domingo, outubro 24

VOX POPULI

A semanada de excitações e reflexões, acondicionada entre aspas, para guardar e, de vez em quando, revisitar na persistência da memória.



«A política acabou por se tornar um divertimento exótico para aficcionados com tanta relação com a realidade como a Quinta da TVI».
Vasco Pulido Valente, Sábado 16 de Outubro, no Diário de Noticias

«(...)Goethe considerava que: «nada é mais opressivo do que a maioria: é que ela é composta por um pequeno número de cabecilhas energéticos, de patifes que se acomodam, de fracos que se assimilam e da massa que lá vai nem bem nem mal, sem saber de modo algum aquilo que quer». A democracia, não procura a igualdade, mas sim, o nivelamento, daí ser perigosa.»
Sá Couto, Domingo 17 de Outubro, no Açoriano Oriental

«Derrotados mas com hipóteses de recuperar: As mulheres açorianas em geral e em particular as 400 que o Sr. Cruz convidou para jantar, porque a Coligação elegeu uma e o PS cinco.»
Guilherme Marinho, dissertando sobre vitoriosos e vencidos, Segunda feira 18 de Outubro, no www.chaverde.blogspot.com

«os dois principais partidos inverteram os papeis?! O Azul e Branco predominou como cenário dos vencedores, e o discurso político - do PS ao BE - deixou de evidenciar alguns dos complexos da esquerda local contrariando um dos mais gratos princípios da esquerda em geral; a defesa da autodeterminação dos povos. Bom prenúncio.»
João Pacheco Melo, Terça feira 19 de Outubro, no www.olugardapontadelgada.blogspot.com

«a oposição ao Governo, para além daquela que é da praxe parlamentar, está agora acantonada nas Câmaras Municipais, o que desde já transfere para as próximas eleições autárquicas de 2005 o centro de gravidade da disputa política açoriana»
Carlos Rilley, Terça Feira 19 de Outubro, no Açoriano Oriental

«Uns votam por uma coisa, outros por uma causa, outros ainda por um acaso...»
Frederico Sampaio, Quarta feira 20 de Outubro, no Açoriano Oriental

«uma metáfora é uma metáfora. Mas a metáfora do próximo futuro desembarque das aqui formadas tropas socialistas, no Mindelo, para um país enfim liberto do jugo absoluto dum nebuloso novo usurpador miguelista, que substância tem, para além da singular imagem de não menos singular enunciador?»
Pedro Albergaria Leite Pacheco, Carta Aberta ao Mandatário da Candidatura de Carlos César, Quinta feira 21 de Outubro, no Açoriano Oriental

«O PS traduziu oito anos de governo em hegemonia de poder. As elites regionais adoptaram o seu velho reflexo conservador. As políticas públicas de intervenção social cimentaram a acção política. O tempo é o da continuidade. Nada que o PSD não conheça nem nada que o PS da então oposição não ignore.»
Rolando Lalanda Gonçalves, Quinta feira 21 de Outubro, no Correio dos Açores - (web page fechada para obras!)

«a mobilização eleitoral já não é um barómetro aceitável para suposições sobre resultados eleitorais, ou não o é nos Açores: o votante do partido de Carlos César só saiu à rua no dia das eleições.»
Ana Sá Lopes, Sábado 23 de Outubro, no Público

«Os jornais dedicaram recentemente largas páginas à exaltação da pintora Paula Rego. Como outras figuras, Paula Rego goza nos meios de comunicação social de um estatuto de «vaca sagrada»: são pessoas «intocáveis», relativamente às quais se abdica de qualquer espírito crítico. Tende-se mesmo a conferir-lhes uma especial competência para pontificarem, sobre questões morais e políticas, e a acolher com submissa reverência as maiores banalidades, e até disparates, sobre quaisquer assuntos sobre que se pronunciem.»
Alexandra Tété, Cartas ao Director - Paula Rego, o Papa, o aborto e Jorge Sampaio -, Sábado 23 de Outubro, no Público

«(...)outro dos dogmas da Juvenilândia é aquele que não só dá como legítima toda e qualquer exigência feita pelos jovens, como sanciona todas as suas formas de reivindicação. Como reagiriam as autoridades, se, em vez dos estudantes, fossem os contínuos da Universidade de Coimbra que desatassem aos gritos nas reuniões do Senado? Ou os professores? A forma como os estudantes se têm comportado em Coimbra tem um nome. Chama-se caciquismo. Mas como são jovens chama-se revolta. (...)Ao contrário do que se institui, os jovens não são mais generosos que os adultos. Estão longe de ser mais tolerantes e, sob a capa dum discurso contestatário, sujeitam-se à tirania do grupo e calam as mais vis prepotências daqueles a que chamam líderes.»
Helena Matos, Sábado 23 de Outubro, no Público

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