«(...) A seguir ao 25 de Abril, notou-se um acréscimo do poder político e económico do Porto. Dali vinham os empresários, os exportadores que garantiam a sobrevivência do país, os eleitores que permitiam que a democracia vingasse, a Igreja e a sua reserva moral, as tradições, os grandes caciques locais e as novas iniciativas económicas e empresariais. No Porto, nasciam bancos e grupos económicos. No Norte, trabalhava-se. No Norte, produzia-se. E no Norte cresceu a ideia de que àquela força era necessário acrescentar poder político. Durante uns anos, pareceu que era verdade. Depois, gradualmente, o Norte perdeu. O Porto perdeu. Menos o Futebol Clube do Porto, que ganhou. Até que ponto as vitórias do futebol toldaram o espírito dos seus dirigentes, permitindo-lhes acreditar na sua impunidade e na ideia de que tudo é permitido quando se ganha?»António Barreto na edição de hoje do Público.
domingo, maio 11
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