Recolhera-me do mundo durante as férias mas, pelos jornais, fui ouvindo os ecos de um planeta ensandecido recorrentemente tomado pela factualidade implausível. De uma vasta galeria de bizarrias retive a trágica encenação dos pescadores Mexicanos à deriva no pacífico durante nove meses e resgatados incólumes por um "milagre"; acompanhei estupefacto a fuga de Natascha Kampusch e o relato de um longo cativeiro para, em liberdade, ser tomada de assalto pelos media; presenciei, com deleite, o escândalo do nobelizado Gunter Grass, ícone da esquerda e autor do livro "Descascando a Cebola", que durante anos andou esquecido do pormenor biográfico de ter pertencido às Waffen-SS !
De facto a realidade supera a ficção. O certo é que a realidade é uma galeria de biltres urdidos numa teia de enredos que vamos digerindo com a placidez ruminante do politicamente correcto.
Epítome dessa triste realidade foi a rendição da ONU às mãos do Hezbollah. Com efeito, na nova ordem internacional legitimou-se a doutrina da paz a qualquer custo, mesmo que isso implique negociar com terroristas. Assim, no passado mês de Agosto o secretário-geral das Nações Unidas andou pelo palco do conflito, em conversações com os "ministros" do Hezbollah, para alinhavar as condições do armistício. Esta extravagância é apenas mais um capítulo na vil novela de submissão do Ocidente ao Islão. Nunca será excessivo sublinhar que o Hezbollah, ou "partido de Deus", é efectivamente um Estado dentro do Estado do Líbano que foi incapaz de conter a ofensiva terrorista contra Israel a partir de bases estacionadas no quintal da pátria de David. Logo, como é de mediana evidência o Hezbollah, que é uma organização terrorista, deveria ser repudiado pela cúpula das Nações Unidas. Ao invés, subitamente o texto da Carta das Nações Unidas parece ter sido remetido para o baú das curiosidades de uma velha ordem internacional enrolada na utopia das "relações amistosas entre as nações" tendo por finalidade "harmonizar a acção das nações" para a consecução da paz universal entre as Nações. Agora, transformou-se em provedora de iniquidades impostas pelo terror, porquanto, incapaz de estancar o virulento fundamentalismo islâmico, parece rendida à fatalidade da expansão das teocracias muçulmanas.
De facto a realidade supera a ficção. O certo é que a realidade é uma galeria de biltres urdidos numa teia de enredos que vamos digerindo com a placidez ruminante do politicamente correcto.
Epítome dessa triste realidade foi a rendição da ONU às mãos do Hezbollah. Com efeito, na nova ordem internacional legitimou-se a doutrina da paz a qualquer custo, mesmo que isso implique negociar com terroristas. Assim, no passado mês de Agosto o secretário-geral das Nações Unidas andou pelo palco do conflito, em conversações com os "ministros" do Hezbollah, para alinhavar as condições do armistício. Esta extravagância é apenas mais um capítulo na vil novela de submissão do Ocidente ao Islão. Nunca será excessivo sublinhar que o Hezbollah, ou "partido de Deus", é efectivamente um Estado dentro do Estado do Líbano que foi incapaz de conter a ofensiva terrorista contra Israel a partir de bases estacionadas no quintal da pátria de David. Logo, como é de mediana evidência o Hezbollah, que é uma organização terrorista, deveria ser repudiado pela cúpula das Nações Unidas. Ao invés, subitamente o texto da Carta das Nações Unidas parece ter sido remetido para o baú das curiosidades de uma velha ordem internacional enrolada na utopia das "relações amistosas entre as nações" tendo por finalidade "harmonizar a acção das nações" para a consecução da paz universal entre as Nações. Agora, transformou-se em provedora de iniquidades impostas pelo terror, porquanto, incapaz de estancar o virulento fundamentalismo islâmico, parece rendida à fatalidade da expansão das teocracias muçulmanas.
Paradoxalmente, a ONU do Sr. Kofi Annan que negociou com o Hezbollah o cessar-fogo com Israel, é a mesma ONU que outorgou um segundo mandato à UNIFIL (Força Interina das Nações Unidas no Sul do Líbano) com a garantia de que a esta força militar não caberá desarmar o Hezbollah ! Estas e outras incongruências reforçam o poder daqueles que não querem a paz das Nações mas sim subjugar o Mundo à Lei do Corão e da Sunna. Contudo, esta ineficácia da ONU não é infelizmente um dado da actualidade, assim como o desprezo do mundo árabe pela sociedade das Nações não é de hoje. Ambas, no caso do médio Oriente, remontam à resolução 181 da Assembleia-Geral da ONU, aprovada em Novembro de 1947, que decretou a retirada britânica da Palestina e a fundação neste território de um Estado árabe e um judaico independentes. Esta resolução estará porventura emoldurada nas Nações Unidas mas, como se sabe, foi desde logo rejeitada por árabes e palestinianos. Desde então o conflito tem alastrado, e por via do fundamentalismo islâmico, ameaça expandir-se à escala global. Israel foi só o começo. Afinal de contas, como magistralmente sintetizou Ezequiel Moreira da Silva, "De certa forma, Israel, com a sua sociedade plural e livre e as suas instituições políticas e jurídicas seculares representa o ocidente no médio oriente.". Aqui ao lado, na Europa, a ameaça ao modo de vida Ocidental, de tradição judaico-cristã, é uma realidade que se agiganta com uma explosão demográfica nas comunidades árabes e muçulmanas que fazem gala em professar uma cultura de repúdio pelos países que nesciamente os acolhem como "exilados políticos". Entre nós são apenas 0,55 % da população de Portugal. Contudo, o proselitismo e a empatia emocional com a causa do Islão, tem convertido uma vasta mole de Europeus nados e criados bem longe dos ensinamentos de Maomé. Moda que rapidamente será importada em massa para Portugal. Estas aberrações, que fazem lembrar os cristãos novos de outras eras, são por certo as mutações bizarras a que cada vez mais teremos que nos conformar.
Que os Deuses nos protejam!
...
era para ser mais uma crónica do JNAS no Jornal dos Açores (agradeço com orgulho o estímulo e a filantropia do Nuno Mendes, do José António Rodrigues, do João Paz e, mais recentemente, do Rui Lucas. A todos o meu reconhecimento pelo arrojo e dedicação de um jornal que nunca cuidou de editar uma linha das crónicas que durante um ano remeti para publicação à terça-feira. )
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