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Barack Obama ganhou as primárias da Carolina do Sul. Ganhou de forma muito expressiva contra John Edwards,um populista de kenish looks que jogava em casa, e contra Hillary Clinton, que além de dominar o aparelho do partido Democrata, conta ainda com a ajuda militante de um marido devotado que, bem vistas as coisas, pretende tornear o impedimento constitucional de voltar à Casa Branca. É difícil não gostar do Bill Clinton. Eu gosto dele e é por isso que deploro o - tão diligente quanto triste - papel que tem estado a desempenhar na campanha da mulher. Mesmo com o seu southern charm de rapaz do Arkansas, Bill Clinton rendeu hoje poucos dividendos políticos a Hillary no eleitorado afro-americano. Há tiros que saem pela culatra. Hillary apanhou a correr o avião para o Tennessee, sem ter a decência de se despedir do seu eleitorado na Carolina do Sul, e discursou em Nashville perante uma audiência saída de um casting do Cabaret da Coxa. Nem queria acreditar no que estava a ver. Em contrapartida, Obama aproveitou habilmente o momentum para se dirigir a toda a nação, ao mesmo tempo que - aprendida a lição do New Hampshire - assegurava aos seus apoiantes que a corrida à nomeação dos Democratas estava longe de serem favas contadas. Barack Obama ganhou hoje um grande impulso para encestar mais bolas na Super Tuesday. E além disso acabou de receber um endorsement muito especial: Caroline, a filha de John Fitzgerald Kennedy, assina hoje um Op-Ed no New York Times cujo título diz tudo - A President Like My Father.
P.S. A moça da foto não é a Caroline. A Caroline ainda é muito melhor.
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