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Poderá um Estado de Direito, reconhecido como tal pela comunidade internacional, estar à mercê de biltres terroristas? Poderá uma Democracia, praticada como tal na própria ordem interna, estar refém de associações criminosas e de teocracias onde predomina um fanatismo equivalente ao fascismo? Poderá ter razão o axioma de Oriana Fallaci que, nos escombros do 11 de Setembro, sentenciava que "quanto mais democrática e aberta é uma sociedade, mais se expõe ao terrorismo"? Certamente que, em abstracto, as respostas a estas questões não serão ambíguas. Porém, quando se concretiza e identifica essa Nação como sendo o Estado de Israel a intelectualidade do "prime time" faz inversão de marcha numa entorse de princípios que só se justifica à luz de um claro preconceito contra a sobrevivência da "estrela de David". A actual "acção sanitária" no território do Hamas, que é hoje a faixa de Gaza, mais não é do que devida legítima defesa de um Estado soberano contra a barbárie. Recorde-se que a Faixa de Gaza foi conquistada por Israel em 1967 após a Guerra dos Seis Dias, desencadeada pelo Egipto, Jordânia e Síria, verdadeiros Golias do mundo Árabe, que não só perderam a guerra como também a península do Sinai, a Cisjordânia, os Montes Golã e, claro está, a Faixa de Gaza que, recorde-se, era território Egípcio que estes abandonaram quando reconheceram o Estado de Israel! A ocupação destes territórios era então essencial à segurança e defesa de Israel. Como sabemos Israel devolveu voluntariamente a Faixa de Gaza "às autoridades palestinianas" e, unilateralmente, retirou colonos e soldados do mesmo território. A imaturidade palestiniana logo resultou em rixas internas que culminaram numa guerra civil no território de Gaza entre a Fatah, uma excrescência desse nobelizado homem de paz que foi Arafat, e a milícia Hamas, uma sucursal da organização terrorista Irmandade Muçulmana que se afirmou no Egipto moderno e que inspirou, a par do movimento Wahabista na Arábia Saudita, a fundação da Al-Qaeda. Em suma: patrocinar, ainda que solidariamente, a causa do Hamas e da Faixa de Gaza equivale a propagandear o evangelho de ódio da Al-Qaeda. Esta lógica tão linear parece contudo escapar à intelectualidade do "prime time" ! Fica-lhes bem o semblante contristado com a desdita de Gaza que exibem em marchas compungidas contra Israel exigindo o fim da ofensiva militar. Não lhes ocorreu, em momento algum, marchar contra o terror perpetrado contra civis Israelitas pelos rockets do Hamas ? Nunca lhes moveu o ideário de libertação de um povo oprimido pelo próprio Hamas que tomou de assalto Gaza e que se fundiu com os civis ao comando de escolas, mesquitas e até hospitais? Não! Preferem alinhar com uma causa que é a própria negação dos alicerces da nossa civilização de matriz judaico-cristã!
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Poderá um Estado de Direito, reconhecido como tal pela comunidade internacional, estar à mercê de biltres terroristas? Poderá uma Democracia, praticada como tal na própria ordem interna, estar refém de associações criminosas e de teocracias onde predomina um fanatismo equivalente ao fascismo? Poderá ter razão o axioma de Oriana Fallaci que, nos escombros do 11 de Setembro, sentenciava que "quanto mais democrática e aberta é uma sociedade, mais se expõe ao terrorismo"? Certamente que, em abstracto, as respostas a estas questões não serão ambíguas. Porém, quando se concretiza e identifica essa Nação como sendo o Estado de Israel a intelectualidade do "prime time" faz inversão de marcha numa entorse de princípios que só se justifica à luz de um claro preconceito contra a sobrevivência da "estrela de David". A actual "acção sanitária" no território do Hamas, que é hoje a faixa de Gaza, mais não é do que devida legítima defesa de um Estado soberano contra a barbárie. Recorde-se que a Faixa de Gaza foi conquistada por Israel em 1967 após a Guerra dos Seis Dias, desencadeada pelo Egipto, Jordânia e Síria, verdadeiros Golias do mundo Árabe, que não só perderam a guerra como também a península do Sinai, a Cisjordânia, os Montes Golã e, claro está, a Faixa de Gaza que, recorde-se, era território Egípcio que estes abandonaram quando reconheceram o Estado de Israel! A ocupação destes territórios era então essencial à segurança e defesa de Israel. Como sabemos Israel devolveu voluntariamente a Faixa de Gaza "às autoridades palestinianas" e, unilateralmente, retirou colonos e soldados do mesmo território. A imaturidade palestiniana logo resultou em rixas internas que culminaram numa guerra civil no território de Gaza entre a Fatah, uma excrescência desse nobelizado homem de paz que foi Arafat, e a milícia Hamas, uma sucursal da organização terrorista Irmandade Muçulmana que se afirmou no Egipto moderno e que inspirou, a par do movimento Wahabista na Arábia Saudita, a fundação da Al-Qaeda. Em suma: patrocinar, ainda que solidariamente, a causa do Hamas e da Faixa de Gaza equivale a propagandear o evangelho de ódio da Al-Qaeda. Esta lógica tão linear parece contudo escapar à intelectualidade do "prime time" ! Fica-lhes bem o semblante contristado com a desdita de Gaza que exibem em marchas compungidas contra Israel exigindo o fim da ofensiva militar. Não lhes ocorreu, em momento algum, marchar contra o terror perpetrado contra civis Israelitas pelos rockets do Hamas ? Nunca lhes moveu o ideário de libertação de um povo oprimido pelo próprio Hamas que tomou de assalto Gaza e que se fundiu com os civis ao comando de escolas, mesquitas e até hospitais? Não! Preferem alinhar com uma causa que é a própria negação dos alicerces da nossa civilização de matriz judaico-cristã!
Israel é hoje cada vez mais um milagre indispensável e um oásis de modernidade numa região dominada por medievas teocracias e monarquias tribais.
Mesmo quem não advoga o sionismo e a mitologia da "terra prometida" não pode, honestamente, deixar de admirar a resiliência histórica de Israel na qual se inscreve agora esta ofensiva de Gaza. Recordo a este propósito as palavras de George Steiner : "Infelizmente, não consigo ver-me a fazer parte de qualquer pacto com Abraão. Pelo que não possuo nenhuma propriedade, divinamente outorgada, em qualquer hectare do Médio Oriente – nem noutro sítio qualquer. É uma falha lógica do sionismo, um movimento político-secular, invocar um místico das escrituras cuja teologia não pode, em verdade, subscrever. Seja como for, o enigma, a singularidade da sobrevivência dos judeus depois do shoa, convence-me da existência de um desígnio. Israel é um milagre indispensável. O seu surgimento, a sua persistência contra todas as frentes militares e geopolíticas, os seus feitos cívicos, desafiam quaisquer expectativas razoáveis. Hoje em dia, porém, Israel encara a normalidade com uma paradoxal satisfação. Permanece indiferente às ondas de crime, corrupção, mediocridade política e vulgaridades quotidianas que caracterizam as nações em toda a parte. Onde Jeremias pregou, irado, existem hoje bares de topless". Em Israel, como na Atenas de Péricles, os cidadãos podem orgulhar-se de praticar a liberdade e a tolerância na sua vida privada com o mesmo orgulho que possuem na obediência à lei nos assuntos públicos. Estes atributos de Liberdade não vigoram na maioria dos "territórios" vizinhos de Israel. Será tolerável exigirmos de Israel a total passividade quando, pelo terror, o Hamas e demais comandita, quer exportar o domínio da submissão islâmica? Nunca, sob pena de também negarmos a nossa existência.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
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