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A esperança no advento de uma Era de Igualdade, Partilha e Solidariedade é uma das marcas do culto do Divino Espírito Santo. Esse ideal é, por exemplo, celebrizado no momento das sopas do Espírito Santo e é essa Grande Festa Comunitária que começando por unir os homens à divindade une igualmente os homens entre si ! Traço identitário do "Povo Açoriano" o culto do Divino Espírito Santo faz parte da cartografia da nossa gente pelos quatro cantos do mundo. Esta tradição está intrincada na nossa identidade e nas nossas tradições. As tradições evoluem, refinam-se, e com o normal ciclo da vida vão integrando os parâmetros civilizacionais do seu tempo.
A esperança no advento de uma Era de Igualdade, Partilha e Solidariedade é uma das marcas do culto do Divino Espírito Santo. Esse ideal é, por exemplo, celebrizado no momento das sopas do Espírito Santo e é essa Grande Festa Comunitária que começando por unir os homens à divindade une igualmente os homens entre si ! Traço identitário do "Povo Açoriano" o culto do Divino Espírito Santo faz parte da cartografia da nossa gente pelos quatro cantos do mundo. Esta tradição está intrincada na nossa identidade e nas nossas tradições. As tradições evoluem, refinam-se, e com o normal ciclo da vida vão integrando os parâmetros civilizacionais do seu tempo.
Paradoxalmente, os detractores desta tradição têm cristalizado o seu desdém em argumentos recorrentes a que limpam o bolor todos os anos em veneração a outros altares. A utopia espiritual que é hoje celebrada pelos Açorianos, sob a bandeira do Divino Espírito Santo, é também a matriz da nossa alma. Em São Miguel, como todos sabemos, este culto está profundamente enraizado nas nossas tradições. Consequentemente, foi na evolução dessa tradição que em Ponta Delgada o Município retomou a celebração popular das Grandes Festas do Divino Espírito Santo. A elevada e crescente participação popular é sinal vivo de que esta é de facto uma tradição que, não só merece o alento popular, como todos os anos se renova com reforçado fulgor. Só por despeito se poderá negar que assim seja fazendo das Grandes Festas do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada um evento alimentado por uma tradição artificial.
Que não lhes agrade a tradição a que se referem como "espectáculo" é convicção que se respeita, mesmo quando lhes falece a razão. Negar a tradição das festividades em causa já roça a inaceitável desonestidade intelectual, que só se compreende como tique daquela arrogância típica de quem desmerece, com soberba, toda e qualquer tradição que não esteja em sintonia com os "santos" da Nova Autonomia. As actuais festas do DES de Ponta Delgada fazem a ponte com a 1ª grande coroação do Divino Espírito Santo no ano de 1976, ocorrida em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, com vasta participação popular e até delegações das ilhas de Santa Maria e do Corvo! Como ainda há, nestas e noutras coisas, quem queira ver para crer vale-nos o acervo de memórias fotográficas tombadas no livro "Recordando as Grandes Festas do Divino Espírito Santo" de Humberto Moniz. Nelas passeiam tranquilamente as memórias de uma tradição popular de genuína devoção ao Divino. Nelas bem poderia ser aposta a memória da legenda de Natália Correia, contemporânea e vivente das festas cuja tradição se honra, exortando a que "sejamos tranquilamente amantes das coisas divinas, sem o que a vida é o heroísmo reles de um aborrecimento". Com tranquilidade: Veni Criator Spiritus. É tudo quanto se pode desejar como acto de fé que ilumine aqueles que negam a tradição do povo que dizem servir.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
(aos leitores habituais fica o aviso que vou a banhos e regresso em Setembro às crónicas digitais)
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com
(aos leitores habituais fica o aviso que vou a banhos e regresso em Setembro às crónicas digitais)
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