sexta-feira, janeiro 30

nota de imprensa


foto=Lestada


No próximo Domingo, dia 1 de fevereiro, ocorrerá pelas 13h00m uma concentração de praticantes de desportos de ondas no Terreiro de São Mateus, ilha Terceira.

O objectivo desta concentração é chamar a atenção das autoridades competentes e da população em geral para a urgência de que se proceda a um ajuste no projecto que vai do Terreiro de São Mateus até ao Negrito, pelo litoral, particularmnte junto à zona onde se pratica surf e bodyboard. Sem desvirtuar a filosofia geral da intervenção planeada pretende-se acima de tudo alertar para as potencialidades e o elevado valor lúdico e paisagístico de toda esta zona.

Sendo os desportos de ondas uma actividade que ocorre principalmente na Época Baixa acham os seus praticantes que é do interesse de todos, principalmente da freguesia de São Mateus e do seu anunciado Roteiro Turístico, que dentro do razoável se preserve essa zona de surf que é a única de toda a Costa Sul da Terceira sendo um excelente complemento em toda a oferta de lazer disponível na freguesia e concelho de Angra.

Os proponentes, conscientes das dinâmicas em jogo, sugerem que a obra avance começando no sentido Negrito – Terreiro para que assim não se atrase o início da mesma e haja tempo para repensar o pequeno troço final, junto à zona de desportos de ondas, no Terreiro de São Mateus.


esta inicíativa tem o apoio da:

Fórum Cultura e Criatividade

Os Açores participam nesta plataforma de discussão com a presença da directora regional da Cultura, Gabriela Canavilhas, como oradora ao lado de convidados como: Manuel Maria Carrilho (ex-ministro da Cultura), Daniel Proença de Carvalho (Fundação Champalimaud), Paulo Henriques (Museu Nacional de Arte Antiga), Joana Vasconcelos (artista plástica), António Pedro de Vasconcelos (realizador) e João Fernandes (Museu de Serralves). A demonstração inequívoca de que esta foi uma aquisição importante para a região.

quinta-feira, janeiro 29

Tarde demais?

Na sua presença pela BTL, a Associação de Profissionais de Turismo de Portugal deixou uma mensagem optimista aos profissionais de turismo, alegando que “quanto mais se fala de crise, mais as empresas se retraem, menos consumo se faz e mais desemprego se gera”, mencionou Agostinho Peixoto, presidente da associação.

O dossier Freeport.

...
"Com a mesma tranquilidade com que se investiga um pedreiro, um médico ou um professor, assim se investigará qualquer ministro ou político". Este aforismo Judicial foi proferido pelo Procurador-Geral da República em resposta à insinuação de manipulação política do dossier Freeport. Em ano de eleições o primeiro-ministro indignou-se, em comunicado oficial, com a investigação Judicial de um caso que estava "completamente parado". Deveria assim ficar? Parece ser essa a única conclusão a retirar quando se sugere uma época de "defeso" Judicial antes do período "venatório" das eleições! Estranha-se esta desconfiança sobre o poder Judicial, em geral, e muito particularmente sobre o Procurador-Geral da República nomeado pelo Presidente da República sob proposta do Governo!
No meio de toda a tempestade mediática a pergunta que motiva a investigação é tão só a de saber se a alteração da "zona de protecção do estuário do Tejo" serviu de moeda de troca para a aprovação final do Freeport-Alcochete. À data o actual primeiro-ministro era Ministro do Ambiente de Guterres e, aparentemente, desfavoreceu a ecologia em benefício do betão e de mais uma mega catedral do consumo. Esta é uma opção política. Porém, a questão Judicial vai mais fundo. Recorde-se previamente que no livro sagrado das democracias Ocidentais está inscrito como mandamento fundacional a separação de poderes. Contudo, assistimos cada vez mais à implementação de uma urdidura de interesses entre os diversos poderes com as consequentes acusações de deficit de imparcialidade do poder Judicial que, na pureza do primado da separação de poderes, deveria estar resguardado da arena do confronto político. Não tem sido este "o exemplo que vem de cima" quando, recorrentemente, o primeiro-ministro não se contém de opinar sobre processos de natureza Judicial. O resultado é a descredibilização do primeiro-ministro e de uma política de gestão de danos que imediatamente nos atira para outras novelas como a do retorcido processo de licenciatura do engenheiro Sócrates. Como se tudo isto não fosse já o suficiente para nos vermos livres de Sócrates temos agora a suspeição de que este caso não se esgotará nas fronteiras de Portugal. Poderá ir mais longe e cair na barra da Jurisdição Britânica, - a mesma que desacreditou a investigação do caso Maddie - , que já formalizou as investigações do caso Freeport e das contas offshore nos paraísos fiscais do costume. Revanchismo diplomático? Cremos que não! Mas a pergunta que importa fazer é a seguinte: Será desta que Portugal se vê livre do Sr. Pinto de Sousa? A bem da Nação espero que sim! A bem da nossa dignidade que o seja pela mão dos eleitores portugueses já que, até à data, Sócrates tem sobrevivido a uma avalanche de acidentes com o amparo do “anjo da guarda” da Presidência da República. Livra! Até quando?

João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiário.com

quarta-feira, janeiro 28

JL

Pode parecer um exagero e até a mim me atrapalha e perturba a ideia mais ou menos intelectualóide, geek mesmo, a imagem mais ou menos snob que o que vou dizer pode transmitir de mim, mas a verdade é que o Jornal de Letras faz parte do meu imaginário de infância e adolescência. Sim, confesso que era um desses timidíssimos miúdos que andava pelos recreios do liceu com o JL debaixo do braço, sentado num canto do bar, nos intervalos, lendo romanticamente as últimas do mundo editorial, as crónicas do Guilherme Oliveira Martins e do Viriato Soromenho Marques, os editoriais do grande Rodrigues da Silva, os textos do Assis Pacheco, as fabulosas ilustrações do Abel Manta ou os ensaios do José Gil e do Eduardo Lourenço… o que vale é que o facto de ser bodyboarder mantinha o meu capital de reconhecimento com as raparigas. Ainda hoje guardo, espero eu, num conjunto de arquivadores na casa da minha mãe em Lisboa uma colecção considerável de Jornais de Letras dos finais de 80, inicio de 90, e o Se7e também, e os primeiros Leituras, enfim é melhor parar… Vem isto a despropósito de hoje o JL lançar o seu milésimo número. Num país onde o José Rodrigues dos Santos vende mais que o Gonçalo M. Tavares a sobrevivência do JL é um sinal de esperança. Parabéns JL, obrigado José Carlos de Vasconcelos.

terça-feira, janeiro 27

POST DESANUVIANTE


Símbolo nacional desde há séculos, o famoso Galo de Barcelos está a ser substituído por outro ícone mais consentâneo com a situação actual.
Dizem que o touro espanhol também está mais magro.

A Batuta ou a Havaiana

Quem, como eu, está prestes a terminar um mandato na Assembleia Municipal de Ponta Delgada já espera tudo por parte da Dra. Berta Cabral, ou melhor, já não espera nada. Só quem a acompanha de perto é que se apercebe do estilo e da actuação política da nova e messiânica lidere do PSD-A. Os seus achaques, a sua arrogância, o pendor ditatorial da sua actividade política, o tom mais ou menos excessivo do discurso e a facilidade com que lhe foge o pé para a Havaiana. Eu próprio já fui vitima directa de um desses momentos, mas adiante… o Açoriano Oriental de hoje é paradigmático daquilo que é o estilo político da Sra. Se sobre a foto da 1ª página não vale a pena fazer muitos comentários, sobre a notícia da última já se torna importante reflectir um pouco. Para se defender da legítima acusação da instrumentalização da Câmara Municipal para fins partidários a Dra. Berta atira-se sonsamente ao filho de Carlos Cesar, numa comparação idiota, injustificada e quase grosseira. Esquece a Dra. Berta que se na verdade são os directórios partidários que aprovam as listas de deputados, é o voto popular que as legitima. E se de alguma maneira a escolha de Francisco Cesar para as listas do Partido Socialista podia ser criticada, essa critica deveria ter sido feita na campanha eleitoral. Neste momento usar a genealogia como arma de arremesso político é uma forma de ataque torpe a um deputado eleito que tem todo o direito de cumprir o seu mandato na melhor das suas capacidades independentemente de ser filho, sobrinho ou enteado seja de quem for. Eu sou insuspeito para fazer a defesa do filho de Cesar, nem ele precisa que eu o faça, mas já é tempo de trazer para a praça pública a verdadeira Dra. Berta. Quem gosta de política e acompanhou o Congresso do PSD-A não pode deixar de reparar no teor dos discursos da Sra. pilhados de ditados populares, lugares comuns e metáforas mais ou menos brejeiras. Como se a totalidade do discurso político da líder do PSD-A se resumisse ao conteúdo de um Dicionário Popular, agora a brejeirice chegou à arena do combate político. É caso para dizer duas coisas: Merecíamos Políticos Melhores e volta Carmo Rodeia, estás perdoada…

domingo, janeiro 25

Há gente louca, Felizmente!


“O Surf é várias coisas para várias pessoas, mas, posto de forma simples e pura, é um saudável, vigoroso e lindíssimo desporto. O Surf é uma libertação das explosivas tensões da vida do século XX, um escape do bulício e rebuliço do mundo citadino feito de ferro e betão, um regresso à realidade da natureza.”
Fred Wardy, in Surfer Volume 6, N.º 1 circa 1960
Dito e feito!
Ontem, pelas 21:30, reuniu em assembleia-geral, a UNIÃO DE SURFISTAS E BODYBOARDERS DOS AÇORES com o firme propósito de ver eleitos os seus corpos directivos.
A Lista A, é eleita por unanimidade e Pedro Arruda é o primeiro presidente de uma associação que pretende lutar pelas modalidades de Surf e Bodyboard, nos Açores e fora deles.
Curiosa é ainda a vontade expressa de descentralização, fomentando que outras direcções – de outras ilhas – possam vir a aparecer em mandatos futuros, permitindo transferir o centro decisório desta associação, que se deseja itinerante. Um verdadeiro exemplo para outras modalidades que, em vez de estarem mais preocupadas com o seu sucesso e desenvolvimento, estão sim preocupadas com a preponderância que nela têm esta ou aquela ilha, situação não poucas vezes apadrinhada pelos diversos órgãos de soberania.
De salientar ainda que, desde a sua fundação (há uma mês atrás), a USBA já angariou 75 sócios e tem Secções em 5 das nove ilhas dos Açores (Faial, São Jorge, Santa Maria, São Miguel e Terceira).
Da ordem de trabalhos constavam ainda a provação do Regulamento Interno e Plano de Actividades, ambos aprovados por unanimidade.
Felicidades e votos de bom trabalho. Sim, porque é de trabalho que se trata!

Plano de Actividades – 2009
Organização Interna e Relações Institucionais:
· Captação de Sócios
· Assembleia-geral; eleição de Direcção
· Acreditação junto dos organismos institucionais regionais, nacionais e internacionais (Federação; Associações; etc.)
· Estabelecer parcerias/protocolos e promover o desenvolvimento de estruturas locais (Clubes; Associações, etc.) no âmbito dos desportos de ondas ou outros desportos marítimos e ambiente
· Estabelecer linhas de diálogo com as seguintes entidades:
- Secretaria do Ambiente; Secretaria da Educação; Secretaria da Economia; Secretaria dos Equipamentos
- Direcção Regional do Desporto; Direcção Regional dos Equipamentos; Direcção Regional do Turismo; Direcção Regional do Ambiente
- Cooperativa Porto de Abrigo; outras entidades de interesse para a USBA

Competição:
· Formação Técnica de Quadros (julgamento; organização de competições; etc.)
· Circuito Regional de Surf e Bodyboard Open – mínimo de 3, ideal de 5 etapas, máximo de ilhas possível; articulação com entidades locais
· Circuitos Nacionais Surf (ANS) e Bodyboard (APB) – realização de uma etapa de cada um destes circuitos nacionais nos Açores preferencialmente em ilhas diferentes
· Association of Surfing Professionals (ASP) – Organização de uma etapa WQS 6 em São Miguel (25 a 30 Agosto)
· International Bodyboarding Association (IBA) – Organização de uma etapa “Grand Slam” ou de Prize Money máximo na ilha Terceira (Novembro)

Ambiente
· Promover acções de sensibilização ambiental em todas as provas ligadas à USBA
· Estabelecer um plano de acção com vista à classificação como Património Natural da Região dos principais locais para a prática dos desportos de ondas:
Preparar um dossier com o levantamento (identificação) e caracterização dos principais locais para a prática dos desportos de ondas nos Açores;
Divulgação deste dossier junto das instituições com competências ao nível da gestão e intervenção na orla costeira (autarquias, DROTRH, capitanias, Secretaria Ambiente, Secretaria Equipamentos, Secretaria Economia etc.);
Estabelecer contactos com os grupo parlamentares da Assembleia Legislativa Regional dos Açores com vista à apresentação de Decreto-lei;
Articulação com os mecanismos legais para que se instituam as medidas de salvaguarda necessárias à protecção destes locais (legislação específica, PROTA, POC´s etc.);
Promover sessão pública de divulgação do dossier, promovendo a sensibilização das entidades competentes para a problemática da preservação dos locais de surf e bodyboard. (ex. exibição do filme “Lost Jewel of the Atlantic”, sessão com especialista em fundos artificiais e obras marítimas, analisando os casos de obras já realizadas e a realizar nos Açores (Rabo de Peixe, Ribeira Quente, Poças, Mosteiros, Santa Catarina etc.), apresentação de casos práticos em desenvolvimento ou já em funcionamento (Santo Amaro Oeiras e outros no mundo) identificando alguns locais nos Açores com potencial para construção deste tipo de estruturas);
· Rabo de Peixe e Mosteiros (São Miguel) e Sta Catarina (Terceira) prioridades para 2009, iniciar conversações com as entidades com vista à salvaguarda destes locais
Outras linhas de acção
· Desenvolver diligências no sentido da “resolução” dos problemas de segurança nos locais de parqueamento de viaturas em zonas de surf (ex. S. Iria).
· Desenvolver esforços com vista à criação de protocolos entre a USBA e as transportadoras aéreas (SATA e TAP) no que concerne ao transporte de pranchas.

Há mais Btl para além das Vacas

Operadores turísticos portugueses optimistas quanto ao futuro. E isso foi coisa que não vi descrita em lado nenhum.

sexta-feira, janeiro 23

Era uma vez... os "meus" Livros do Ano

Preâmbulo: apesar de todos os indicadores 2008 foi – no que a leituras me diz respeito - um ano de crise. E espero não entrar em falência técnica. Ano de paternidade. Em que foram mais as fraldas do que as letras.

Neal Layton The Story of Everything
Ed. Circulo de Leitores

Neal Layton é um jovem ilustrador britânico com uma promissora carreira e que através desta história percorre 15 milhões de anos que vão desde a formação dos planetas às primeiras formas de vida, dos gigantescos dinossauros à queda de um meteorito na Terra, dos pequenos mamíferos que sobreviveram à catástrofe ao desenvolvimento dos seres humanos... A concepção gráfica revela imaginação e humor e é uma forma inteligente de introduzir a origem do universo e do planeta às crianças. O livro antes de chegar ao filho cativou, primeiro, o pai. E que aproveitou, naturalmente, esta oportunidade para aprender mais qualquer coisinha...

Fernando Pessoa O Banqueiro Anarquista
Ed. Assírio & Alvim (2007)

Oferta de um amigo ao filho do jovem pai. Leitura altamente recomendada para o jovem recém-nascido (à data da oferenda!). Apesar do autor de referência nunca me havia cruzado com o titulo pelo que aproveitei a ocasião para antecipar a leitura antes do herdeiro. Editado inicialmente em 1922 no n.º 1 da revista Contemporânea – O Banqueiro Anarquista - tem sido alvo de inúmeras edições e reedições. Trago-o aqui pois a temática é surpreendentemente actual. A técnica do anarquista consiste no seguinte modus operandi: não podendo vencer o sistema o nosso homem torna-se Banqueiro como forma última de vencê-lo. E a sua teoria é a de que só conseguimos vencer o dinheiro (e por acréscimo as convenções sociais) se o adquirirmos em larga escala e, nessa altura, estaremos imunes à sua influência... A ironia suprema. Daí a pertinência de o repescar, tendo em conta os tempos financeiros agitados que vivemos actualmente.

Arturo Pérez-Reverte O Pintor de Batalhas
Ed. Asa

O espanhol Arturo Pérez-Reverte é o escritor do pais vizinho mais lido em todo o mundo e é alguém que sigo com atenção. O Pintor de Batalhas foi comprado em 2007 mas só em 2008 é que lhe dei atenção. Diz a critica que este é o livro maior da carreira de Pérez-Reverte. Isso não discuto. Mais do que uma simples história de estórias é antes uma reflexão sobre a vida... é um livro sobre um fotojornalista de guerra, sendo que aqui pode haver um certo paralelismo com o próprio autor, ele próprio um antigo repórter de guerra... numa entrevista dada à Lusa por altura do lançamento em Portugal afirma estar cansado de guerra - «um lugar de onde nunca se volta» e que o homem é o animal mais perigoso e cruel que existe e que quanto maior a sua inteligência, maior a sua crueldade». A síntese perfeita. Para além do pendor histórico patente nos seus livros aborda questões da ética jornalista e do suposto carácter da independência do jornalismo que muitas das vezes de independente tem muito pouco. Leitura aprazível, de escrita fluida, minuciosa e com o seu quê de viciante...

Joaquim Paulo Jazz Covers
Ed. Tashen

A oferta de Natal a mim próprio. Edição imaculada que mais não é do que um objecto da história do jazz, com um critério eminentemente subjectivo, no qual Joaquim Paulo, o mentor do projecto, revela, através da sua selecção criteriosa, que a componente gráfica não é acessória e tem uma ligação intrínseca com a musica. Pois, segundo palavras do próprio, existe uma "cumplicidade entre os designers e os músicos. Há uma sintonia entre o que a capa mostra e a música". Podem comprová-lo através da sua disponibilização no site da Taschen. Joaquim Paulo, o autor, é profissional de rádio e consultor de diversas editoras, e o proprietário uma colecção de discos invejável com cerca de 25 mil títulos, dos quais seleccionou 650 capas de álbuns de jazz, dos anos 40 aos 90, com destaque para os discos de músicos como Miles Davis, Thelonious Monk, John Coltrane, Ornette Coleman, Count Basie, Stan Getz, Art Blakey, Bill Evans... A edição original é em inglês, mas está prevista a sua tradução em alemão, francês, espanhol e japonês. O português com ou sem acordo ortográfico está fora, para já, dos planos editoriais. "A escolha dos discos foi muito difícil, ficaram muitos de fora, mas os critérios foram a importância histórica, o grafismo e a raridade, porque há muitos que não têm edição em CD", explica Joaquim Paulo, que pondera realizar um segundo volume dedicado ao tema. Jazz Covers foi considerado o melhor livro de Jazz, em França, tendo-lhe sido atribuído pela Académie de Jazz o "Prix du livre de Jazz 2008". É um documento fundamental para redescobrir alguns clássicos e explorar muitas raridades suculentas...

Adriana Calcanhotto Saga Lusa – O relato de uma viagem
Ed. Quasi Edições

O diário de bordo da última tournée nacional da cantora brasileira que também passou pelos Açores. Daí a razão desta escolha, na medida em que vivi intensamente (por motivos profissionais) vários dos momentos descritos. Escrito de forma despretensiosa e acessível esta Saga Lusa torna visível as diferenças do português escrito no Brasil e em Portugal. Por esse facto, o livro inclui expressões de lá e cá de modo a auxiliar o leitor (ex. Piriri = diarreia - algo que entrou recentemente no meu léxico quotidiano). Dedica apenas 2 capítulos às Ilhas... dos quais cito a seguinte passagem: «(...) Cinco de Junho. À uma da tarde desci da recepção do hotel, ansiosa, para o passeio em alto-mar, sonhando ver pelo menos, uma ponta de rabo de cachalote. (...) Temos passagem de som no teatro antes do concerto então estarão de volta às três da tarde, ok? (...) quando o capitão situa: Não, não temos a certeza se estaremos de volta às três, nem se haverá baleias e nem mesmo se voltaremos, se é que algum viajante retorna, isto aqui é o mar, ó pá, não temos certeza de nada!». Pegadinha...

Para 2009...


Raul Brandão As Ilhas Desconhecidas
Ed. Frenesim

Oferecido pelo meu pai nas vésperas da partida, enquanto estudante, para a metrópole. Não obstante isso, o mesmo não seguiu na bagagem para a capital. Deixei essa leitura para outro tempo. 4º feira assisti, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada à antestreia do documentário “As Ilhas Desconhecidas” de Vicente Jorge Silva numa adaptação livre, como o próprio disse, da obra homónima de Raul Brandão. Sendo que depois da magnifica introdução do Prof. Machado Pires, com humor e saber, sobre a obra e o autor, achei que era tempo de repescar o livro à estante e de descobrir a profusão de cor e luz com que Brandão baliza os Açores. Talvez não haja um tempo mais adequado do que este para o fazer.

* Intervenção preparada e não concretizada na edição Livros do Ano 2008 da Livraria Solmar. Ao José Carlos o meu pedido de desculpas público mas imperativos familiares do foro da assistência médica domiciliar inviabilizaram a minha participação no referido evento.

** Ler o quê? Tudo. Anúncios, legendas, jornais e até receitas de culinária, mas principalmente literatura. E para quê? Estas e outras questões em discussão ontem e hoje na Fundação Gulbenkian, em Lisboa. Nem de propósito.

Vacas na Praça de Espanha. E depois?




Engenhosos estes senhores da Brand Builders!
Realizaram um plano de marketing:
- Típico de profissionais!
A falta de um plano de acção com $$$:
- Típico de consultores!
Esta campanha:
- Típica de amadores (o que não é necessariamente mau)!
Falar mal antes de se conhecer o verdadeiro impacto:
- Típico de nós açorianos!
Que os Açores não são só vacas, aceito (são pouco mais – por enquanto, claro está).
Que elas tenham vindo lá da Moita, pouco me importa.
Que a ANIMAL barafuste por não as querer à chuva, sabemos nós que interesse tem.
Viva o nosso Secretário Regional da Agricultura e Florestas que, sem palha na língua, pôs a ANIMAL no sítio.

As Vacas

Um velho chavão dos gurus da publicidade dita que não importa que falem mal desde que falem. No fundo o que pretende esta máxima é fazer passar a ideia de que não existe má publicidade, apenas existe publicidade. Peço desculpa por discordar. É que a mais recente trapalhada, para não lhe chamar outra coisa, das vacas “açorianas” a pastarem na Praça de Espanha veio, mais uma vez, revelar a galopante idiotice dos Srs. do marketing. Criar um acontecimento que ponha as pessoas a falar num determinado assunto pode ser bom para as campanhas políticas, mas angustia-me a noção de querermos vender um produto através de polémicas estéreis e ridículas. Já nem falo do facto de as ditas ruminantes nem sequer serem dos Açores, ou das queixas mais ou menos fundamentalistas dos defensores dos direitos dos animais. Falo antes nessa ideia pacóvia de que em pleno século XXI ainda devemos vender o destino Açores com um apelo às vacas, à bruma, às hortênsias e outras patetices bacocas que há muito deviam estar fechadas no baú dos tesourinhos deprimentes da RTP-A. Acreditam esses Srs. que etnografia é turismo e que os Açores são só vacas, oxalá tenham visto as declarações desarmantes de um transeunte que questionava se a campanha era para promover o “leite dos Açores”, pois… Mas eles vos dirão que são especialistas e que os objectivos da campanha foram atingidos e que valem todo o dinheiro que lhes foi pago. Eu por mim digo – salvem-nos dos especialistas.

Afinal é Independentista

Berta Cabral assina protocolo com a Sociedade Histórica da Independência de Portugal

RDP/A

A Senhora Presidente da Câmara de Ponta Delgada aproveitou a estada em Lisboa para assinar um protocolo com a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, instituição que tem como grandes objectivos, entre outros, "a promoção do culto do amor pela pátria" e a "preservação da dignidade de Portugal como nação livre e independente"! Assim mesmo, nem mais, nem menos.
No fórum online da vetusta e mui nobre instituição podem ler-se pérolas como "na vanguarda tecnológica, assegurando a permanência dos Valores: por aí é que vamos" ou "mais um Espaço de Combate, mais uma voz para se juntar às vozes de Portugal".
Resumindo: em termos estritamente culturais, não estou a ver as mais-valias imediatas, mas em termos de "combate" e de "valores", eu já percebi por onde é que a Senhora Presidente da Câmara de Ponta Delgada pretende ir e acho que não devíamos ir por aí. Não acho, tenho a certeza.

PS - Caro Pedro, e o Iberismo?!

quinta-feira, janeiro 22

...ruminantes !

...

Via : fôguetabraze

No âmbito da BTL colocaram a apascentar meia dúzia de frísias holstein na Praça de Espanha, em Lisboa, para promoverem a imagem dos Açores ! Apre ! Que ideia mais lupanar e terceiro-mundista que até não dispensa uma rudimentar gamela em plástico para a complementar ração das bestas, dado que os prados da capital não produzem erva suficiente para os tristes ruminantes. Ao que consta os bichos foram tomados de aluguer a um criador da Moita, pelo que, nem sequer representam a excelência do nosso gado. A ser isto verdade a campanha, além de péssima, é um logro que numa palavra se traduz por "publicidade enganosa"...de má qualidade. Mas, não só é má publicidade, por óbvias razões de salubridade e de exploração da decência e integridade dos quadrúpedes, como é também falta de bom senso e bom gosto.

Quanto à promoção dos Açores não resisto a importar esta ideia que não sendo geneticamente Açoriana é bem melhor e inteligente do que a do postal primário das "vaquinhas". Com o devido respeito, subscrevo-a integralmente e sem reservas :

AÇORES, BALEIAS E A TIA HORTÊNSIA, por AzimutePerdido
De Onde Se Bate Nos Açores, Salvo O Devido Respeito Pelo Ilhas E Pelo JNAS.


"Hoje tropecei numa publicidade de cartaz aos Açores onde se vê o logótipo do turismo açoreano, salvo erro da Direcção Regional de Turismo. Ao lado da palavra Açores aparece uma flor, mais concretamente uma Hortênsia estilizada, se é que se pode estilizar tal mostrengo averdongado. E fiquei a matutar no quão errado aquilo me parecia.

É que o raio da flor pouco ou nada tem de apelativo. Os Açores no imaginário da malta é mar, é meros – se é que os nossos amigos do
Catilinário ainda deixaram algum para amostra -, Açores é bicheza marítima e é sobretudo cachalotes e baleias. O imaginário turístico açoriano deve viver do mar, do café sport, do paredão da Horta, da vida anterior à volta da baleia e sobretudo da baleia e da sua observação. Para ver flores há milhentos sítios melhores por esse mundo fora. Ah, o cartaz fala depois do azul das baleias. Abelha.

Porque raio é que o símbolo base dos Açores e o logótipo do seu turismo não é uma baleia. Enorme. Gigante. Azul. Um colosso a descobrir antes que os jipónicos e os noruegos as comam a todas. Esse devia ser o símbolo dos Açores. Um animal, poderoso, mítico, raro e inatingível.

Atão mas alguém vai aos Açores ver as florinhas?. A malta quer é ver baleias, gordas, luzidias, jurássicas. Meter florinhas, quando têm à mão um dos ícones mais poderosos da criação é o mesmo que vender o Kénia com a floração das buganvílias e o Kruger Park com a beleza estonteante dos jacarandás. Ora vejam lá se o Allgarbe não se vende com as mamas das lontras inglesas. Ou andam lá a meter a flor da alfarrobeira?

Ainda por cima uma Hortênsia. Mas que raio de cabecinha chama Hortênsia a uma flor, e porque não Gertrudes ou Hermengarda? E a malta dos Azores eleva a Hortênsia à categoria de máxima representante e figura de proa da região. Quanto a mim mal. Eu dos Azores quero as Baleias. Faraónicas e dinossáuricas. Belas e livres como nenhum outro bicho. Hortênsia é tia afastada e a cheirar a bolas de naftalina."
Via : Tapornumporco

provocações gratuitas

Isto é um supúnhamos. Dando-se o caso, hipotético, de lá para 2012, se lá chegar, de a Dra. Berta, enfim, digamos que, ganhar (salvo seja) as eleições, será que o PSD-A vai todo de joelhos dar a volta ao Campo? É que com tanta promessa

A promessa

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Um congresso partidário, além de ser um palco onde se confrontam ideias, é também um encontro de pessoas. No XVIII Congresso do PSD/Açores foram muitas as participações de todas as ilhas do arquipélago. Ficou a certeza que a nossa Autonomia ainda funciona a 2 velocidades. A Região Autónoma dos Açores é, no início do Sec. XXI, uma máquina que carece de uma transmissão automática que ponha a engrenagem a funcionar em sincronia e igualdade. A Dr.ª Berta Cabral tem o capital político necessário para operar essa mudança. Desde logo, teve a clarividência de diagnosticar e expor essa realidade. Em congruência com essa urgente necessidade de coesão efectiva entre os Açorianos operou internamente uma renovação do PSD/Açores. Esta não se esgotou numa renovação de cerca de 70% dos dirigentes do PSD/Açores. Foi ainda mais longe ao optimizar o equilíbrio buscando uma distribuição equitativa entre todas as ilhas dos Açores. Efectivamente, se não aproximarmos as pessoas jamais poderemos ambicionar uma coesão efectiva entre os Açorianos.
Hoje, muito longe já da Autonomia fundacional e da criação das estruturas essenciais em termos de equipamentos públicos, os Açorianos continuam a viver isoladamente nas suas ilhas como se cada uma não fosse parte de uma unidade Regional. Como causa directa está a nossa descontinuidade geográfica que não se reduz quando o custo do transporte, de pessoas e bens, constitui uma força de bloqueio da nossa Autonomia. Acresce a esta causa outras que têm igual peso negativo como, por exemplo, o próprio projecto ilhas de coesão ao perversamente criar uma concorrência desleal do Estado com os empresários locais. Junta-se ainda a este rol o estado de abandono de determinadas ilhas, cujo paradigma da Graciosa é clamoroso, porventura vítimas de discriminação negativa por não militarem na mesma congregação partidária do Governo Regional. Aqui, como noutros casos, não tem sido efectuada uma justa e proporcional distribuição da nossa riqueza e variedade a bem dos Açorianos.
Sendo o PSD um partido de matriz personalista e humanista não poderá virar as costas às pessoas que devem ser a prioridade. Depois destas, os Açores, como uma realidade, afinada e calibrada, para funcionar a uma só velocidade: a coesão económica e social. Esta é uma responsabilidade governativa a qual deve ser feita sem concorrer com a liberdade da iniciativa privada. Estes são desafios que se colocam à Dr.ª Berta Cabral e ao PSD/Açores. Na liderança temos hoje uma verdadeira e efectiva alternativa que é muito mais do que a "estrela da companhia" ! A Dr.ª Berta Cabral, mais do que uma referência regional, é já uma referência nacional do PSD. Estou certo que marcará a diferença nos vários desafios que o futuro promete.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com

quarta-feira, janeiro 21

AP

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O Agente Provocador explora hoje o melhor da livraria de 2008. Herberto Quaresma e João Nuno Almeida e Sousa, convidam José Carlos Frias. + Logo pelas 22 horas na Antena 1 Açores...vai lá passar também Miss Grace Jones.

As Ilhas Desconhecidas

"As Ilhas Desconhecidas", um documentário realizado por Vicente Jorge Silva para a RTP-1, é exibido hoje, 4ª feira, pelas 21h30 em antestreia na Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada. A entrada é livre.

Sic Transit Gloria Mundi

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Sic Transit Gloria Mundi é uma locução latina que se traduz, cum grano salis, mais ou menos, por : "Assim passa a glória do Mundo". Dito de outro modo : Todas as honras mundanas são vãs e transitórias. Hoje, com a vinda do messias afro-americano, Bush, outrora idolatrado no seu próprio mundo, nomeadamente, por uma das bíblias da comunicação social, é hoje a imagem conveniente de um proscrito !
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Veremos se a mesma Time que, oportunamente, fez uma pagela panegírica em 2004 elevando Bush a ícone do ano, fará o mesmo daqui a quatro anos com a reeleição de Obama: o salvatori mundi. Como não creio em milagres resta esperar para ver o ordálio de Obama às mãos dos media…por enquanto ainda ostenta a auréola beatífica !
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terça-feira, janeiro 20

Obama day

Emissão em directo a partir das 16h da cerimónia da tomada de posse de Barack Obama.

Postal Ilustrado

Portas da Cidade. Ponta Delgada. 01.01.2009. Estes sanitários passaram 2 dias ao relento. Cheguei a temer pela sua segurança mas estiveram sempre securitados. Não quero aqui discutir as opções de animação e do cartaz turístico que presidiram à passagem de ano em Ponta Delgada. Mas este postal - de um centro histórico sanitado - era difícil deixar passar incólume.

segunda-feira, janeiro 19

Lagoa vale a pena!


O slogan «Lagoa vale a pena» - que, há já algum tempo, serviu para justificar a série de investimentos e melhoramentos para requalificação do concelho de Lagoa, para que se conseguisse atrair mais investimento e mais pessoas, para aumentar a massa crítica do concelho mais próximo de Ponta Delgada – foi rapidamente substituído pelo agora dito por muitos: «Lagoa valia a pena».

Quebrou-se a audácia, perdeu-se a visão do médio e longo prazo, fazendo com que no dia-a-dia as oportunidades se fossem perdendo, porque outros rapidamente tomaram a dianteira.

Não obstante as competências das pessoas que constituem o executivo camarário, é certo que se perdeu a matriz de desenvolvimento que, nos últimos anos, caracterizou o caminho escolhido, fazendo com que os munícipes de Lagoa vissem o seu concelho elevado a um patamar de cosmopolitismo considerável.

Não sei bem o que se terá passado mas, o que é certo é o facto de hoje se sentir que houve outras pessoas que, noutros sítios, também almejaram o seu desenvolvimento e nós perdemos a dinâmica, que havia sido imprimida anteriormente, passando a Lagoa a ser gerida como uma conta corrente – preocupados apenas com o deve e haver -, deixando de lado as aplicações a prazo e o capital de risco.

Medidas como: dividir o concelho, na sua geografia, e encontrar as áreas mais indicadas a receber – tipificadamente – os investimentos de imobiliário, investimentos empresariais e investimentos na animação turística; requalificar essas zonas, dimensionando-as correctamente e dotando-as com as infra-estruturas adequadas para que possam responder aos novos desígnios; seleccionar os tipos de equipamento a instalar e, sobretudo, contribuir para que a mentalidade das pessoas se vá alterando, no sentido de serem mais - significativamente mais – permeáveis a este novo ciclo de desenvolvimento dos Açores, deviam ter sido implementadas.

Em vez disso, zonas emblemáticas como o Largo do Porto e a Piscina Municipal que, nos últimos anos, conheceram um melhoramento muito significativo, através de um arranjo urbanístico vanguardista e verdadeiramente requalificador, estão abandonados à sua triste sorte, sem sequer terem tido tempo de se consolidarem como uma oferta diferenciadora, deitando a perder todo o investimento lá feito, bem como, todo o seu potencial.

Aquela zona é hoje conhecida pelas piores razões, como: a degradação patrimonial do edifício que no porto abriga, simultaneamente, um restaurante (fechado) e armazéns de aprestos de pesca; o estado financeiro lastimoso em que se encontram todos os restaurantes ali instalados que, por falta de uma política assertiva para o sector, não conseguem o retorno mínimo desejável; a deficiente circulação viária (um autocarro com turistas, que se atreva lá chegar, não consegue de lá sair); a indisciplina em termos de estacionamento; etc., etc..

Em resumo, a falta de visão e de sentido competitivo leva à ausência de soluções estimulantes que, por sua vez, afecta a saúde económica das empresas, fazendo com que o problema social se agrave, situação óptima para políticos que gostem de ter as pessoas necessitadas de um punhado de medidas políticas de cariz social e reveladoras do sentido de compaixão, típico da ideologia distorcida de «uma esquerda miserabilista».

Bush yourself a farewell laugh



O Top 10 de David Letterman para os melhores momentos da George W. Bush. A demonstração inequívoca de que em Democracia o humor também é possível.

domingo, janeiro 18

...Eu hoje deitei-me assim

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Quando o Mundo e a América fazem a festa da "coroação" de Obama é oportuno ver, ou rever, este "In the Valley of Elah". Fica-se sem saber, no concerto das nações, quem são os Golias deste mundo e se David poderá ser, por exemplo, Obama ao içar de novo a bandeira dos Estados Unidos. Aparentemente este "In the Valley of Elah" é mais um panfletário filme de propaganda contra a Guerra do Iraque e, consequentemente, anti-Bush. No fundo, é um filme sobre a América e sobre a degenerescência da sua "melhor juventude". Um filme arrebatador com um dos melhores actores do cinema Americano : Tommy Lee Jones. Obrigatório para devotos e infiéis da Stars and Stripes.

Ficheiros temporários

"Não é leal perante o eleitorado apresentar a mesma pessoa como candidato a deputado e a presidente de câmara, sendo que os dois cargos são incompatíveis entre si. Portanto cada pessoa só poderá ser candidato a um dos lugares, por respeito para com os mandatos, por respeito para com os eleitores"
Por vezes será conveniente limpar o histórico.

Desculpe, importa-se de repetir?!

"Todos os dias me dizem que já se torna insuportável as mesmas caras, as mesmas políticas, as mesmas pressões indirectas"
É curioso, pois dizem-me exactamente o mesmo em relação à gestão de quem profere tão nobres declarações.

sexta-feira, janeiro 16

Congressos

Quase em cima de começar mais um Congresso dos sociais democratas açorianos, gostava de deixar publicamente, em meu nome pessoal e do :ILHAS, um testemunho de saudação e elogio ao Dr. Costa Neves e à sua direcção do PSD/A. Foram a única direcção de um partido regional que, até à data, teve a coragem e a demonstração de abertura, pluralidade e de incentivo ao debate livre e democrático de ideias, ao terem convidado e acreditado Blogues a assistir aos trabalhos de um Congresso partidário. A Democracia não é só um chavão, é uma prática e essa prática passa pelo debate livre entre opiniões divergentes.

O princípio do mesmo

A Dra. Berta deu uma entrevista à Dra. Maria João Avillez - é que faz mesmo todo o sentido -, publicada na edição de ontem da Sábado. Mais uma vez, e entre outras insuficiências, revelou as insanáveis e costumeiras dificuldades de relacionamento que tem com os conceitos de tempo e de estatística eleitoral. Ela, que está na política açoriana desde 1980, é renovação; o PS, que é Governo desde 1996, está no poder há 16 anos, o que, judiciosa como ela gosta de ser, "é inadmissível no século XXI"; o PS, que venceu as eleições de Outubro último com 20% de vantagem sobre o PSD e renovou a sua maioria absoluta, está "efectivamente em fim de ciclo"; ela e o PSD, que tiveram o pior resultado da sua história, estão preparados para ganhar tudo e cheios de convicção.
A coisa bem espremida não dá nada, embora tenha muito menos lugares comuns, provérbios e adivinhas (a parte das adivinhas é reinação) do que a Moção Global de Estratégia que a Dra. Berta vai colocar hoje à consideração dos delegados ao Congresso.
Num texto de grande pendor popular, que é também um misto de literatura inspiracional, a Dra. Berta diz que é preciso ir "devagar que temos pressa", que "para a frente é que é caminho", que "a união faz a força", que (não se apressem) "há sempre lugar para mais um" e que "só se confia em quem se conhece". Embora "cada coisa a seu tempo", o certo é que "quem sabe sabe" e que "querer é poder". Como tal, "onde todos trabalham nada custa", mesmo sabendo que "sem jovens não há futuro" e que "o seguro morreu de velho".
A minha parca preparação económica e a minha débil bagagem cultural não me permitem atingir outras tiradas de valor idêntico às já salientadas, mas mais elaboradas, como por exemplo, a ideia de que "o crescimento económico não é naturalmente uniforme mas o desenvolvimento social tem que ser tendencialmente igualitário" ou a imagem do "salto cultural", que deve ser de facto todo um programa político em si mesma soubera eu vislumbrá-la na prática.
Há quem pense que este tipo de documentos não interessa e que o que conta são as pessoas. Neste particular, a Dra. Berta também começou bem a sua onda de renovação e reformismo. Convidou para Secretário-Geral do PSD/A Humberto Melo, um jovem de espírito, cuja participação partidária de mais de 30 anos nem se nota.
A Dra. Berta acha que dizer faz acontecer. Desmerece a opinião dos açorianos, porque é auto-suficiente em termos de análise política. Ela sentencia, as coisas surgem. Falta-lhe perder. A derrota abre muito os horizontes. Eu, que me sentei três anos numa bancada municipal muito honrada e muito minoritária, mesmo em frente a ela, sei do que estou a falar, mas, mesmo assim, admito que não aconteça.

Forças de bloqueio

«It's time. Long past time. The best strategy to end the increasingly bloody occupation is for Israel to become the target of the kind of global movement that put an end to apartheid in South Africa».
A opinião defendida por Naomi Klein pode ser susceptível de polémica. Não obstante o aparente radicalismo da mesma a verdade é que a condenação da comunidade internacional não tem sido proporcional à intervenção militar israelita desencadeada em Gaza (e se foi das duas, uma: foi ignorada; foi inconsequente ou na pior das hipóteses foi conivente). Haverá uma solução pacifica para o conflito? Os EUA com Obama irão agir de modo diferente? Que papel pode ter a ONU e a comunidade internacional na resolução desta situação? O porquê da reluntância de Israel com a ajuda humanitária? As respostas não são de redacção fácil. A indiferença e o encolher de ombros perante a tragédia em curso definem, cabalmente, estes tempos de crise.

quinta-feira, janeiro 15

DEFINITIVAMENTE A NÃO PERDER



NORBERTO LOBO
GALERIA/BAR ARCO8
| SEX 16 JAN | 23H00

Sobre o autor ler e ouvir + no site da Bor Land

A GRANDE TRETA DO ANO

Um açoriano na Casa Branca



O fotógrafo oficial de Barak Obama é açor-americano. Pete Souza foi também fotógrafo oficial de Ronald Reagan e é um premiado foto-repórter freelancer, sedeado em Washington.

Vá para fora cá dentro

Hoje no Bartoon. Visto 1º no Sofá.

Conversados


Julgo que sobre foras-de-jogo escandalosos e jogos ganhos por causa do árbitro estamos conversados. Pelo menos com os Sportinguistas.

Bandeirola

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"1.A Região tem bandeira, brasão de armas, selo e hino próprios, aprovados pela Assembleia Legislativa. 2. Aos símbolos da Região são devidos respeito e consideração por todos. 3. A bandeira e o hino da Região são utilizados conjuntamente com os correspondentes símbolos nacionais e com a salvaguarda da precedência e do destaque que a estes são devidos. 4. A bandeira da Região é hasteada nas instalações dependentes dos órgãos de soberania na Região e dos órgãos de governo próprio ou de entidades por eles tuteladas, bem como nas autarquias locais dos Açores." Literalmente é este o texto do artigo 4º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, aprovado pela Assembleia da República, pela revisão operada pela Lei 2/2009 de 12 de Janeiro.
Lei esta, recorde-se, de "valor reforçado" porque carece de aprovação por maioria de dois terços da "deputação" da República Portuguesa, como obriga o n.º 3 do art.º 112 e a alínea f) do n.º 5 do art.º 167º da Constituição. Ora, a fazer fé nas notícias propaladas cá no burgo o Comando da Zona Militar dos Açores, com dolo directo, prometeu sublevação marcial nesta matéria recusando hastear a bandeira dos Açores nos quartéis e casernas da Região! Este é apenas mais um episódio pícaro no folhetim da aplicação do nosso Estatuto. Depois do Presidente da República ter deixado passar por "lapso político" a fiscalização de outras normas de natureza inane, agora temos um subordinado do Comandante Supremo das Forças Armadas a fazer gala de que não cumpre com as Leis da Assembleia da República. Ora, nem mesmo o Professor Cavaco Silva se lembrou deste crime de lesa-República e, consequentemente, sancionou o devido respeito aos símbolos da Região ao promulgar no pacote de revisão estatutária o citado art.º 4º.
O episódio é mais uma guerra de diversão com as Autonomias que só se compreende no subconsciente de um centralismo atávico. Junta-se a este trauma uma desconfiança congénita em relação à Autonomia, como solução de compromisso histórico em relação às erupções independentistas, e logo temos um rol de apóstolos do terreiro do paço. Pelo evangelho de Lisboa e dos interesses da República pregam contra os símbolos da Autonomia, mesmo pecando contra as Leis da República (!), e se precisam de apoio dogmático têm sempre à mão a habitual cartilha de eméritos constitucionalistas com a oportuna interpretação restritiva da lei.
Uma bandeira é apenas um símbolo! Mas este e outros episódios também simbolizam seculares tradições de centralismo e de má consciência para com os Açores e a Madeira. Aquietem-se que não será por termos a nossa bandeira junto ao vosso pavilhão que seremos "independentes". Somos como vós cidadãos da mesma República, obrigados ao mesmo jogo da legalidade, que não prescinde também das respectivas bandeirolas para decretar offside a quem não deve respeito às regras da República.

João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com

quarta-feira, janeiro 14

Agente Provocador

O primeiro Agente do ano volta à antena na companhia de Aníbal Pires. Mais logo a partir das 22h10.

Montes de Sarilhos


Habituei-me a ser, muito por força da minha vivência universitária, admirador do progressismo contido do senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, que sempre me pareceu capaz de se adaptar ao andar dos tempos. É por isso com acrescida desilusão que o ouço e leio dizer, num evento suspeitosamente intitulado "125 minutos com Fátima Campos Ferreira", no Casino da Figueira da Foz (ele há irónias cénicas!), às jovens "europeias de formação cristã" que tenham "cuidado com os amores" e que "pensem duas vezes em casar com um muçulmano (sic)". "É meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde acabam", rematou.
Se calhar foi do ambiente maníaco do Casino, se calhar foi da visão de Fátima Campos Ferreira e antecipando a ideia de ter de falar com ela durante 125 minutos, se calhar foi pela desobriga que um evento mediático traz a um responsável religioso, se calhar foi só azar. Mas o certo é que é da mais pura e quadrada estereotipização religiosa e não ajuda nada para a inclusão que, imagino, a Igreja Católica está, estatutariamente, obrigada a promover.
O Senhor Cardeal Patriarca é, ou pelo menos foi durante muito tempo, fumador. Imagine-se o que seria o imã da Mesquita de Lisboa a avisar as muçulmanas para não casarem com fumadores porque seria uma carga de trabalhos e que elas que perguntassem ao Eng.º Macário Correia?!

sábado, janeiro 10

... e, para que se faça dia!


O Professor Doutor Duarte Ponte – anterior Secretário da Economia (para os que não o conheciam) – afirmou emocionado, no jantar de despedida presenteado pelos hoteleiros de S. Miguel, ter consciência de que nem tudo o que foi feito foi bem feito mas, orgulha-se de ter conseguido por o cidadão comum a falar de Turismo.
No rigor, era por aqui que tudo devia ter começado. Teríamos evitado alguns atalhos que trouxeram trabalhos dobrados e despesas indesejáveis; teríamos tido a oportunidade de olhar melhor para a redefinição do modelo de desenvolvimento turístico da Madeira, em vez de estarmos a cantar de galo e dizer que não íamos repetir os seus erros; teríamos desenvolvido a humildade necessária para nos socorrermos de pessoas que, com o verdadeiro conhecimento de causa, nos podiam ter – seguramente – ajudado; enfim…
Não obstante e em abono da verdade, não podemos perder o norte. Todos nós sabemos que, quase sempre, temos que levar uma sacudidela (às vezes bem forte) para nos pormos a mexer, caso contrário, nada chega a ser verdadeiramente conseguido. Importava não deixar amadurecer esse fruto da nossa idiossincrasia e lá avançamos.
Todas estas (a dada altura estúpidas) considerações servem para dizer que não vale a pena dramatizarmos o estado em que nos encontramos. Em vez disso, é imperativo que possamos agora parar de falar (alguns até, como baratas tontas, dizem muitas asneiras tipo “isto já era previsível”. Tipos que nunca conseguiram prever nada de jeito nas suas vidas nem nos assuntos sobre os quais sempre escreveram), para reflectir sobre as actualizações que temos que encetar. É preciso «enxertar». Há enxertos de vários tipos e feitios. Podemos fazê-los como os quisermos mas, também podemos convidar especialistas a fazê-los.

sexta-feira, janeiro 9

quinta-feira, janeiro 8

O Estado da Região

Grandes temas da actualidade regional em debate na RTP-Açores

O programa de grande informação do jornalista Osvaldo Cabral, "O Estado da Região", regressa á antena nesta nova temporada de Outono/Inverno, quinzenalmente, ás quintas-feiras á noite.
O programa continuará atento aos grandes temas da actualidade regional, nos mais variados assuntos, tendo como convidados os principais protagonistas destes acontecimentos, com vista ao debate, interpretação, comentário ou grande entrevista.


Esta noite, pelas 20:45, na RTP-Açores

Convidados: Carlos Melo Bento, Jorge do Nascimento Cabral, Paulo Simões e Pedro Arruda

Em debate as análises e as previsões para o ano político e económico de 2009.

quarta-feira, janeiro 7

Por Israel

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Poderá um Estado de Direito, reconhecido como tal pela comunidade internacional, estar à mercê de biltres terroristas? Poderá uma Democracia, praticada como tal na própria ordem interna, estar refém de associações criminosas e de teocracias onde predomina um fanatismo equivalente ao fascismo? Poderá ter razão o axioma de Oriana Fallaci que, nos escombros do 11 de Setembro, sentenciava que "quanto mais democrática e aberta é uma sociedade, mais se expõe ao terrorismo"? Certamente que, em abstracto, as respostas a estas questões não serão ambíguas. Porém, quando se concretiza e identifica essa Nação como sendo o Estado de Israel a intelectualidade do "prime time" faz inversão de marcha numa entorse de princípios que só se justifica à luz de um claro preconceito contra a sobrevivência da "estrela de David". A actual "acção sanitária" no território do Hamas, que é hoje a faixa de Gaza, mais não é do que devida legítima defesa de um Estado soberano contra a barbárie. Recorde-se que a Faixa de Gaza foi conquistada por Israel em 1967 após a Guerra dos Seis Dias, desencadeada pelo Egipto, Jordânia e Síria, verdadeiros Golias do mundo Árabe, que não só perderam a guerra como também a península do Sinai, a Cisjordânia, os Montes Golã e, claro está, a Faixa de Gaza que, recorde-se, era território Egípcio que estes abandonaram quando reconheceram o Estado de Israel! A ocupação destes territórios era então essencial à segurança e defesa de Israel. Como sabemos Israel devolveu voluntariamente a Faixa de Gaza "às autoridades palestinianas" e, unilateralmente, retirou colonos e soldados do mesmo território. A imaturidade palestiniana logo resultou em rixas internas que culminaram numa guerra civil no território de Gaza entre a Fatah, uma excrescência desse nobelizado homem de paz que foi Arafat, e a milícia Hamas, uma sucursal da organização terrorista Irmandade Muçulmana que se afirmou no Egipto moderno e que inspirou, a par do movimento Wahabista na Arábia Saudita, a fundação da Al-Qaeda. Em suma: patrocinar, ainda que solidariamente, a causa do Hamas e da Faixa de Gaza equivale a propagandear o evangelho de ódio da Al-Qaeda. Esta lógica tão linear parece contudo escapar à intelectualidade do "prime time" ! Fica-lhes bem o semblante contristado com a desdita de Gaza que exibem em marchas compungidas contra Israel exigindo o fim da ofensiva militar. Não lhes ocorreu, em momento algum, marchar contra o terror perpetrado contra civis Israelitas pelos rockets do Hamas ? Nunca lhes moveu o ideário de libertação de um povo oprimido pelo próprio Hamas que tomou de assalto Gaza e que se fundiu com os civis ao comando de escolas, mesquitas e até hospitais? Não! Preferem alinhar com uma causa que é a própria negação dos alicerces da nossa civilização de matriz judaico-cristã!
Israel é hoje cada vez mais um milagre indispensável e um oásis de modernidade numa região dominada por medievas teocracias e monarquias tribais.
Mesmo quem não advoga o sionismo e a mitologia da "terra prometida" não pode, honestamente, deixar de admirar a resiliência histórica de Israel na qual se inscreve agora esta ofensiva de Gaza. Recordo a este propósito as palavras de George Steiner : "Infelizmente, não consigo ver-me a fazer parte de qualquer pacto com Abraão. Pelo que não possuo nenhuma propriedade, divinamente outorgada, em qualquer hectare do Médio Oriente – nem noutro sítio qualquer. É uma falha lógica do sionismo, um movimento político-secular, invocar um místico das escrituras cuja teologia não pode, em verdade, subscrever. Seja como for, o enigma, a singularidade da sobrevivência dos judeus depois do shoa, convence-me da existência de um desígnio. Israel é um milagre indispensável. O seu surgimento, a sua persistência contra todas as frentes militares e geopolíticas, os seus feitos cívicos, desafiam quaisquer expectativas razoáveis. Hoje em dia, porém, Israel encara a normalidade com uma paradoxal satisfação. Permanece indiferente às ondas de crime, corrupção, mediocridade política e vulgaridades quotidianas que caracterizam as nações em toda a parte. Onde Jeremias pregou, irado, existem hoje bares de topless". Em Israel, como na Atenas de Péricles, os cidadãos podem orgulhar-se de praticar a liberdade e a tolerância na sua vida privada com o mesmo orgulho que possuem na obediência à lei nos assuntos públicos. Estes atributos de Liberdade não vigoram na maioria dos "territórios" vizinhos de Israel. Será tolerável exigirmos de Israel a total passividade quando, pelo terror, o Hamas e demais comandita, quer exportar o domínio da submissão islâmica? Nunca, sob pena de também negarmos a nossa existência.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com

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1. Açores 2010
2.
Coisas do Arco-da-velha
3.
Combustões
4.
Dragoscópio
5.
E Deus criou a mulher
6. Filipe Franco Photoblog
7.
Foguetabraze
8.
Máquina de Lavar
9.
Sound + Vision
10.
Tapornumporco
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Regresso na companhia festiva de Debbie Harry que vos saúda com votos de um excelente New Year. De 2008 está feito o balanço também em matéria de blogs. Foi um ano de acentuada pauperização da blogoesfera. Com esta tendência não é fácil elaborar uma lista que registe qualidade q.b. O rol que aqui fica não é um Top. É apenas, por ordem alfabética, a minha colheita dos 10 melhores blogs de 2008. O critério é radicalmente subjectivo por isso desde já me penitencio pelos injustamente excluídos. Gostaria de ver as escolhas dos "laureados", desafio que aqui deixo aos interessados. Fora da lista está, infelizmente, o Blog do Ezequiel (ex-redactor do :Ilhas) que acometido de doença súbita teve morte presumida com a consequente extinção digital do mesmo.

Ódio

O ano terminou e começa em Guerra. Apesar da expectável invasão terrestre da Faixa de Gaza por Israel, esta incursão sobrecarrega negativa e incomensuravelmente a agenda deste início de 2009, num ano de expectativas moderadas e que se quer (ou que muitos querem) de crise e de pessimismo.

Esta é a maior operação militar israelita na Faixa de Gaza desde 1967, numa acção tida como defensiva por Israel e uma resposta aos ataques de rockets perpetrados pelo Hamas. O fosso bélico entre ambas as forças em disputa é abissal, sendo quem mais sofre neste(s) conflito(s) são civis, pelo que podemos estar perante a iminência de uma ampla tragédia humanitária. Não obstante, a intensa pressão diplomática internacional, muitas dúvidas se levantam quanto à duração da operação militar em curso e na resolução pacífica do conflito. Alguém terá de mediar o extremar de ambas as facções, pois há a questão social inerente e perante a qual ninguém pode e deve ficar indiferente, apesar da banalidade com que encaramos a violência das imagens que nos chegam à hora de jantar... No momento em que escrevo estas linhas, Israel acaba de rejeitar os apelos dos diplomatas europeus, de visita a Jerusalém. Um mau prenúncio.

No eclodir desta guerra, sem fim aparente, está o facto de Israel ter declarado Gaza como uma "entidade hostil" e o reconhecimento do Hamas, não como uma entidade governativa, mas sim como uma organização terrorista. O entendimento, como já vimos, prevê-se difícil. A situação naquela zona do globo progride sob o espectro da guerra e na luta pelo controle de territórios estratégicos. Os interesses sobrepõem-se à razão e o Médio Oriente afigura-se, uma vez mais, como um imenso barril de pólvora alimentado por ódios culturais de índole religiosa. Os Estados Unidos, os “mediadores” desta crise, mantêm, na véspera da entrada em cena do novo player, um silêncio ensurdecedor, cuja omissão poderá apenas significar o seu agreement.

O directo televisivo de Gaza não é um simulacro e pouco ou nada tem de optimista. O Ódio tem um perigoso poder de atracção...


* edição de 06/01/09 do AO
** Email Reporter X
*** Imagem X Guardian

terça-feira, janeiro 6

pub institucional



A USBA – União de Surfistas e Bodyboarders dos Açores, é uma associação sem fins lucrativos, recentemente criada na ilha de São Miguel, com extensão a todo o arquipélago, que visa promover e desenvolver os desportos de ondas na Região bem como zelar pela protecção e valorização do património natural onde os mesmos são praticados.

No âmbito das funções da sua comissão instaladora gostaríamos de convidar todos os interessados a estarem presentes na sessão pública de apresentação e de divulgação da USBA que terá lugar no Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada, Sala do Forno, dia 9 de Janeiro pelas 21H00.


A comissão instaladora

Pedro Arruda, Pedro Medeiros, Vasco Medeiros

Alta Fidelidade

O agregador de blogs Hype Machine apresenta durante esta semana a lista dos 50 álbuns (com audição completa), artistas e canções que mais entradas tiveram - em blogs de música - durante 2008. Lido primeiro em Remixtures.

Weekend Postcards

Lagoa do Fogo. São Miguel. Açores. 04.01.2009. Um postal recorrente mas cuja beleza singular o torna intemporal.

Aviso à navegação

A pedido dos utilizadores foi suspenso o autoplay da Jukebox, pelo que bastará clicar em play para aceder à ost do :ILHAS. Que o som esteja connosco...

segunda-feira, janeiro 5

E os Açores? Alguém me diz onde param os Açores?

MADEIRA ELEITA A 6ª MELHOR ILHA DA EUROPA PELA CONDÉ NAST TRAVELER

A votação, que decorreu ao longo dos últimos meses e é divulgada na revista de Novembro, confirma a ideia de que a Madeira combina natureza com alojamento e serviço de grande qualidade, conferindo-lhe um estatuto de destino sofisticado para públicos exigentes. Evidencie-se ainda outro factor relevante, que se prende com as unidades hoteleiras. Neste âmbito, a região marca também presença no “25 Top Europe Resorts”, conquistando o 21º lugar com o Reid’s Palace.

Em edições anteriores as Quintas da Madeira já tinham obtido lugares de destaque junto do público da revista, nomeadamente a Quinta da Casa Branca (arquitectura), a Casa Velha do Palheiro (Golf), a Quinta da Bela Vista (Tradição) e Quinta do Monte (História).
A Região Autónoma da Madeira tem vindo a arrecadar sucessivos prémios e nomeações em revistas estrangeiras, mas segundo a Direcção Regional de Turismo da Madeira publicou na sua newsletter deste mês, “uma distinção da Condé Nast Traveller, cuja circulação mensal é superior a 800 mil exemplares, confere ao destino um reconhecimento ímpar, uma vez que esta chega a mais de 3,5 milhões de leitores”.

A vida na blogosfera

O PPM deu por terminada a epopeia do Atlântico. A propósito desta despedida uma óptima entrada.

Lunch break

Legenda: Risotto de Rosbife c/ Pesto * Local: Colmeia Confeitaria & Snacks Gourmet * Solmar Avenida Center. Ando por aí...

sexta-feira, janeiro 2

Sempre Alerta


LOW COST
O fim da classe média
Edição especial, Teorema - 2008

É verdade que, desde 2006 – data em que foi editado na sua versão original “La fine del ceto médio” -, o livro já foi alvo de imensas análises - sobretudo de cariz socio-económico - e propósito para muitas conversas com os autores Massimo Gaggi (jornalista do “Corriere della Sera” em Nova Iorque) e Edoardo Narduzzi (empresário das novas tecnologias).

Aqui, longe dos holofotes que agora se acendem sobre a «low performance» económica dos modelos sociais capitalistas, o que proponho é uma reflexão socio-política sobre os efeitos do fenómeno low-cost, como algo decorrente de uma mudança radical de paradigma das sociedades deste lado do globo.

Muitos de nós estranham o facto de medidas políticas e tomadas de posição, levadas a cabo pelos dois partidos com maior representatividade nesta nossa democracia, serem muitas vezes confluentes. Segundo os autores, tal fica a dever-se à necessidade de se efectuar “contínuos ajustamentos para manter a competitividade do sistema”, no qual vive a nossa sociedade e que “impele as forças políticas mais pragmáticas a renunciarem a posições ideológicas excessivamente rígidas, passando a privilegiar o bem considerado essencial – a produção de riqueza. (…) a democracia representativa tem de levar em conta a pulverização dos interesses, que já não se podem basear no coágulo de ideologias «fortes»”

Como, nas palavras de Berta Cabral, nos aproximamos de um novo ciclo político, esta é, portanto, uma leitura altamente recomendada.
P.S. Agradecido ao Sr. Pascoal pela forma titânica como acrescentou actualidade, neste período de elevado teor calórico.

Do mal o menos

Banca mantém investimento em projectos de responsabilidade social e cooperativa
Apesar da situação financeira mundial apelar a cortes ditos supérfluos as maiores instituições financeiras nacionais mantêm o apoio às iniciativas culturais e sociais e, em alguns casos, existe, inclusive, um reforço de financiamento comparativamente a 2008. Um exemplo digno de registo e um indicador de confiança fundamental que deve ser acalentado por outras entidades congéneres.

quinta-feira, janeiro 1

Aviso à navegação

Ano novo & nova jukebox com episódios daquilo que melhor se ouviu em 2008 (já não suportava ouvir o Blue Christmas, as minhas desculpas ao proponente anterior...). O header do :ILHAS é novamente retirado da lente do Francisco. Até já...

Bom Ano

Estes têm sido os fiéis companheiros da festa. Uma sugestão camarada. Bom Ano!

CARM

Companhia das Lezírias