sábado, outubro 6

:jornais

Destaque, na edição de ontem do Público, para Mário Cabral - vencedor do prémio literário John dos Passos. Do parágrafo final, de Silvia Caneco/Público, lê-se: «(...) O escritor nascido em 1963, quando "os Açores estavam abandonados numa cápsula de nevoeiro", costuma dizer que nasceu na Idade Média e conheceu o século XX quando foi estudar para Lisboa. Antes de "O Acidente", editado em 2005 pela Campo das Letras, publicou três livros, um de crónicas, "Histórias duma Terra Cristã", um de poesia, "O Meu Livro de Receitas", um romance, "O Livro das Configurações", e integrou várias colectâneas de novos poetas portugueses, entre elas, uma americana e uma mexicana. Descobriu a escrita antes da filosofia. "Aos 15 anos, já sabia que a minha vida seria esta." Por trás de uma escrita moderna, liberal e arrojada, conserva um espírito conservador e religioso. "Ser católico, na minha infância, era como respirar. Morro de susto só de pensar em viver sem a minha fé." Interessa-se por arquitectura e por culinária. Os seus cães são frequentemente personagens dos seus livros. No final do romance assina, antes da data, "Casa das Tramóias". Fá-lo em todos os textos. O lugar não é ficção. Na verdade, diz, é a sua "melhor metáfora". "É uma espécie de ilha dentro da ilha", a casa de família que atravessou gerações (na freguesia, é conhecido como "Mário Tramóia"), com muros altos e grades nas janelas, que "muitos pensam ser um convento". "A casa apanhou-me. Os fantasmas prendem-me lá. Ela vive através de mim. Já não é de pedra, é de sangue."».

O Mário tem sido um profícuo e assíduo colaborador da :ILHAS. Os nossos Parabéns!

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