sábado, janeiro 10

... e, para que se faça dia!


O Professor Doutor Duarte Ponte – anterior Secretário da Economia (para os que não o conheciam) – afirmou emocionado, no jantar de despedida presenteado pelos hoteleiros de S. Miguel, ter consciência de que nem tudo o que foi feito foi bem feito mas, orgulha-se de ter conseguido por o cidadão comum a falar de Turismo.
No rigor, era por aqui que tudo devia ter começado. Teríamos evitado alguns atalhos que trouxeram trabalhos dobrados e despesas indesejáveis; teríamos tido a oportunidade de olhar melhor para a redefinição do modelo de desenvolvimento turístico da Madeira, em vez de estarmos a cantar de galo e dizer que não íamos repetir os seus erros; teríamos desenvolvido a humildade necessária para nos socorrermos de pessoas que, com o verdadeiro conhecimento de causa, nos podiam ter – seguramente – ajudado; enfim…
Não obstante e em abono da verdade, não podemos perder o norte. Todos nós sabemos que, quase sempre, temos que levar uma sacudidela (às vezes bem forte) para nos pormos a mexer, caso contrário, nada chega a ser verdadeiramente conseguido. Importava não deixar amadurecer esse fruto da nossa idiossincrasia e lá avançamos.
Todas estas (a dada altura estúpidas) considerações servem para dizer que não vale a pena dramatizarmos o estado em que nos encontramos. Em vez disso, é imperativo que possamos agora parar de falar (alguns até, como baratas tontas, dizem muitas asneiras tipo “isto já era previsível”. Tipos que nunca conseguiram prever nada de jeito nas suas vidas nem nos assuntos sobre os quais sempre escreveram), para reflectir sobre as actualizações que temos que encetar. É preciso «enxertar». Há enxertos de vários tipos e feitios. Podemos fazê-los como os quisermos mas, também podemos convidar especialistas a fazê-los.

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