quarta-feira, dezembro 24

O tempo não volta para trás

Altura para balanços, repensar o ano, e vislumbrar o que ficou feito e o muito que ficou por realizar. No final deste ano político o discurso fica indubitavelmente avalizado pela crise ou pelas repercussões de uma crise financeira cuja extensão ainda não vislumbramos na sua plenitude mas cujo déficit de liquidez tornou visíveis as fragilidades do sistema bancário. E, por arrastamento, da economia real.

Numa conjuntura menos favorável há quem daí tente auferir dividendos e os rentabilize politicamente, numa lógica de capitalização selvagem. Noutro sentido, e contrariando esta deriva, é tempo de induzir confiança, delimitar os discursos e juízos catastrofistas, assumindo uma atitude ponderada e realista. Independentemente do melindre da situação global actual, temos de olhar o futuro com ânimo e perspectivar soluções de combate a estes tempos de incerteza, com uma certeza porém – estamos perante uma época em mudança e a situação futura dificilmente encontrará paralelo com o tempo passado. O paradigma futuro será de adaptação a novas realidades quer do foro económico quer civilizacional. Podemos eventualmente elaborar um cenário hipotético e efectuar um paralelismo com a “emergência planetária” que vivemos - será este o aviso de que necessitamos para alterar procedimentos e práticas insustentáveis?! Parece-me que sim (e com esta posição não pretendo ser apocalíptico, é quanto a mim uma convicção construtiva).

O Natal está associado a um tempo religioso, do reencontro das famílias, à solidariedade e à reflexão. Paralelamente, não podemos omitir que esta época tem agregado um forte lado mercantilista, de consumo desenfreado e de excesso(s). Pelo que não é despiciendo recordar que estes são bons momentos para colocar em prática alguns procedimentos ambientais. Nessa medida, proponho uma visita ao site da Quercus, onde podem encontrar algumas sugestões de fácil implementação, por forma a concretizarmos um Natal mais ecológico, contribuindo, desta forma, para um ambiente mais protegido e equilibrado.

O Planeta agradece. E o tempo como já sabemos não volta para trás...


* edição de 23/12/08 do AO
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