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"Só um inconsciente quererá ser primeiro-ministro" disse-o recentemente Mário Soares a reboque da possibilidade de mudança de governo. O mesmo Mário Soares que foi primeiro-ministro em 76, 77 e 78 e ainda, mais tarde, no governo de má memória de 83-85 para o qual arrastou o PSD de Mota Pinto. Hoje, depois do descarrilamento Português, com ou sem TGV fantasma, o mesmo PS de Mário Soares, agora liderado pelo Sr. Pinto de Sousa, prepara-se para mais um saque ao cidadão Português. Efectivamente, os Portugueses não trabalham para a economia nacional mas sim para alimentar a zelosa cobrança de impostos, cujo paradigma de eficiência só prescreve quando estão em causa outros valores, que não os do cidadão comum, como por exemplo os milhões que recentemente prescreveram dos impostos devidos nas transferências da "bola"! O contribuinte depenado, sem "bolsa" ou "rendimento mínimo", quer seja residente nos Açores ou morador algures no Alentejo profundo, vai continuar a ser fiscalmente esbulhado pelo Estado, desde logo para pagar o TGV entre Lisboa e o Poceirão, perdão, Madrid. O governo PS estima já uma média de cerca de 80 milhões por ano para a coisa e já inscreveu parte da verba na proposta de Orçamento de Estado. Como paralelo só temos entre nós o caso da SCUT que em vez de se traduzir num investimento estruturante, com retorno assegurado, será um sorvedouro orçamental a alimentar com o constante esforço da despesa pública. Hoje, tal como nos idos do governo de Mário Soares, a Pátria está à beira do abismo e, tal como ontem, a ameaça da entrada do FMI em Portugal é cada vez mais real. Foi assim no Governo PS de Mário Soares, agora com sequela prometida no Governo PS de Pinto de Sousa. A receita da "austeridade" selectiva de Mário Soares, que agora ameaça regressar pela mão de Sócrates, esmagou o consumo das famílias, desvalorizou o seu poder de compra, aumentou os juros dos seus débitos, congelou os salários e até chegou ao cúmulo de ir sacar um imposto retroactivo sobre o subsidio de Natal. É este o regresso ao passado que os Portugueses ambicionam ? Certamente que não. Se há retrocesso a fazer-se é na despesa pública. Neste cenário Pedro Passos Coelho, como líder do PSD, disse nos Açores que não voltaria a pedir desculpas aos Portugueses pelo aumento de impostos. Nem os Portugueses aceitariam tal pedido uma segunda vez para uma segunda oportunidade ao governo socialista de por as contas em dia. São eles as testemunhas que Passos Coelho precisa nas negociações com o PS. Sabem, e bem, que não se pode exigir das famílias Portuguesas que façam o seu esforço de contenção quando o Estado se habilita a gastar mais, saqueando o bolso dos contribuintes, recorrendo até ao aumento encapotado de "impostos indirectos", como é o caso do corte nas deduções fiscais. Os Portugueses estão hoje suspensos entre um regresso ao passado e um futuro que não prescinde da mediação Presidencial. Estranho fado para quem até agora menorizou a responsabilidade do Presidente da República e o desafio que se anuncia para as próximas eleições Presidenciais. Também aqui queremos um regresso Alegre ao passado? Só um inconsciente é que diria que sim.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
"Só um inconsciente quererá ser primeiro-ministro" disse-o recentemente Mário Soares a reboque da possibilidade de mudança de governo. O mesmo Mário Soares que foi primeiro-ministro em 76, 77 e 78 e ainda, mais tarde, no governo de má memória de 83-85 para o qual arrastou o PSD de Mota Pinto. Hoje, depois do descarrilamento Português, com ou sem TGV fantasma, o mesmo PS de Mário Soares, agora liderado pelo Sr. Pinto de Sousa, prepara-se para mais um saque ao cidadão Português. Efectivamente, os Portugueses não trabalham para a economia nacional mas sim para alimentar a zelosa cobrança de impostos, cujo paradigma de eficiência só prescreve quando estão em causa outros valores, que não os do cidadão comum, como por exemplo os milhões que recentemente prescreveram dos impostos devidos nas transferências da "bola"! O contribuinte depenado, sem "bolsa" ou "rendimento mínimo", quer seja residente nos Açores ou morador algures no Alentejo profundo, vai continuar a ser fiscalmente esbulhado pelo Estado, desde logo para pagar o TGV entre Lisboa e o Poceirão, perdão, Madrid. O governo PS estima já uma média de cerca de 80 milhões por ano para a coisa e já inscreveu parte da verba na proposta de Orçamento de Estado. Como paralelo só temos entre nós o caso da SCUT que em vez de se traduzir num investimento estruturante, com retorno assegurado, será um sorvedouro orçamental a alimentar com o constante esforço da despesa pública. Hoje, tal como nos idos do governo de Mário Soares, a Pátria está à beira do abismo e, tal como ontem, a ameaça da entrada do FMI em Portugal é cada vez mais real. Foi assim no Governo PS de Mário Soares, agora com sequela prometida no Governo PS de Pinto de Sousa. A receita da "austeridade" selectiva de Mário Soares, que agora ameaça regressar pela mão de Sócrates, esmagou o consumo das famílias, desvalorizou o seu poder de compra, aumentou os juros dos seus débitos, congelou os salários e até chegou ao cúmulo de ir sacar um imposto retroactivo sobre o subsidio de Natal. É este o regresso ao passado que os Portugueses ambicionam ? Certamente que não. Se há retrocesso a fazer-se é na despesa pública. Neste cenário Pedro Passos Coelho, como líder do PSD, disse nos Açores que não voltaria a pedir desculpas aos Portugueses pelo aumento de impostos. Nem os Portugueses aceitariam tal pedido uma segunda vez para uma segunda oportunidade ao governo socialista de por as contas em dia. São eles as testemunhas que Passos Coelho precisa nas negociações com o PS. Sabem, e bem, que não se pode exigir das famílias Portuguesas que façam o seu esforço de contenção quando o Estado se habilita a gastar mais, saqueando o bolso dos contribuintes, recorrendo até ao aumento encapotado de "impostos indirectos", como é o caso do corte nas deduções fiscais. Os Portugueses estão hoje suspensos entre um regresso ao passado e um futuro que não prescinde da mediação Presidencial. Estranho fado para quem até agora menorizou a responsabilidade do Presidente da República e o desafio que se anuncia para as próximas eleições Presidenciais. Também aqui queremos um regresso Alegre ao passado? Só um inconsciente é que diria que sim.
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João Nuno Almeida e Sousa nas crónicasdigitais do jornaldiario.com
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