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Sob o olhar vigilante do Grande Líder - Kim Il Sung - os seus descendentes celebram 60 anos da República Democrática da Coreia do Norte - via : Boston.com / Recent scenes from North Korea
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É pela mão do omnipresente Líder, sorridente em inúmeros outdoors fincados pelas estradas e praças da pátria, que o povo é conduzido à veneração do partido único. Com este vem o pensamento único, o único canal de rádio e televisão, controlado pelo Querido líder, e claro está, a única imprensa possível: aquela que é laudatória dos feitos do Grande Líder em prol das massas e a bem do povo. As liberdades mais básicas são torturadas pelo medo. O medo do mundo exterior para além do outdoor. Este não é um retrato de ficção de ciência política mas, infelizmente, o traço impressionista de um país real que é a Coreia do Norte. Um país que vive neste pesadelo há 60 anos e cujas comemorações encerrou no final de Setembro com o habitual teatro de marionetas humanas a que se reduzem as pessoas nos regimes comunistas.
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via : Darkroastedblend ( North Korean Posters )
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O "Paraíso do Comunismo" é hoje uma montra de bizarrias que deixam antever um país consumido pelos apetites de uma ditadura do proletariado que aqui é uma realidade que nem sequer existe. A Coreia do Norte, um museu vivo do Estalinismo, é um país que se ilumina para a propaganda mas permanece nas trevas do marxismo-leninismo e, literalmente, vive às escuras por escassez de electricidade. É apenas mais um paradoxo de um País que se quer marcialmente nuclear mas onde a electricidade é quase inexistente e a principal fonte de energia é a lenha que diariamente é recolhida por jovens esfaimados.
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via : Fishmonger / Fotoreportagem
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A entrada e permanência de estrangeiros no País é uma dupla extravagância: por um lado, não é destino de férias por excelência e, por outro lado, o "turismo" é controlado de modo Orwelliano. Inevitavelmente qualquer "tour" pela Coreia do Norte carece de prévia aprovação do Querido Líder e da permanente companhia de comissários do regime que monitorizam todos os movimentos.
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via :Eric Lafforgue / Fotoreportagem no flickr : inside North Korea
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Este é um País extremófilo onde a propaganda, com a inerente lavagem cerebral, foi levada ao cúmulo da distopia. Sinal dessa disfunção foi exibida numa reportagem da National Geographic ( vide : Inside North Korea parte 1 ; 2 ; 3 ; 4 ; 5 ; 6 ; 7 ) que acompanhou, sob disfarce, uma acção humanitária na qual foram efectuadas centenas de operações às cataratas, pois esse era o objectivo da missão médica à qual se atrelou a NG. Com efeito, efectuado o "milagre" da cura dos cegos estes não agradeceram quem, em regime de voluntariado, lhes devolveu a visão e antes prostraram-se de joelhos perante o altar do Grande Líder e do Querido Líder. O mal não está só nos piores cegos que não querem ver. O mal está também no resto do mundo que persiste em acreditar que o "Mal" não existe e é uma fábula dos poderosos para manter o jugo dos oprimidos. Curiosamente, neste país colorido de vermelho há uma linha que o separa, ao longo do paralelo 38, da civilizada Coreia do Sul. Ao que consta não há registo de quem tenha desertado para o lado norte. O muro só existe para vedar aos Norte Coreanos o resto do Mundo. Até quando ? Até ao próximo Líder ?
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