sábado, maio 13
Costumo vaguear online pelas múltiplas páginas da Greenpeace e foi com agrado que registei a presença, nos Açores, do Esperanza. A equipa de cientistas residente, que percorre o globo exaltando a necessidade da preservação dos Mares, destacou o trabalho que tem sido realizado nas ilhas. Mas, se no Mar tem existido um esforço para a salvaguarda das cotas de pesca e da não intrusão das grandes frotas pesqueiras europeias, persiste em terra um desafio - o de preservar e de coexistir em harmonia com o Frágil ecossistema que nos rodeia. Actualmente, e para o futuro que se avizinha, está amplamente instituída uma lógica de ganância económica sustentada nos benefícios assentes na Natureza dita intacta, cuja posição se revela cada vez mais fragilizada e encurralada pelos planos que lhe têm sido propostos. Sem, no entanto, ter sido auscultada em todo este processo. E nesta oferta desmesurada (= betão + construção civil + crescimento urbano desenfreado não planificado + novos percursos rodoviários desenquadrados) e ambiciosa estará porventura o fim de uma coexistência pacífica (e o esgotar de um recurso diferenciado). O futuro ambiental dos Açores requere medidas bem mais penalizadoras do que as instituídas e uma população atenta e sensível (+ educada civilizacionalmente pró-ambiente). Não sei se podemos exigir Respeito pela Natureza àqueles que nos visitam se as populações das ilhas pouco respeito cedem à Natureza (!!?/uma generalização abusiva, concerteza). O equilíbrio depende das medidas instituídas pelo Governo/Municípios e pela atitude responsável de cada um de Nós. Aqui apetece-me gritar (numa fuga ao cliché instituído) - Merecíamos Melhores Cidadãos !...
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