Acabei de ler o que escreveu o Pedro e, estranhamente, o sentimento é-nos comum. Apesar de ser "alguém" que, verdadeiramente, não conheciamos acabou por estar presente em muitos momentos "importantes". Alguém que nos fazia lembrar Lisboa, o Bairro-Alto, as noites de 6ªfeira ao lado de uma velhinha mesa de flippers e a nossa luta, incessante, por 1 cadeira com direito a cerveja, amendoins e "caracóis". Entra em campo a memória. E dei por mim a vasculhar os confins do disco há procura de 1 artigo que escrevi, "noutro" tempo em LX, para a revista Inventio (em AAFDireitoL), coordenada pelo amigo Nuno. Encontrei-o!... Vou postá-lo em memória do sr. Manel. Tenham paciência.
One Night in Lisbon...
E quanto a um roteiro pelo Bairro-Alto? Bem, tenho que me basear naquele que normalmente faço. Primeiro, é essencial subir o Elevador da Glória que dá acesso ao Bairro, propriamente dito, que muito me apraz. E começar logo alí pelo velho Estádio, o primeiro que visitei desde que estou em Lisboa, pelo sr. Manel sempre a refilar - "deixem-me passar.Quantas são? Uma Super-Bock e uns amedoins…sim,sim…picantes". Ao lado podemos encontrar aquele bar…o dos livros! (falta-me agora o nome). A ideia é boa mas às tantas um livro no meio de tanta gente, de pouca luz, e com house sempre abrir, faz-me questionar a verdadeira utilidade e atenção que lhes é dada. E agora para onde ir? Ainda é cedo. Bem, ou vamos até à Tia Alice, antes que seja tarde, ou até ao Suave…Suave sim, o Café Suave…cool sounds…ok…!Para mais tarde ficam o Bartis, que já viu empregadas mais simpáticas, mas que tem bom jazz e umas tostas de frango-fabulosas. Em alternativa, há ainda o Majong, o Nova, o Pavilhão Chinês (dependente da companhia) e o Targus este depois do Suave…E, antes de ir a algum sítio dançar, há lugar para mais um cerveja numa das tascas da Rua Diário de Notícias. Vamos dançar onde? No Bairro os sítios não se mantêm abertos até muito tarde e as escolhas também não são assim muitas…sem hesitar - Os Três Pastorinhos, seguido do Frágil e do Captain Kirk…como opção temos ainda o Keops mas este também já viu melhores dias. A partir daqui não assumo a responsabilidade pelos menos responsáveis. Mas, o melhor, para quem veio de carro, é apanhar um táxi e acabar, a meu ver, no Bar do Rio, ou melhor no Indústria. E como dizia um amiga minha…"vamos mas’é ao Kremlin!" O pequeno-almoço fica ali pelo mercado da ribeira, em qualquer pasteleria de bairro ou numa dessas relotes, maradissímas, num ambiente perfeitamente surreal ao som dos Prodigy e com uma bifana acabadinha de sair. Se gosto da noite em Lisboa? O melhor será nem falar nisso. Sr. Manel…é + 1, se faz favor. (algures em meados de 90's)
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