quinta-feira, janeiro 22

...ruminantes !

...

Via : fôguetabraze

No âmbito da BTL colocaram a apascentar meia dúzia de frísias holstein na Praça de Espanha, em Lisboa, para promoverem a imagem dos Açores ! Apre ! Que ideia mais lupanar e terceiro-mundista que até não dispensa uma rudimentar gamela em plástico para a complementar ração das bestas, dado que os prados da capital não produzem erva suficiente para os tristes ruminantes. Ao que consta os bichos foram tomados de aluguer a um criador da Moita, pelo que, nem sequer representam a excelência do nosso gado. A ser isto verdade a campanha, além de péssima, é um logro que numa palavra se traduz por "publicidade enganosa"...de má qualidade. Mas, não só é má publicidade, por óbvias razões de salubridade e de exploração da decência e integridade dos quadrúpedes, como é também falta de bom senso e bom gosto.

Quanto à promoção dos Açores não resisto a importar esta ideia que não sendo geneticamente Açoriana é bem melhor e inteligente do que a do postal primário das "vaquinhas". Com o devido respeito, subscrevo-a integralmente e sem reservas :

AÇORES, BALEIAS E A TIA HORTÊNSIA, por AzimutePerdido
De Onde Se Bate Nos Açores, Salvo O Devido Respeito Pelo Ilhas E Pelo JNAS.


"Hoje tropecei numa publicidade de cartaz aos Açores onde se vê o logótipo do turismo açoreano, salvo erro da Direcção Regional de Turismo. Ao lado da palavra Açores aparece uma flor, mais concretamente uma Hortênsia estilizada, se é que se pode estilizar tal mostrengo averdongado. E fiquei a matutar no quão errado aquilo me parecia.

É que o raio da flor pouco ou nada tem de apelativo. Os Açores no imaginário da malta é mar, é meros – se é que os nossos amigos do
Catilinário ainda deixaram algum para amostra -, Açores é bicheza marítima e é sobretudo cachalotes e baleias. O imaginário turístico açoriano deve viver do mar, do café sport, do paredão da Horta, da vida anterior à volta da baleia e sobretudo da baleia e da sua observação. Para ver flores há milhentos sítios melhores por esse mundo fora. Ah, o cartaz fala depois do azul das baleias. Abelha.

Porque raio é que o símbolo base dos Açores e o logótipo do seu turismo não é uma baleia. Enorme. Gigante. Azul. Um colosso a descobrir antes que os jipónicos e os noruegos as comam a todas. Esse devia ser o símbolo dos Açores. Um animal, poderoso, mítico, raro e inatingível.

Atão mas alguém vai aos Açores ver as florinhas?. A malta quer é ver baleias, gordas, luzidias, jurássicas. Meter florinhas, quando têm à mão um dos ícones mais poderosos da criação é o mesmo que vender o Kénia com a floração das buganvílias e o Kruger Park com a beleza estonteante dos jacarandás. Ora vejam lá se o Allgarbe não se vende com as mamas das lontras inglesas. Ou andam lá a meter a flor da alfarrobeira?

Ainda por cima uma Hortênsia. Mas que raio de cabecinha chama Hortênsia a uma flor, e porque não Gertrudes ou Hermengarda? E a malta dos Azores eleva a Hortênsia à categoria de máxima representante e figura de proa da região. Quanto a mim mal. Eu dos Azores quero as Baleias. Faraónicas e dinossáuricas. Belas e livres como nenhum outro bicho. Hortênsia é tia afastada e a cheirar a bolas de naftalina."
Via : Tapornumporco

Sem comentários: