A campanha eleitoral cuida, finalmente, de chegar ao fim.
Acredito que quem andou no terreno agradeça ao calendário mais do que eu que apenas me limitei a pacientemente apagar os SMS’s com o roteiro das arruadas. Mas acredito que numa coisa estamos, certamente, todos de acordo, nem que seja silenciosamente – já não faz sentido fazer campanhas eleitorais desta maneira. Mais valia gastar o dinheiro em carrinhas de nove lugares do que andarem todos neste demagógico corrupio de freguesia em freguesia a oferecer brindes dos chineses. Quantas pessoas realmente decidem os seus votos pelo passar das carrinhas com megafones no tejadilho gritando músicas e slogans e hinos? Quantos votos vale uma t-shirt e um boné e um isqueiro? Quantos Depois De Ti vale uma maioria? Felizmente chegou ao fim. Ontem, o “Grupo Balsemão” anunciou uma sondagem e a acreditar nos dados propagandeados Carlos Cesar vai ter a sua maioria, o PSD não vai ter nenhum dos resultados que os seus dirigentes esperavam (desde os que torciam pela humilhação, aos que ansiavam por um milagre, passando por aqueles poucos que apenas pediam uma benesse…). Diz a mesma sondagem que o PP elege (eu ainda não acredito) e que CDU e BE podem eleger, também aí tenho dúvidas e, em boa verdade espero que não, nenhum dos líderes regionais destes partidos demonstrou ter relevância para ser deputado. Melhor seria se o BE, já que não teve a originalidade de apresentar uma cara nova, tivesse ao menos assumido o compromisso eleitoral de fazer rodar os seus candidatos, como na Assembleia da República. Ou que a CDU fizesse cabeça de lista pelo círculo de compensação um jovem, de preferência do sexo feminino, que fosse apoiado por um programa fracturante e um grupo autónomo de consultores independentes que prestassem assessoria nas diversas matérias legislativas.
Se isto fosse um jogo de Poker, o que em alguns aspectos até é, eu apostaria as minhas fichas na seguinte sequência: o PS tem uma maioria se bem que não aquela que anseia, o PSD aguenta o dano, (se bem que os resultados em São Miguel, em São Jorge e na Terceira podem vir a ser importantíssimos nas contas que se farão na segunda-feira, dia 20, logo pela fresca.) dos pequenos, PP incluído, continuo a dizer que não vão a deputado, principalmente porque num clima de apatia e descrença, são os pequenos quem primeiro sofre a sina de ser… pequeno. Domingo cá estaremos todos para ver e para crer.
Em jeito de nota de rodapé e para contrariar o Manuel Moniz que bem que tenta apregoar o voto secreto deixo aqui a minha afirmação de militância, para o bem e para o mal voto sempre no PS, por mais que isso possa espantar os cínicos que pululam tanto dentro como fora do meu próprio partido. Para parafrasear um notável membro do blogoarquipélago voto calma e friamente no Partido Socialista…
*Vinicius de Moraes
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