quinta-feira, janeiro 22

A promessa

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Um congresso partidário, além de ser um palco onde se confrontam ideias, é também um encontro de pessoas. No XVIII Congresso do PSD/Açores foram muitas as participações de todas as ilhas do arquipélago. Ficou a certeza que a nossa Autonomia ainda funciona a 2 velocidades. A Região Autónoma dos Açores é, no início do Sec. XXI, uma máquina que carece de uma transmissão automática que ponha a engrenagem a funcionar em sincronia e igualdade. A Dr.ª Berta Cabral tem o capital político necessário para operar essa mudança. Desde logo, teve a clarividência de diagnosticar e expor essa realidade. Em congruência com essa urgente necessidade de coesão efectiva entre os Açorianos operou internamente uma renovação do PSD/Açores. Esta não se esgotou numa renovação de cerca de 70% dos dirigentes do PSD/Açores. Foi ainda mais longe ao optimizar o equilíbrio buscando uma distribuição equitativa entre todas as ilhas dos Açores. Efectivamente, se não aproximarmos as pessoas jamais poderemos ambicionar uma coesão efectiva entre os Açorianos.
Hoje, muito longe já da Autonomia fundacional e da criação das estruturas essenciais em termos de equipamentos públicos, os Açorianos continuam a viver isoladamente nas suas ilhas como se cada uma não fosse parte de uma unidade Regional. Como causa directa está a nossa descontinuidade geográfica que não se reduz quando o custo do transporte, de pessoas e bens, constitui uma força de bloqueio da nossa Autonomia. Acresce a esta causa outras que têm igual peso negativo como, por exemplo, o próprio projecto ilhas de coesão ao perversamente criar uma concorrência desleal do Estado com os empresários locais. Junta-se ainda a este rol o estado de abandono de determinadas ilhas, cujo paradigma da Graciosa é clamoroso, porventura vítimas de discriminação negativa por não militarem na mesma congregação partidária do Governo Regional. Aqui, como noutros casos, não tem sido efectuada uma justa e proporcional distribuição da nossa riqueza e variedade a bem dos Açorianos.
Sendo o PSD um partido de matriz personalista e humanista não poderá virar as costas às pessoas que devem ser a prioridade. Depois destas, os Açores, como uma realidade, afinada e calibrada, para funcionar a uma só velocidade: a coesão económica e social. Esta é uma responsabilidade governativa a qual deve ser feita sem concorrer com a liberdade da iniciativa privada. Estes são desafios que se colocam à Dr.ª Berta Cabral e ao PSD/Açores. Na liderança temos hoje uma verdadeira e efectiva alternativa que é muito mais do que a "estrela da companhia" ! A Dr.ª Berta Cabral, mais do que uma referência regional, é já uma referência nacional do PSD. Estou certo que marcará a diferença nos vários desafios que o futuro promete.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com

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