segunda-feira, outubro 22

:jornais

(... ) a orla costeira da cidade de Ponta Delgada é hoje uma manta de retalhos e as “Portas do Mar”, como uma nova marginal (louvável), de desmesurada dimensão (questionável), uma máscara para uma frente desconexa e descomposta. Uma máscara para uma frente forçada, com o seu mini “Terreiro do Paço”, antigos armazéns, hotéis e alguns espaços de ninguém.

Em ambos os casos, a Norte e a Sul, a escala é desajustada. Nem num nem noutro há um verdadeiro contexto ou suporte que os justifique e aquilo que os guia, mais do que uma resposta às necessidades verdadeiras de cada local e da própria cidade, é uma espécie de ambição para um qualquer up-grade urbano. Só que a cidade, antes de crescer, deve talvez consolidar-se e, tal como as pessoas, antes de dar um passo, aguentar-se em pé.
Ponta Delgada, paisagem, frentes de mar e território de Sérgio Fazenda Rodrigues na edição de ontem do AO. A reter.

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