domingo, dezembro 28
Os melhores discos de 2008
nº5 "dear science" tv on the radio
Finais de setembro. No bairro de brooklyn, em nova iorque, desde 2006, é conhecida a vida e a música de um grupo que nunca escondeu óbvias referências a david bowie, prince e aos talking heads, sobretudo na sua fase de maior criatividade, em finais de 70 e inicios de 80. Os tv on the radio apresentaram-se em 2006 através do magnifico “return of the cookie mountain” onde se cruzaram as canções com as linguagens capazes de trazer algo novo ao meio indie pop americanos nestes anos 00. dois anos depois, o regresso é servido com a mesma excelencia do formato ensaiado na estreia, mas depuraram-se fórmulas e arranjos e o multiracial quinteto transforma-se em 2008, num dos mais sérios nomes da vanguarda da canção. Até o título do disco é irónico e perfeito. Num tempo em que qualquer fenómeno online atrai mais atenções do que a música, “dear science”, não só reafirma o estatuto de uma banda referência desta década como ali está um dos melhores discos escutados em 2008.
nº4 “fleet foxes” fleet foxes
Junho 2008. Chegaram ao inicio do verão e traziam uma das mais surpreendentes apresentações do ano. Naturais de seattle, já haviam editado um primeiro ep em 2006, mas estava reservado para 2008 essa enorme vaga de interesse que a folk suscitou. E em grande parte eles são disso mesmo responsáveis. Chamam-se fleet foxes e têm um disco que já faz parte de muitas das listas que assinalam os melhores álbuns de 2008. Para o agente provocador, ou seja , para aquele que aqui está todas as noites na antena 1, entre os melhores do ano os fleet foxes no nº 4.
nº3 "third" portishead
Abril 2008. Num mundo mais sombrio que há 14 anos, os portishead escolheram voltar. Em 94 eram diferentes as ferramentas de comunicação entre música e público e o seu inicio não poderia ser mais próximo do ideal. “dummy” transformou-se num disco de dimensão histórica e é ainda hoje visto como a referência fundamental da música dos anos 90. O regresso em 2008 para um terceiro álbum colocou no mapa de acontecimentos do ano, um conjunto de canções densas, desconcertantes até, a marcar nova fase da existência dos portishead. Valeu apena esperar dez anos por um dos melhores discos deste ano e não será preciso esperar muito plo seu sucessor, anunciado que está o inicio das gravações para um novo disco, já em 2009 com direito a digressão mundial. Mas é de 2008 que hoje o agente provocador faz a escolha e a avaliação.
nº2 “vampire weekend” vampire weekend
Março 2008. O entusiasmo da blogosfera e certos circuitos mais universitários em território americano nos últimos dias de 2007, deu lugar em março deste ano a uma das certeiras apresentações de 2008. No mapa, outra vez nova iorque, desde o inicio da década, de novo , a capital mundial da pop e do rock de matriz mais alternativa. Ali vivem e trabalham os vampire weekend. Donos de uma inesgotável capacidade em reformar o legado new wave que agora se deixou contagiar por sons importados de uma áfrica que já havia deixado marcas na carreira de paul simon e dos talking heads, e daí as semelhanças… Os vampire weekend souberam reunir canções com sabor a clássicos da canção pop e o seu disco de estreia foi, sem dúvidas, um dos maiores acontecimentos do ano.
nº1 “oracular spectacular” mgmt
Março 2008. São uma dupla, e na verdade conheceram-se nos dias da faculdade. Há três anos lançaram um EP, que passou longe das atenções globais. Actuaram ao vivo mas, Quase se separararam numa altura em que o circuito de bares e a indústria dos discos neles não reparavam... Mas em finais de 2007 tudo mudou. E muito a tempo A tempo de recuperarem a confiança e a inspiração e dessa nasceu um álbum. Talvez o maior vício deste agente provocador e ao seu gira-discos. Chamam-se mgmt e é certo que dividiram opiniões, mas assinam um dos discos a inscrever na história pop de 2008. “Oracular Spectacular” chegou aos escaparates em março e fez-se anunciar ao som de Time To Pretend, um dos mais viciantes singles pop que o ano escutou. O álbum, confirmou a boa impressão deixada pelo primeiro single, mas mais do que isso, o disco mostrava um autêntico carrocel de imaginação e prazeres que a pop parece ainda ser capaz de fazer nascer numa nova geração dos seus criadores. Canções feitas do psicadelismo de 60 e 70, mas também com nova identidade e capaz de servir, no nosso tempo, de cartão postal perfeito de uma década de dois zeros, que também por este som será certamente recordada. Melhor disco do ano, no agente provocador.
melhor disco nacional de 2008
“lusitânia playboys” dead combo
Herberto Quaresma
Dez'08
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