilingue, registando uma significativa comunidade de origem cubana, em particular, e latina em geral, em relação à qual é necessário ter uma particular atenção. E, enquanto a comunidade cubana é tradicionalmente conservadora e republicana, os imigrantes latinos mais recentes tendem a votar no Partido Democrata.
Como tal, é entre estas duas significativas faixas da população que o resultado da Flórida se irá definir, decidindo o destino de 37 votos no colégio eleitoral (a Flórida é o quarto estado com mais votos, depois da Califórnia, do Texas e de Nova Iorque) e, possivelmente, o destino da Casa Branca para os próximos quatro anos.
Na noite eleitoral, a Florida é dos primeiros estados a fechar as urnas. Possivelmente, quanto isso acontecer, estará encontrado o novo Presidente dos EUA.
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