Para desilusão de muitos e sanguinários adeptos do wrestling o Duelo está suspenso e adiado sine die.
Por um ladO, o Amigo Tózé parece ter percebido que apesar de toda a minha biliosa prosa jamais tive intenção de o injuriar ou ofender. Por outro lado, e pela parte que me toca, retracto-me publicamente de qualquer possível ofensa à ADA e à sua Direcção.
Confesso também que, o que me moveu a esta picardia com a ADA foi o facto de não ser convidado pela mesma para as vernisages dos magníficos e recorrentes eventos culturais que promove. A última vez que lá estive foi num «sarau» de Jazz que, felizmente, sendo de entrada livre abriu as portas da ADA a um público mais vasto.
Mas o que verdadeiramente motiva este impulso de suspender unilateralmente o Duelo com o Tózé foram as comoventes imagens de reconciliação de Saramago com Durão Barroso! É verdade, foi um momento televisivo assaz emocionante que me fez arrepiar caminho! Efectivamente, tão desprendido e simbólico gesto de boa vontade e paz fraterna abalou a minha resolução belicosa.
Mas, não querendo ser egocêntrico, consigo até vislumbrar consequências mais vastas daquele simples «bacalhau» entre o nosso primeiro e o nosso prémio Nobel. Prevejo até como possível o abandono do exílio forçado em Lanzarote, todavia espero que o Nobilíssimo Saramago não tenha a infeliz ideia de trespassar o seu degredo para uma das nossas Ilhas. No todo Nacional há tantas e tão boas alternativas a quem está já habituado à aridez das Canárias, a começar, por exemplo, pelas Berlengas. Ao ver o nosso primeiro-ministro ladeado pelo Saramago só não percebi se este fez as pazes com o País ou com o PSD. Mais saberemos do enredo aquando do lançamento de mais um popular êxito, do agora candidato a voto em branco, cujo título é, como se prevê, «Ensaio sobre a Reconciliação».
Depois de tão elevado gesto de concórdia só resta a Saramago receber o Prémio Nobel da Paz. Conhecido o rol de premiados até não seria algo de muito bizarro.
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