segunda-feira, setembro 11

9 / 11

"O espectáculo da liberdade e da prosperidade ocidentais, seguindo a par da decadência e da derrocada das lealdades do Ocidente, não pode deixar de provocar entre os que invejam a primeira e desprezam a segunda, um desejo ardente de punir"

Roger Scruton
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Com o descalabro das torres gémeas do World Trade Center o Mundo dividiu-se em dois blocos assimétricos. Consequentemente, do terrado dos escombros do Ocidente emergia uma declaração de guerra estrondosamente assinada pelo fascismo islâmico. Porém, enquanto algumas cigarras de luxo debatem a natureza atípica desta "guerra", do outro lado, um bloco global vai expandindo as metástases da Jihad. Com efeito, o tumor maligno venerado por Bin Laden e seus sequazes é global. Ao contrário daqueles que querem esquecer, tenho ainda presente que logo após o 11 de Setembro o rebanho de Allah rejubilava em manifestações de alegria enxameando a rua árabe num iracundo transe vociferando: Allah-akbar, Allah-akbar. Subitamente, à escala planetária, Bin Laden era um avatar do profeta Maomé. Se as manifestações de júbilo pelo terror vivido no WTC não causavam assomo em lugares como o Afeganistão, a Palestina ou até mesmo o Líbano, não deixavam de causar um visceral nojo quando tiveram lugar em França, Alemanha e até na Inglaterra ! Muitos de nós, aturdidos pela catástrofe, temíamos pela globalização de uma Cruzada às avessas e olhávamos com asco para a pandilha de rodilha na cabeça que em solo Europeu conspirava contra o Ocidente. Outros, há muito infectados com o vírus do "relativismo cultural", ainda buscam uma aproximação racional do ódio islâmico e, in extremis, advogam negociar com o terror. Infelizmente, hoje, é cada vez mais claro que essa máquina de guerra existe e está ao serviço do fascismo islâmico que não pretende conquistar o nosso território mas sim a nossa civilização. Afinal de contas a palavra Islam significa literalmente "submissão". Infelizmente a congregação de "submissos" entre nós é cada vez maior. À margem desta realidade uma vasta prole, na maioria órfã das malogradas aventuras comunistas, por solidariedade com os estados falhados e mimetismo com a intelectualidade hostil aos Estados Unidos e a Israel, vai sucumbindo aos cantos dos muezzins de pacotilha e simpatizantes da "causa islâmica".

Na manhã de 11 de Setembro de 2001 o ataque ao WTC simbolizou para a "causa islâmica" o castigo de uma obscenidade pagã que era um ícone do capitalismo e do american way of life. Desse negro dia de Setembro, retenho como milhões, a imagem do Falling Man. Imagem tão poderosa que chegou a ser autocensurada na imprensa americana ! Não terá sido por certo a primeira vítima do prenúncio do terrorismo global que o 9 / 11 prometia; contudo ficará para a história como o soldado desconhecido desta guerra que não terá fim. Infelizmente a identidade do falling man é apenas mais um mistério que se esconde sob o véu de ambiguidades deste Setembro negro. Assente o pó da derrocada iconográfica das torres do WTC as perguntas superam as respostas; porém, o Mundo e os Americanos também já perceberam que a administração Bush não é capaz, ou não quer, providenciar a chave de tantos pontos de interrogação que pontuam o pós-11 de Setembro. Contudo, o silêncio reverencial e a submissão cega são marcas civilizacionais do islamismo. Nós, ao invés, preferimos a liberdade, e como assinalou Oriana Fallaci : "há momentos na vida em que calar se torna uma culpa e falar uma obrigação". Nunca calemos o 11 de Setembro de 2001.

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posted by João Nuno Almeida e Sousa
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(galeria do digital journalist / a história pela identidade do homem em queda pode ser lida aqui numa excelente peça jornalística da Esquire)

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