A semanada de excitações e reflexões, acondicionada entre aspas, para guardar e, de vez em quando, revisitar na persistência da memória.
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«A Autonomia é, ainda hoje, uma solução portuguesa nos Açores. Mas, com o tempo, o futuro vai dar-nos razão: A Autonomia vai ser ainda uma solução açoriana para os Açores.»
João Paz, segunda-feira, 6 de Junho, no Jornal dos Açores
«O espírito do «6 de Junho» está a finar-se... a tão celebrada Alma Açoriana definha-se.»
Jorge do Nascimento Cabral, quarta-feira, 8 de Junho, no Correio dos Açores
«Consigo perceber perfeitamente a Autonomia Regional, o seu percurso histórico e a sua evolução, sem a menor referência ao 6 de Junho de 75.»
Dionísio de Sousa, quinta-feira, 9 de Junho, no Da Autonomia
«Raul Brandão escreveu sobre os da ilha do Corvo: «eu não podia viver como estes homens, mas na hora da morte queria ser um destes homens». Li isto, porque estou, enfim, a ler de novo. O livro é sobre uma viagem aos Açores e à Madeira, feita em 1926, e chama-se «As Ilhas Encantadas». O Corvo «tão humilde, tão feio, tão só, que me mete medo. Um penedo e vento na solidão do Atlântico», «onde a paisagem não sorri nem as raparigas cantam». E, no entanto, «quando as raparigas embarcam para a América até das pedras se despedem, abraçando-as». Fosse assim a vida, fosse assim comigo, essas raparigas, na hora de partirem.»
José António Barreiros, quinta-feira, 9 de Junho, no Mundo em Gavetas
«Cunhal, um português que se tornou o símbolo sexual de várias beatas do salazarismo era uma versão de Salazar, vermelha, mas uma versão do autoritarismo da não tolerância.»
António João Correia, terça-feira, 14 de Junho, no Resistir
«Reacções: «grande patriota»! Desde quando os comunistas são patriotas? O comunismo não é uma corrente universalista que, precisamente, queria desfazer as nações e unir os homens numa grande irmandade?»
Henrique Raposo, terça-feira, 14 de Junho no Acidental
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