domingo, janeiro 27
I'm all fired up
Barack Obama ganhou as primárias da Carolina do Sul. Ganhou de forma muito expressiva contra John Edwards,um populista de kenish looks que jogava em casa, e contra Hillary Clinton, que além de dominar o aparelho do partido Democrata, conta ainda com a ajuda militante de um marido devotado que, bem vistas as coisas, pretende tornear o impedimento constitucional de voltar à Casa Branca. É difícil não gostar do Bill Clinton. Eu gosto dele e é por isso que deploro o - tão diligente quanto triste - papel que tem estado a desempenhar na campanha da mulher. Mesmo com o seu southern charm de rapaz do Arkansas, Bill Clinton rendeu hoje poucos dividendos políticos a Hillary no eleitorado afro-americano. Há tiros que saem pela culatra. Hillary apanhou a correr o avião para o Tennessee, sem ter a decência de se despedir do seu eleitorado na Carolina do Sul, e discursou em Nashville perante uma audiência saída de um casting do Cabaret da Coxa. Nem queria acreditar no que estava a ver. Em contrapartida, Obama aproveitou habilmente o momentum para se dirigir a toda a nação, ao mesmo tempo que - aprendida a lição do New Hampshire - assegurava aos seus apoiantes que a corrida à nomeação dos Democratas estava longe de serem favas contadas. Barack Obama ganhou hoje um grande impulso para encestar mais bolas na Super Tuesday. E além disso acabou de receber um endorsement muito especial: Caroline, a filha de John Fitzgerald Kennedy, assina hoje um Op-Ed no New York Times cujo título diz tudo - A President Like My Father.
P.S. A moça da foto não é a Caroline. A Caroline ainda é muito melhor.
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